segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Os Vulcânicos: erupções roqueiras em acordes de guitarra

Arquivo Pessoal

Nos dias atuais, quando o tempo parece escorrer pelas mãos, sorte termos pessoas que nos ajudam. O parceiro German, do Raro Zine, no final de agosto fez uma entrevista genial com a banda Os Vulcânicos, do Rio de Janeiro, onde passou a limpo a história dos caras. Como somos fãs do grupo, pedimos licença e com devida autorização do zineiro, apresentamos a vocês, o papo que ele levou com Dony, guitarrista da banda.

Raro Zine: Quando formaram a banda?
Dony Escobar: Formamos a banda em 2009 como um projeto para tocar em bares e tirar algum trocado. No repertório basicamente Stooges, Mc5, Kinks, Who. Tocávamos alto demais e tínhamos contantes problemas com os donos dos bares e com a polícia (risos). No meio de toda essa confusão resolvemos experimentar no meio do set algumas músicas autorais. A coisa funcionou e de lá para cá começamos a gravar nossos “eps” com músicas autorais.

RZ: Como escolheram o nome da banda?
DE: Tínhamos um nome provisório “meia boca” que era inspirado em uma música do Stray Cats, “The Runnaway boys”, mas não pegou. Depois surgiu o nome atual, que tem haver com a intensidade e a energia dos shows. De alguma maneira exprimia melhor o sentimento da banda e do público.

RZ: Como surgiu a ideia de gravar Nelson Cavaquinho?
DE: Nos anos 60 era comum que bandas surf-rock gravassem versões instrumentais de clássicos da música popular de outros estilo musicais que não o rock. No Brasil, o “The Pops” era uma banda que fazia isso muito bem. Mas a ideia em si surgiu de nosso guitarrista em um dos ensaios e nós todos gostamos muito. É um clássico da música brasileira que quebra fronteiras musicais e é fenomenal poder tocar essa figura que tem uma visceralidade em suas composições, músicas que vão direto na veia, sem frescuras e meias palavras. Nesse sentido, Nelson Cavaquinho é um dos caras mais rock'n'roll que existem na música brasileira.



RZ: Como foi a produção do primeiro EP?
DE: Foi uma produção rápida, gravada “na tora”, em um único dia, praticamente ao vivo. Gravamos no “Estúdio 82” em 2012. Foi um momento importante para começarmos a lapidar o trabalho, ouvir, se escutar, ver a repercussão do público do material gravado. Para nós que sempre fomos uma banda “das ruas”, que tocava somente ao vivo, era uma nova etapa se configurando. Temos muito carinho por esse álbum, o nosso “álbum amarelo”.



RZ: O segundo EP soa um pouco mais pesado e rebelde. Qual a diferença entre os dois?
DE: Creio que o “El Truco” é um álbum mais maduro e que já tem um conceito musical e estético mais bem fechado. Já tínhamos mais bem lapidado um caminho a seguir, uma cara mais bem desenhada, um estilo Vulcânicos de tocar e compor, uma linha geral para as músicas e letras. O primeiro ainda era aposta, uma experiência, uma possibilidade. Acho que ambos têm em comum a influência do surf rock dos [anos] 60, mas o segundo está com uma pegada cada vez mais “garageira”, mais sujo, mais pesado e com as guitarras mais “nervosas”.


RZ: Os dois álbuns foram gravados no estúdio Superfuzz. Qual a intenção para o próximo trabalho?
DE: Na verdade o primeiro foi gravado no “Estúdio 82”, na Lapa, um estúdio de uma rapaziada muito bacana onde circulava uma nova geração do rock'n'roll carioca muito promissora, como Beach Combers, Enio Berlota e a Noia, entre outros. O segundo Ep , “El Truco” foi gravado no Superfuzz, estúdio especializado em gravação, onde muita gente “do rock” tem gravado lá: Autoramas, Bnegão, etc. Temos dois projetos em mente, um seria o lançamento em breve de um “single virtual” com uma canção nova, muito provavelmente no mesmo espaço onde era o estúdio 82, atual “coletivo machina”. Um pouco mais para frente pretendemos lançar nosso primeiro material mais longo, saindo do formato EP, algo com cerca de dez ou mais canções.

RZ: Como é o circuito carioca que vocês tocam?
DE: Tocamos nos mais variados lugares e eventos. Já tocamos desde inferninhos ultra underground até palco de grandes festivais como o Aldeia Rock Festival e o Mola, no Circo Voador. Desde abertura do show do Ira!, até festa de final de ano de empresa de hidrometeorologia [risos]. Durante dois anos produzimos em um bar na Lapa os nosso próprios eventos semanalmente. Chamávamos outras bandas, Djs, fazíamos projeções de vídeos, chamávamos artistas plásticos, etc. No Rio, diferente de São Paulo, em que o público geralmente é mais voltado para um único segmento, aqui a coisa é mais variada. Não existe um público grande aqui que seja especifico do “garage” e do surf-rock. Se você fosse em um show nosso no Tico e Taco [o bar que nós tocávamos], ia ver todo tipo de gente: rockabillies, punks, poetas de rua, universitário “cult-bacaninha”, galera de banda “famosinha”, militantes de esquerda, metaleiro e até atriz da Globo [risos].


RZ: Quem foram os responsáveis das capas do disco?
DE: O primeiro quem fez foi o Victor Stephan, vocalista da banda “Os Estudantes”, o segundo foi feito pelo Marcelo Angú, que toca no “Homem elefante”.

RZ: Quais as influências para composição da banda?
DE: Rock de garagem em geral, com uma pitada de surf rock e com uma intensidade de tocar próxima do punk. Tudo que gostamos nos influencia um pouco: Cramps, Los Saicos, Mc5, Stooges, Troggs, etc...

RZ: O que vem pela frente?
DE: Além do “single virtual” e do álbum “longo””, a ideia é viajar para fora do Rio de Janeiro divulgando nosso trabalho. Temos shows marcados em setembro em São Paulo e Campinas. Enfim, meter o pé na estrada e tocar rock alto.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Dez dias de muito rock em Campinas


O festival de música independente AutoRock chega a sua 8° edição e anuncia sua programação entre os dias 11 e 21 de Setembro. A abertura do festival ocorreu na quinta-feira (11). O evento é realizado desde 2003 na cidade de Campinas.

O festival AutoRock, considerado como um dos maiores festivais dedicados à música independente do Brasil, chega a sua 8° edição e apresenta uma programação com apresentações de 51 bandas e a mostra “AutoTrash” com 22 curtas/filmes sob a curadoria do diretor Petter Baiestorf.
Este ano o festival será realizado entre os dias 11 e 21 de Setembro na cidade de Campinas, interior de São Paulo, e como nos últimos anos ocorre em diversas casas de shows, praças e espaços públicos. Ao todo serão 17 eventos distribuídos nos dez dias de festival. Pela quinta vez o festival traz uma atração internacional, nesta edição a convidada é a banda espanhola Belgrado. Desde a sua primeira edição o AutoRock conta com bandas locais, do estado e de outras regiões do Brasil, os destaques desta edição são Dead Fish (ES), Camarones Orquestra Guitarrística (RN), Evil Idols (PR), Os Vulcânicos (RJ), Chuck Violence (SC), Seek Terror, Periferia S.A de São Paulo capital e as locais Muzzarelas e Lisabi.
Confira a programação completa e detalhada do Festival Autorock 2014 e programe-se!
PROGRAMAÇÃO FESTIVAL AUTOROCK 2014 - SHOWS Dia 11/9 — 19h: Abertura da Exposição Autorock, com show com a banda Twinpines Onde: DisORder (Rua General Osório, 1.565, Cambuí, fone: 19 3381-0309) Quanto: Entrada franca — 21h: Show com as bandas The Violentures, Footstep Surf Band e Modulares Onde: Sebastian Bar (Rua Dona Maria Umbelina Couto, 79, Guanabara, fone: 19 3212-1508) Quanto: R$ 12
Dia 12/9 — 21h: Festa SKAndalosa com as bandas Ba Boom e El Kabong Onde: Casa São Jorge (Av. Santa Izabel, 655, Barão Geraldo, fone: 19 3249-1588) Quanto: R$ 20 — 22h: Show com as bandas Beyond the Grave, Violent Ilussion, Cicatrizes do Ódio e Metalizer Onde: Woods Music Bar (Rua Erasmo Braga, 6, Bonfim, fone: 19 3243-5297) Quanto: R$ 15
Dia 13/9 — 16h: Show com as bandas Camarones Orquestra Guitarristica (RN), Evil Idols (PR), Labataria, Os Pontas e Malvo Local: Praça Rui Barbosa (atrás da Catedral, no Centro). Quanto: Entrada franca — 22h: Show com as bandas Ema Stoned e A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante Onde: Bar do Zé (Av. Albino J.B. de Oliveira, 1.325, Barão Geraldo, fone: 19 3289-3159) Quanto: R$ 12 — 22h: Show com as bandas Desenmascarado e Belgrado (Espanha) Onde: Echos (Rua Agostinho Pattaro, 54, Barão Geraldo, fone: 19 3201-8900) Quanto: R$ 15.
Dia 14/9 — 16h: Show com as bandas Seek Terror, Horace Green e Gagged Local: Quintal do Gordo (Rua Sete de Setembro, 553, Vila Industrial) Quanto: R$ 10 Dia 18/9 — 21h: Show com as bandas Topsyturvy e Cheesehead Onde: Barril da Mafia (Rua Dom Pedro I, 390, Guanabara, fone: 19 3241-0982) Quanto: R$ 15 — 22h: Show com as bandas Instrumentalia e Sr. Macaco Onde: Rudá (Av. Santa Izabel, 490, Barão Geraldo, fone: 19 3249-3087) Quanto: R$ 10 (até as 22h) e R$ 15 (após as 22h)

Dia 19/9 — 21h: Show com as bandas F.U.B.E e Fantástica Maddame + Riva Rock nos vinis (Tributo a Jimi Hendrix) Onde: Brazuca (Av. Santa Izabel, 800, Barão Geraldo, fone: 19 3291-9121) Quanto: R$ 15 — 22h: Show com as bandas Kosmica, Hellgrass e Vermoon Onde: Memphis (Av. Andrade Neves, 2.042, Castelo, fone: 3243-8290) Quanto: R$ 10 (até as 22h) e R$ 15 (após as 22h) Dia 20/9 — 15h: Show com as bandas Bad Taste, Atitude!, RND, Cerkelétrika, Drakula e Porrada Solicitada Onde: Praça Integração (Av. João Paulo II, s/n°, Padre Anchieta) Quanto: Entrada franca — 21h: Show com as bandas Os Vulcanicos (RJ) e Chuck Violence (SC) Local: Kabana Bar (Av. Dr. Romeu Tortima, 485 - Barão Geraldo, fone: 19 3201-8216) Quanto: R$ 12 (homem) e R$ 8 (mulher) — 22h: Show com as bandas: Periferia S.A, D.E.R, Filhos Bastardos e VxOxSx Local: Woods Music Bar (Rua Erasmo Braga, 6, Bonfim, fone: 3243-5297) Quanto: R$ 15.
Dia 21/9 — 15h: Show de enceramento com as bandas Dead Fish (ES), Muzzarelas, Lisabi, AQUëLES!, Don Ramón, Iodo, Slag, Dona HxCélia. Onde: Concha Acústica do Parque Portugal - Lagoa do Taquaral (Av. Dr. Heitor Penteado, Portão 2, Taquaral) Quanto: Entrada franca.
PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA DE CINEMA AUTOTTRASH Dia 15/9, 19h: — Horário Nobre ou Banquete Para Urubus (Dimitri Kozma, 2012, 20 min.) — Confinópolis (Raphael Genuíno, 2011, 15 min.) — Mal Passado (Júlio Wong, 2013, 20 min.) — O Terno do Zé (Fabiano Soares, 2013, 21 min.) — Matadouro (Carlos Júnior, 2012, 70 min.)
Dia 16/9, 19h: — Gemini (Leandro Lopes, 2013, 5 min.) — Ia Dizer Que Voltei (Matheus Frazão, 2013, 30 min.) — Vamos La Camarada, Aperte a Mão do Coleguinha (Angelo Souza, 2013, 30 min.) — É Campeão (Lud Lower, 2014, 5 min.) — Entrei em Pânico 2 (Felipe M. Guerra, 2011, 82 min.)
Dia 17/9, 19h: — Trailer de Cléopatra 2 (Filmaralho, 2014, 5 min.) — Pressa de te Amar (Gurcius Gewdner, 2014, 3 min.) — AM-SP Punk Rock (Matheus Souza, 2012, 5 min.) — Sede (Cleiner Micceno, 2013, 15 min.) — Hard Rock Zombies (Krishna Shah, 1985, 98 min.)

Dia 18/9, 19h: — Trailer de Zombio 2:Chimarrão Zombies (Petter Baiestorf, 2013, 2 min.) — O Boitatá (Helvécio Parente, 2013, 13 min.) — Freelance Ninjas - Primeira Classe (Mike Klafke, 2013, 30 min.) — O Colírio de Corman (Dick Magoon, 2014, 20 min.) — Pink Narcissus (James Bidgood, 1971, 64 min.) Dia 19/9, 19h: — Six She's And A He (Richard S. Flink, 1963, 47 min.) — La Nave de los Monstruos (Rogelio A. González, 1960, 81 min.) Onde: Museu de Imagem e Som de Campinas - MIS (Rua Regente Feijó, 859, Centro, fone: 19 3733-8800) Quanto: Entrada franca

domingo, 7 de setembro de 2014

De Itatiba para o mundo

Canibal Vegetariano
A banda itatibense Fake Vulgarys lançou recentemente seu primeiro EP "A man who says". Com cinco músicas e gravado de maneira totalmente independente, as músicas do quarteto ganhou projeção internacional e blogs especializados em músicas comentaram muito sobre o EP. Para saber mais sobre esse trabalho, o zine/blog Canibal Vegetariano bateu um papo com os caras para saber mais sobre a banda e também sobre o EP.

Canibal Vegetariano: Por favor, apresentem-se aos nossos leitores: nomes, instrumentos e etc.
Fake Vulgarys: Composto por Rafael Cataldo (Vocal e Guitarra solo), Diego Machado (Guitarra base), Caio Guttner (Baixo) e Eduardo Limas (Bateria). A banda Fake Vulgarys surgiu em meados de 2012, com diversos músicos passando pelo baixo e bateria. Em 2013, Caio assumiu o baixo e a banda começou a gravação do primeiro EP. Durante o processo o baterista Eduardo juntou-se a nós fazendo desta a formação mais longa da banda.

CV: Como surgiu o nome Fake Vulgarys? Tem algum significado ou crítica a algo?
FV: A ideia do nome surgiu a partir de um disco do Queens of The Stone Age, chamado “Era Vulgarys”. A palavra “Vulgarys” gera muita confusão por ter diferentes sentidos. Vulgar significa ordinário, comum e como não nos consideramos parte deste meio, procuramos uma palavra que viesse a contrariar esta ideia. Daí surgiu a palavra “Fake”, termo bem comum na internet nos dias de hoje. Resumindo, o significado por trás do nome “Fake Vulgarys” é o de que todo mundo deve ter senso crítico e não deve seguir cegamente pré-conceitos, que são martelados por inúmeros veículos de comunicação. Apesar de sermos obrigados a viver segundo as regras estipuladas pela sociedade, tentamos na medida do possível, fazer aquilo em que acreditamos através da música.

CV: O som de vocês remete a bandas inglesas e estadunidenses. Quais são as principais influências da banda?
FV: Os integrantes tem influências distintas e que começam lá atrás pelos Beatles & Stones passando por Led Zeppelin, Queen, Sabbath, U2, Red Hot, Nirvana, Oasis, Foo Fighters e Queens of The Stone Age. Não dá para citar todas as bandas pois cada membro tem um gosto bem distinto. O Caio curte mais metal, o Dú e o Diego curtem mais Grunge e o Rafael Brit-Rock e Stoner Rock. As composições acabam por refletir uma mistura de vários elementos dentre estes gêneros com maior influência do rock presente nos anos 90.

CV: Como vocês compõem? 
FV: O processo de composição não segue nenhuma regra. Das 5 músicas do EP, em três o Rafael e o Diego compuseram juntos seja um trazendo um riff e o outro criando as partes dos vocais, seja ajudando na harmonia, etc. Por exemplo, a música “In Any Life with Her” começou com o Diego mostrando uma melodia no teclado e daí o Rafael criou a melodia/ letra, depois o Caio ajudou a criar a parte da ponte, etc.  Como as músicas são em inglês, o Rafael é o responsável pelas letras, mas em alguns sons como Sin City, Diego o ajudou com algumas ideias. Às vezes as músicas já vem com a sua estrutura pronta como “A Man Who Says” e “Fight For Another Day”, que o Rafael trouxe prontas. Nos arranjos criados na pré-produção todos os membros tem a liberdade de opinar e assim vamos acrescentando elementos na música.

Canibal Vegetariano

CV: Falem sobre a gravação do EP. Como ele surgiu, como foi o processo no estúdio?
FV: Montamos um Home Studio e o EP foi concebido totalmente de forma independente onde somente os membros da banda participaram das etapas de produção, gravação, mixagem e masterização. Trabalhamos com muito afinco para encontrar a melhor maneira de obter um bom resultado sem grandes investimentos.  

CV: O EP de vocês têm sido muito bem comentado fora do Brasil. Como vocês avaliam essa informação?
FV: Para ser sincero, esta notícia nos pegou de surpresa. Trabalhamos muito ao longo de 2013 para gravar um EP de qualidade. Sabíamos do potencial das músicas, mas mesmo assim não esperávamos um retorno tão rápido, principalmente, de fora do país, onde conseguimos maior retorno do público. Uma matéria americana nos destacou como uma dentre 7 bandas independentes estrangeiras que você deveria ouvir. Um motivo de muito orgulho foi que éramos a única banda latino-americana a ser citada.

CV: Quais os planos de vocês para o restante deste ano?
FV: Agora estamos nos concentrando em finalizar as músicas para o nosso primeiro CD e estamos fazendo shows para divulgar o nosso EP.

CV: Uma pergunta específica ao Caio. Você sempre tocou em bandas voltadas ao metal. O que te fez mudar e tocar um som mais alternativo?
CG: Minhas principais influências são, com toda a certeza, oriundas do Metal e por um bom tempo só escutava e tocava esse tipo de som. Com o tempo fui conhecendo outros estilos e mudando um pouco minha forma de tocar. Hoje já passei por bandas de Blues, Classic Rock, Punk, Progressivo e Pop Rock. Entrei no Fake, principalmente, por acreditar nas músicas em si e também por ser um desafio a mim como músico, pois nunca havia tocado e composto para esse estilo. Além de também agregar minha experiência a banda pois, notavelmente, ela ficou um pouco mais pesada com a minha entrada.

CV: Agradeço pela entrevista e deixo espaço para considerações finais.
FV: Agradecemos a equipe do Canibal Vegetariano pelo espaço e apoio concedidos para divulgação do nosso trabalho. Para todo mundo que quiser ouvir e acompanhar o nosso trabalho é só entrar em www.fakevulgarys.com que as músicas estão disponíveis via streaming. Quem quiser um EP físico é só entrar em contato com a banda pelo site ou pelo facebook em www.facebook.com/fakevulgarys.

Impressões sobre 'A man who says'


O primeiro EP da banda itatibense Fake Vulgarys chamou muita atenção de blogs gringos devido a qualidade musical apresentada. O disco que os caras gravaram tem cinco músicas e digo que a faixa número 2, "Sin City", é a melhor da "bolachinha". Rock com melodias, boas linhas de guitarra e um baixo com marcação precisa e ainda com "enfeites" que chamam muito atenção, principalmente de quem gosta de ouvir rock executado por bons músicos.
As outras músicas seguem uma mistura do que o pessoal convencionou chamar de "rock clássico" com pegadas de bandas "indies", principalmente dos anos 90, do século passado. As letras são todas em inglês e encaixam perfeitamente às melodias. Além das boas composições, o disco destaca-se pela qualidade de gravação. O ouvinte consegue prestar atenção a cada nota e não há instrumento que encobre outro. Para um primeiro registro, a banda começou muito bem e promete voos maiores.