terça-feira, 29 de maio de 2012

Até quando eles vão aguentar?


Canibal Vegetariano


No sábado 26 de maio, a pessoa que vos escreve, e mais um casal de amigos, foram até o Bar do Zé, em Campinas, para conferir mais uma apresentação de uma das bandas mais clássicas do punk nacional, Os Inocentes.
No ano anterior, a banda havia se apresentado no mesmo local, mas este ano havia algo diferente no ar. O clima de outono reinava na parte externa, enquanto no bar, um bom público fez com que a temperatura estivesse alta durante todo o tempo. Enquanto a banda não subia ao palco, o som eletrônico animava a galera, com sons dos anos 80, vários de bandas nacionais.

Canibal Vegetariano

Após meia noite, a banda assumiu seu posto e sem demora começou a desfilar seu repertório. A primeira faixa que Os Inocentes mandaram foi "Aprendi a Odiar", seguido de clássicos como "Garotos do Subúrbio", "Medo de Morrer" e "4 segundos". Depois os caras foram mandando um som melhor que o outro.
Para a surpresa deste que escreve as mal traçadas linhas, eles tocaram "Nem tudo volta".  O som chegava ao final, quando eles tocaram três hits em que a galera tomou conta dos vocais. Na sequência, eles mandaram "Miséria e Fome", "Pátria Amada", e "Pânico em SP". Clemente tentou se despedir da galera, mas não conseguiu. Aí eles fizeram duas versões de clássicos do rock. Primeiro tocaram "Ace of Spades", Motorhead e "Quanto vale a liberdade", do Cólera.

Canibal Vegetariano 
Jogo ganho, público na mão. Mas os Inocentes são como vinho, melhoram com o passar do tempo, e para encerrar a noite eles mandaram "I Fought the Law", do The Clash. Ao final, do show, tivemos a certeza, o rock rejuvenesce. Ano passado o show foi ótimo, este último conseguiu superar. Então, vamos torcer para que eles voltem em 2013.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Como a Guerra das Malvinas impulsionou o rock argentino


Rolling Stone Brasil destaca, em reportagem especial, como o período pós-guerra determinou o ponto de partida para o ressurgimento do rock no país

Na edição de maio, a Rolling Stone Brasil traz uma matéria especial sobre a influência da Guerra das Malvinas no crescimento do rock argentino em meados dos anos 80. A partir da contextualização do conflito entre Inglaterra e Argentina, a reportagem mostra como a proibição de músicas em inglês no período posterior à guerra contribuiu para a valorização do cenário nacional, principalmente o rock.
Destacando as principais bandas e músicos que tiveram letras influenciadas pela guerra, como Charly Garcia e Flema, a matéria mostra como os acordes porteños silenciaram os zumbidos das munições inglesas. Foi na derrota que a cena rock nacional encontrou o grande momento de reafirmação. Hoje, os moradores de Buenos Aires são os fãs que mais gastam dinheiro com ingressos para shows, mais até do que os próprios ingleses.
Escrita pelo jornalista argentino Edgardo Martolio, com exclusividade para a Rolling Stone Brasil, a reportagem coloca o festival musical que angariou fundos para os combatentes das Ilhas como um divisor de águas no cenário musical argentino. Citando o rock nacional como a voz de todos que permaneceram calados nos anos de ditadura, Martolio afirma que o gênero musical foi, e ainda é, um dos principais responsáveis por acender o sentimento de patriotismo “hermano”.


Sobre a Rolling Stone
Fundada em 1967 por Jann Wenner (publisher até hoje) e Ralph J. Gleason, a Rolling Stone nasceu no fervor da contracultura hippie dos anos 60. Numa época em que as revistas em circulação desprezavam a cena musical, foi o primeiro veículo a tratar o assunto seriamente. Logo se tornou conhecida por permitir a livre expressão tanto do artista quanto de seus jornalistas, fazendo história com artigos pungentes sobre sexo, drogas, comportamento e política sem rabo preso. No Brasil a publicação está sob a responsabilidade da Spring Publicações.

terça-feira, 22 de maio de 2012

'A solidão das pessoas nessas capitais '


O título refere-se a música do cantor e compositor Belchior, mas ela define o que é o filme argentino "Medianeras - Buenos Aires na era do amor virtual". Apesar de ter amor no título, o filme de Gustavo Taretto está longe de ser romance água com açúcar como muitos longas acabam sendo. Medianeras reflete a solidão das pessoas não apenas nas capitais, mas em qualquer lugar, seja Buenos Aires, São Paulo, Londres, Itatiba, sempre há solidão, pois como dizia Kurt Cobain "...completamente sozinhos, é tudo que todos nós somos..."
A película argentina retrata duas personagens complexas. O homem é um craque da computação que sofre de fobia, depressão e que para sobreviver desenvolve sites. A mulher é arquiteta, nunca atuou na área, e trabalha em uma loja como vitrinista. Em comum, as personagens sofrem por causa do amor. O amor que depois de anos de dedição não rendeu frutos, apenas decepções, separação e um "zilhão" de questionamentos.
Em seu início, o filme apresenta várias imagens de prédios de Buenos Aires e essas imagens que sempre voltam durante o passar do tempo, faz uma analogia da cidade com a vida moderna, com os cidadãos. Um começo diferente, mas que mexe com a imaginação e faz com o que o telespectador comece a se questionar sobre seus atos. A estória não mostra pessoas felizes, longe disso. Trata de pessoas que sofrem, que são frustradas, depressivas, solitárias, pessoas com muitos medos, que tomam remédios controlados. Pessoas que não conversam com ninguém, que não se encontram. Pessoas que sentem a angústia e a revolta muito vivas em suas almas.
As personagens são solitárias, vivem em apartamentos cheios de bagunça. O pouco de relacionamento ocorre através de sites de relacionamentos e que acabam como relacionamentos superficiais que não passam de uma noite e que contribuem para que elas sintam-se ainda mais solitárias.
A trilha sonora passa por músicas clássicas, trilhas básicas de fundo e uma canção folk. No ritmo corrido da vida moderna, a estória retrata o vazio, a superficialidade. Pessoas que são vizinhas, que se encontram na rua e não se cumprimentam, pois não se conhecem pessoalmente. Pessoas que conversam apenas pela internet e que veem o tempo passar por suas janelas, assim como são os personagens de Franz Kafka. A cidade de fundo, a desorganização, o caos.
Entre uma música que toca no rádio e as estações do ano que passam, o filme chega a um final surpreendente. Com bela atuação de Pilar Lopez e Javier Drolas, "Medianeras" merece ser visto mais de uma vez, pois é complexo, denso, questionador com muita complexidade em suas entrelinhas.

domingo, 20 de maio de 2012

Nevilton no Terminal de Campinas


Nesta sexta-feira, 25, os usuários que frequentam o Terminal Metropolitano de Campinas poderão conferir o show da banda Nevilton, com os vencedores da categoria Experimente do Prêmio Multishow 2011. A apresentação faz parte do programa “Arte nos Terminais” da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU/SP.

O trio formado por Nevilton de Alencar (guitarra e voz), Tiago Lobão (baixo e voz) e Éder Chapolla (bateria), está na estrada desde 2007 com um som de diversas influências que mistura música brasileira e rock.

A banda já se apresentou em todas as regiões do Brasil e em Los Angeles (Califórnia, EUA) além participar a abertura do show do Green Day, em São Paulo, tocando para quase 30 mil pessoas. Em 2010, lançaram o EP “Pressuposto” que acumulou milhares de downloads e discos físicos espalhados pelo Brasil.  Atualmente estão lançando o seu primeiro álbum, o “De Verdade”.



Arte nos Terminais

O “Arte nos Terminais” é um programa da EMTU/SP que completará 15 anos em agosto, sempre buscando difundir a arte e a cultura, por meio de eventos nos Terminais Metropolitanos do ABC Paulista e de Campinas. As atividades, geralmente agendadas no final da tarde, no horário da volta para casa dos usuários, incluem apresentações de bandas, corais, teatro e exposições.


Serviço:

Evento: Apresentação da banda “Nevilton”
Estilo: Rock nacional
Data: 25/05/2012
Horário: das 17:30 às 18:30 horas
Local:Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira (Terminal Metropolitano de Campinas)
Endereço: Av. Lix da Cunha, 101, Bairro Bonfim - Campinas
*Gratuito

terça-feira, 8 de maio de 2012

Duas tardes com muito rock: “PONTA URBANA ROCK 2012”



Nos próximos dias 12 e 13 de maio, em Valinhos, cidade do interior paulista, rola a segunda edição do festival “Ponta Urbana Rock”. Uma das novidades para esta edição está na programação que se estende por 2 dias, com apresentação de oito bandas em cada dia, sendo 16 bandas, de diversos estilos, vindas de várias cidades diferentes, nos dois dias de festival.
Outra novidade está no local em que será realizado o festival. "PONTA URBANA ROCK 2012” acontece no Parque Municipal “Monsenhor Bruno Nardini”, sendo de fácil acesso, tanto para quem mora em Valinhos quanto para quem vem de outras cidades. E mais, o festival terá entrada franca.
“Ponta Urbana Rock” teve sua primeira edição realizada em fevereiro de 2011, contando com a participação de importantes nomes do cenário alternativo do rock ‘n’ roll nacional. E nesta edição, novamente, importantes bandas se apresentam: Questions (São Paulo), magüeRbes (Americana), Human Trash (São Paulo), Bad Taste (Campinas), Old News (Valinhos), Os Valetes (Vinhedo), Bang Loko Sound (Valinhos), Revoltzsp (Americana), Zardoz (Valinhos), Agnus Die (Vinhedo), Fetus Humanóides (Jundiaí), Nervosa (São Paulo), Girlie Hell (Goiânia), Hellsakura (São Paulo), Infecção Raivosa (São Paulo) e Oitão (São Paulo) são as atrações confirmadas para esta edição.
Com intuito de reunir bandas de rock com trabalho autoral, de diversos estilos, num espaço de trocas e vivências entre bandas, músicos e público, dentro do contexto da cidade em que se insere, cresce o festival, possibilitando, assim, encontros e trocas entre os artistas e as pessoas vindas de várias cidades diferentes.
Sobre o local em que será realizada esta edição, o Parque Municipal “Monsenhor Bruno Nardini” de Valinhos é tradicionalmente conhecido pela realização da “Festa do Figo”, que acontece anualmente na cidade, e este ano também recebe o festival “Ponta Urbana Rock” para a sua realização.
“PONTA URBANA ROCK 2012” tem apoio da Secretaria de Cultura e Turismo, da Secretaria de Esportes e Lazer e da Prefeitura Municipal de Valinhos; também apóiam oficialmente o evento, as lojas Disorder, Street Fun e Attitude Headbanger House. A realização é da Ponta Urbana - Articulando Produções.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Dave Grohl - Nada a Perder


Michael Heatley - edições Ideal - 240 páginas

                A história descrita neste livro poderia ser mais uma de tantas que ouvimos e conhecemos diariamente. Um garoto que ao entrar na adolescência se interessa por música, faz diversas experiências com drogas, apaixonasse por um instrumento e entra para uma banda para viver o sonho de tocar rock'n'roll.
                Essa poderia ser mais uma história, mas ela é a vida de um cara que ajudou a mudar a história do rock no início dos anos 90 no século passado. Atualmente ele é considerado o cara mais legal do rock. O cara que várias bandas chamam para fazer participação especial, seja para tocar bateria, guitarra, cantar. Essa é a história de Dave Grohl, que poderia ser conhecido apenas como o baterista do Nirvana, mas atualmente ele é mais lembrado como vocalista do Foo Fighters.
                Em um livro com 240 páginas, Michael Heatley traz para os holofotes a história desconhecida, ou pouco conhecida, deste grande músico chamado Dave Grohl. O início complicado, as viagens em van para cidades pequenas para tocar para meia dúzia de pessoas. A dura vida na estrada, a falta de pagamento de cachês até sua entrada no Nirvana, a mudança no meio social, a depressão pós morte de Kurt e o iníco do Foo Fighters.
                Através de uma linguagem simples e direta, o autor passa toda a história de Dave e rapidamente de seus companheiros de banda. Fala sobre os projetos paralelos, as turnês, as alegrias e os momentos de crise vividos por músicos. O livro aborda também o lado familiar do músico, o primeiro casamento, a separação, um novo casamento, filhos e outros assuntos do cotidiano.
                Para resumir, livro recomendado para todos que gostam de rock e de saber mais sobre a história deste estilo musical que vai além de própria música. Um livro simples, de um cara simples mas que participou de uma das bandas mais importantes da história e atualmente toca em uma outra banda muito importante. Leia e deixe rock rolar.