quarta-feira, 24 de outubro de 2012

'Maradona do Brasil'


Canibal Vegetariano
O Conjunto de Música Rock Merda se aprentou no último dia 19 no Bar do Zé em Campinas e fez mais uma grande apresentação, tão boa, ou até melhor do que eles fizeram em dezembro de 2011, quando divulgavam o split Ganguinha do Merda, com a banda Morto Pela Escola.
Desta vez, os capixabas voltaram ao interior paulista para divulgar o novo álbum, "Índio Cocalero". Como eles passaram pelos Estados Unidos entre o final de agosto e começo de setembro, quem compareceu ao Bar do Zé pode ver uma banda bem entrosada e disposta a dar uma passada geral em todo material lançado até o momento. Entre músicas de seus álbuns, singles e splits, a "ganguinha do Merda" agitou o público.

Canibal  Vegetariano 
Claro que algumas passagens merecem um destaque maior. Os caras mandaram várias canções do novo disco, entre elas "Índio Cocalero", "Nem todo brasileiro que gosta de futebol gosta do Neymar", "change my way". Neste show, os caras não homenagearam o rei Roberto Carlos, mas tocaram duas músicas clássicas de duas bandas eternas do punk rock, hardcore nacional.
A primeira homenagem foi para a banda Olho Seco. Mozine, Japa e Alex mandaram muito bem em uma versão de "Nada", algumas músicas depois, a homenagem foi para a banda Ratos de Porão, onde os capixabas tocaram "Crucificados pelo sistema", esta com participação especial de Artiê Oliveira nos vocais.
Mas, o ponto alto do show foi mesmo o "hit de 2011" que continua agitando a juventude Brasil afora, "Maradona". Quando eles tocaram esta música, a poeira só não levantou pois o chão não era de terra, caso contrário, a multidão que cantou junto com a banda faria poeira subir. Depois do show, a parada básica na banca de merchandising se fez necessária e o pensamento para que o trio volte em breve para o interior, pois rock, diversão e música tocada de maneira rápida, simples e honesta, é com o Merda.

Canibal Vegetariano
SCARLETT O HARA/ Antes do show do Merda, houve a apresentação da banda Scarlett O Hara, do guitarrista Renan Fattori, que também faz parte da formação do Drákula. Com riffs, peso e velocidade, há banda que estava há alguns anos sem se apresentar fez um bom show que agitou e fez muita gente relembrar um passado nada distante.
Canibal Vegetariano
Com muita competência e Renan mostrando toda sua habilidade como guitarrista, tanto em solos como em riffs, o show agradou e deixou a galera bem agitada para o Merda. Além de executar suas músicas, a Scarlett não se esqueceu de suas influências e prestou uma homenagem muito legal a banda campineira "Orestes Preza". Show muito bom e que mais apresentações e novos trabalhos da banda venham para saciar a sede de bom rock do público que presenciou o seu retorno.

Canibal Vegetariano

FITA/ Assim que embarcou para os Estados Unidos, a galera do Merda levou uma fita K7, intitulada de “Greatest Shits” para comercializar nos shows e arrecadar para alimentação. Mas você que torceu o nariz por saber que era uma fita, deixe o preconceito de lado, pois a qualidade do som é excelente e se você não conhece a banda, é uma ótima oportunidade para acesso ao material incrível que é produzido por essa galera.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Druques: novo disco e muita vontade de viver


 A banda Druques deu um tempo há cerca de três anos, mas o tempo parado não fez com que seus integrantes deixassem a música de lado. Formada por Zé Pi (guitarra, vocal e compositor), Marcos Leite (sintetizador, baixo e programações), Gui Calzavara (bateria e trumpete), Menotti Del Picchia (guitarra) e André Hime (sintetizador e programações), a banda está com disco novo na fábrica e com muita vontade de viver. Abaixo você confere o papo que levamos com Zé Pi, sobre os novos horizonte do grupo.

Canibal Vegetariano: Como a banda começou e quais as principais influências?
Zé Pi: Marcos, Gui e eu começamos a tocar juntos quando adolescentes e não paramos mais desde então. Os Druques surgiram entre 2004 e 2005 de maneira natural, pois já tocávamos juntos, depois com a entrada do Meno e do Hime tudo tomou mais forma e a banda ficou completa.
Sobre as influências, elas são infinitas. E isso está mais nítido nesse novo trabalho, pois não nos prendemos a nenhuma regra ou estética fechada, nenhum movimento, nosso interesse por música vai além de qualquer enquadramento que se tente fazer.

CV: Quando vocês montaram a banda, qual o motivo que levou vocês a fazer um rock mais com cara de "século 21"?
ZP: Eu sempre gostei de canções simples, ouvi muito rock quando criança, nomes como Little Richard's, Jerry Lee Lewis, Elvis Presley, Chuck Berry, eram habitues em minha vitrola e junto com isso toda música brasileira de Chico Buarque a Luiz Gonzaga. Na minha casa sempre teve muita música e o motivo que nos leva a fazer qualquer som é um só, "o desejo".

Vídeo com o novo single da banda: Traição


CV: Vocês lançaram dois clipes que foram executados na MTV, "Depois" e "Não Assim". Eles foram muito bem produzidos. Houve o retorno que vocês esperavam?
ZP: O retorno é a história e a história não se corrompe. Os dois clipes foram dirigidos por Marcelo Mesquita, grande cineasta e parceiro da banda.

CV: Além desses clipes, a banda lançou duas demos. Como foram o processo de gravação desses trabalhos?
 ZP: Não lançamos demos, lançamos o CD em 2006, pela RecoHead e o DVD single "Não Assim", em 2008, pela Phonobase. Em seguida a DeckDisk lançou em uma coletânea.

CV: Após esses lançamentos e os clipes, a banda deu a famosa "sumida". O que houve nesse período? Porque optaram por essa parada?
 ZP: Não optamos, seguimos o caminho que apareceu diante de nós,   ficamos três anos trabalhando com teatro e trilha sonora, além de tocar com outros projetos.

CV: E para este retorno, o que a Druques apresentará de novidade para seus fãs? Vocês imaginam a reação que eles podem ter?
ZP: O disco "Nuvem Negra", que está na fábrica nesse momento, tem 13 faixas e toda reação será e é bem vinda.

Um dos clipes mais famosos da banda: Depois


CV: Quais os planos para o futuro?
ZP: Viver.

CV: Vocês acreditam que a cena musical no interior mudou do tempo em que vocês pararam em comparação com o presente?
 ZP: Moramos em São Paulo mas já viajamos muito com outros projetos e eu pessoalmente sinto um público crescente, muito interessado em coisas novas e isso é o mais importante.

CV: Agradeço pela entrevista e deixo espaço para seus comentários finais. 
ZP: Valeu manos! Abraços. Zé Pi.