segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Entrevista Saint Ripper (Zé)


Zé, o vocalista do Saint Ripper sentado no trono após tomar algumas cervejas antes da apresentação de sua banda


A banda Saint Ripper foi formada em meados de 2006 na finada loja Wayne Stock Discos em Itatiba, por quatro pessoas que não se conheciam e se aproximaram devido à freqüência, quase diária, ao local dos integrantes da futura banda e pela paixão que ambos sentem pela música, principalmente pelo metal. A primeira formação era Zé (vocal), Caio (baixo), Peruíbe (bateria) e Leoneti (guitarra). Após as primeiras apresentações, saiu Leoneti e entrou Michael Douglas, vulgo Léo (guitarra). E deste então, os caras vêm realizando apresentações em bares, festivais, motoclubes e casas de shows. Prestes a lançar o 1º EP In Thrash We Trust, Zé, o vocalista, conversou em uma manhã nublada (ainda bem) com o zine.


Canibal Vegetariano: Qual sua expectativa para o lançamento do EP?


Zé: Fazer muitos shows, ficar viajando e esquecer do resto, sem contar que pretendo tomar muitas cervejas neste período.



CV: Após o lançamento do disco, e os shows que virão, quais os próximos passos do Saint Ripper? Gravar um albúm está entre eles?


Z: Sem dúvida que lançar um albúm é o nosso próximo objetivo, pois já temos muitas músicas prontas. E somente com um albúm é possível expandir os horizontes. Também penso em gravar um DVD com nossas apresentações.



CV: Como foi a primeira experiência em estúdio?


Z: Foi muito estranho, pois estávamos acostumados a tocar todos juntos e, no estúdio, foi tudo gravado separado. A primeira música que fui gravar "Pay the Price", eu estava com algumas cervejas na "cabeça" e esquecia a letra toda hora, mas nas outras, sóbrio, rolou normalmente. O Peruíbe também teve algumas dificuldades no início, pois ele nunca havia tocado acompanhando o metrônomo.



CV: Quais os principais shows que a banda já realizou?


Z: Cada um da banda com certeza tem seu preferido. Para mim, o melhor foi um show que fizemos em um festival em Várzea Paulista, com várias bandas de metal melódico e heavy metal, e nós éramos a única banda de thrash. No começo ficamos com medo de não ter público, mas quando subimos no palco, havia mais thrasher's do que pensávamos. Muitos eram de outras cidades da região que foram até lá para nos conhecer, foi um show do caralho.



CV: Em Itatiba, qual o tipo de incentivo que vocês recebem?


Z: Temos o apoio de amigos como o Jacó, Luciano, Márcio (Massapura), Niltão, são eles que estão nos ajudando com a gravação da demo, ajudando não, praticamente pagaram tudo. E tem também o pessoal que está sempre nos acompanhando, independente do local em que vamos tocar. Até mesmo em outras cidades eles nos acompanham.




CV: E os locais para tocar na cidade, você acha que é o ideal?


Z: Não, de maneira alguma. Nós temos muitas dificuldades para conseguirmos locais para tocar. Às vezes aparece um lugar ou outro, mas aí algumas pessoas não vão, não apóiam, e depois ficam reclamando que nunca tem show. E para nós é mais difícil por ser uma banda de thrash metal.



CV: Em várias cidades da nossa região, existem festivais e espaços disponibilizados pelas prefeituras. Você pensa que seria importante para as bandas que estão começando, um incentivo da entidade pública?


Z: Sem dúvida, é muito importante o apoio quando se está começando, pois é difícil você encontrar local para realizar os shows. Sem contar que a divulgação é escassa, pois sempre falta grana. Aqui em nossa cidade tem o "Parque da Juventude", mas nada acontece por lá, nunca vi uma banda daqui fazendo algum show no local. Ele está lá apenas para gastar energia elétrica, pois toda noite fica aceso e nós pagamos a conta.



CV: Conquistar espaço com a música está cada vez mais difícil. Você acredita que existe "panelinhas" dos organizadores de shows em Itatiba e região?


Z: Existe sim, pois a maioria dos contratantes quer apenas bandas que tocam cover e as mesmas de sempre. Quando falamos que somos uma banda de thrash metal, e que além de cover´s tocamos músicas próprias, rola um certo preconceito. Outro dia tocamos em uma casa de shows aqui em Itatiba, onde fomos convidados, e quando estava tudo pronto para começarmos nossa apresentação, o cara que nos convidou, perguntou se tocaríamos metal. Ele queria que tocássemos classic rock. Eu não tenho nada contra o estilo, gosto e ouço os discos que tenho em casa, mas eu gosto mesmo é de metal, e o Saint Ripper é thrash metal. Nossa banda não é nenhuma Jukebox. Morro pobre, mas não toco músicas que as pessoas querem ouvir só para ganhar dinheiro.



CV: Para encerrar, onde a galera pode encontrar o EP e contratar show? E deixo o espaço para suas considerações finais.


Z: Agradeço ao zine pelo espaço que abriu ao Saint Ripper, a galera que se reúne na casa do Jacó para tomar cerveja e curtir rock'n'roll e metal, a galera do Bar do Celso, que sempre abre um espaço para tocarmos, e libera umas "brejas" grátis. Quem estiver a fim de comprar o CD ou contratar nosso show é só ligar para (11) 7474-9327 e falar comigo mesmo.

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