domingo, 26 de julho de 2015

Coloque um pouco de Merda em sua vida!

Fotos: Canibal Vegetariano
O power trio insano capixaba, conhecido carinhosamente como Conjunto de Música Rock Merda, lançou recentemente mais um Split em vinil 7 polegadas, desta vez em parceria com os cariocas d’Os Estudantes.

O vinil tem três sons do Merda do lado vermelho e do lado amarelo da força o ouvinte terá cinco petardos do quarteto carioca. Cada banda gravou em um estúdio mas isto não interfere na qualidade das gravações. Bandas com muito de tempo de estrada e com vários discos lançados conhecem o caminho das pedras.

Sobre o Merda, o trio formado por Mozine (vocais e guitarra), Japa (vocais e baixo) e Alex (vocais e bateria), apresenta três “porradas” simples e direta. A faixa de abertura chama-se “A fonte da Coca-Cola”. Nesta letra os caras ironizam a própria banda por alguém aparecer na MTV com uma camiseta e dizem que devido a este fato são mainstream e por isso o uso da fonte.

A segunda faixa “Eu vou cagar em cima de você” tem vocais alternados entre Mozine e Japa e a “tiração” de sarro continua, como sempre ocorre nos sons do trio. A terceira e derradeira música que fecha o lado Merda do disco “Quem nunca?” é um relato de uma noite em que um sujeito sai sem rumo e deixa tudo rolar. O legal desta faixa é o vocal totalmente “rasgado” de Mozine onde o ouvinte para entender o que é cantado precisa ler a capa.

ESTUDANTES

O quarteto carioca, formado por Vitão (vocais), Diogo (bateria), Manfrini (guitarra) e Dony (baixo), gravou cinco faixas e todas no melhor estilo hardcore. Letras e músicas diretas com algumas críticas em meio a algumas letras que beiram ao absurdo. A faixa de abertura é a “Menino peixe I”, que tem refrãos “grudentos” como: “mas ele vai cair, um dia vai sumir”.

A segunda faixa é a continuação de “Menino peixe”, agora com sua segunda parte onde Vitão, vocalista, nos chama para “aplaudir e zombar” o “menino peixe”. E a pancadaria, no mais que bom sentido da palavra segue nas três faixas seguintes, como Luz, onde a banda fala sobre uma possível luz no fim do túnel, que para eles nada mais é do que um trem em direção contrária. O lado amarelo dos cariocas encerra-se com “Olhos azuis” e “Alívio da dor” duas ótimas faixas que também trazem conteúdo crítico, principalmente ao ser humano. 

Além das boas músicas, o que chama atenção neste lançamento das bandas são as capas que não existem. Uma é somente um pano com os nomes e a outra é o que conhecemos como encarte, onde estão as letras e ficha técnica. Mas como Merda e Os Estudantes são geniais, o que vale mesmo é a música, sempre de altíssima qualidade. Compre seu Split e ouça no volume máximo! Se o som estiver alto, é porque você está ficando velho. 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Noite dos metais

Fotos: German Martinez
Por German Martinez 

A pedido dos amigos do zine/blog Canibal Vegetariano, fui cobrir o Festival de Inverno em Bragança Paulista, no sábado (18). A ocasião era vertente metal, celebrando quatro bandas representativas no círculo. Em pouco tempo, o local (Ciles do Lavapés), foi tomado pelo público headbanger. O Ciles para quem não conhece abriga praticamente todos os eventos relacionados ao rock na gestão de Luis Henrique Duarte, o Quique Brown, e desta vez não seria diferente para que a plateia comparecesse.

Na abertura vieram os "velhos" conhecidos da nova geração da cidade, o Kollision, após dividir palco com muitas bandas da região e também gringas, foram convocados para esta ocasião. O intuito era tocar canções do seu álbum recém lançado "The stage of death", as composições influenciadas por videogames e etc, mostram um pouco da identidade da banda.

A segunda banda foi o quinteto do Sardonic Impious, o black metal prevalecia nesse momento no Ciles, acompanhados de vários fãs e amigos, o Sardonic entoou satanismo aos presentes. Com uma banda afiadíssima, agradou a todos que admiram o som pesado.

O quarteto carioca do Confronto trouxe a Bragança sua viagem pelo metalcore, hardcore, ou mesmo death metal. Eles são uma banda que faz disso um caldeirão de influências, entre riffs e bateria agressiva, o vocalista Felipe Ribeiro girava o palco atrás de agitar o público que até então, estava atônito, mas depois da metade do show, causou mais empolgação. Chamaram Bragança para o “circle pit” e entusiasmaram os espectadores.

KRISIUN

A chave de ouro era entregue ao Krisiun, o que dizer do Krisiun, nada, seria medíocre da nossa parte declarar algo sobre a insanidade provocada por uma banda que está no mais alto escalão do Death Mundial.

O setlist privilegiou muitas fases do trio gaúcho, o som estava alinhado e ora ensurdecedor para o tremendo peso que eles provocam ao vivo. Escolheram duas músicas do novo álbum para tocar. Talvez "Conquerors of armagedom" tenha feito falta, mas houve death metal para todos os gostos, fazendo qualquer um ficar de queixo caído com a banda. Enfim encerraram com Motorhead "No Class'. Simplesmente uma aula! 

German Martinez é roqueiro e editor do Raro Zine

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Instituto Entrando em Cena premia jovens empreendedores durante Feira de Ideias

Fotos: Amanda Andrade
Três projetos receberão ajuda financeira e técnica para sair do papel

No sábado (4), durante a terceira edição da "Feira de Ideias, o Instituto Entrando em Cena" entregou, mais uma vez, o "Prêmio Entrando em Cena no Mundo" aos projetos desenvolvidos por jovens que participaram de oficinas de empreendedorismo sociocultural. Foram sete projetos inscritos, seis apresentados ao público e três premiados, que receberão ajuda financeira e técnica para sair do papel.

Durante quatro meses, esses jovens participaram das oficinas do Entrando em Cena no Mundo, projeto que tem como objetivo formar agentes multiplicadores capazes de se tornarem protagonistas de ações culturais e/ou sociais transformadoras. Para isso os participantes foram estimulados a identificar seus potenciais através das próprias histórias de vida, identificar e avaliar criticamente as insatisfações sociais e criar projetos capazes de promover transformações nas comunidades em que vivem, além de serem instrumentalizados para desenvolver e gerir tais projetos, buscando alternativas para uma vida plena de cidadania cultural em uma sociedade democrática de fato.

A avaliação foi feita por uma comissão julgadora convidada, formada por 21 pessoas, representantes das áreas social, cultural, educacional, artes cênicas, artes plásticas, arte de rua, literatura, produção cultural, comunicação, arte-educação, direito e meio ambiente. O juri votou nos quesitos “redação dos projetos”, “potencial de transformação”, “criatividade da iniciativa”, “capacidade de realização” e “planejamento financeiro”. O público presente teve a oportunidade votar  no quesito “apresentação”. No total foram 130 votos computados durante a Feira de Ideias.

Confira o resultado final da terceira edição do Prêmio Entrando em Cena no Mundo:

1º Lugar: "Memórias na Rede", de Nahida Almeida Ghattas e Alberto Aleixo Maciel,  propõe a promover a interação entre dois grupos diferentes da sociedade,  jovens de 12 a 18 anos e idosos moradores de um asilo. O fruto desse encontro serão textos que serão publicados em um blog na internet. 

2º Lugar: "DiRaiZ Hip Hop", Elvis da Silva Fonseca e Welton Aparecido Resende Souto, visa realizar oficinas de rap e grafite para 30 adolescentes da escola estadual Marcos Guimarães, de Bragança Paulista, utilizando o hip hop como ferramenta de inclusão sociocultural e empoderamento do jovem.

3º Lugar: "Café no Bullyng", de Gabriel Henrique do Nascimento,  visa discutir, em escolas de rede pública, por meio de intervenções de conscientização, esquetes e debate com especialistas o que é de fato o bullying e quais são suas consequências negativas para quem sofre com isso.

4º Lugar: "Projetando Passado, Revendo Futuro", de César Augusto Ramalho de Souza, visa promover o incentivo ao ensino superior através de uma feira, com objetivo de explanar sobre diversos assuntos voltados ao tema e criar uma plataforma na internet onde as pessoas possam encontrar informações sobre o assunto.

5º Lugar: "Se eu fosse você, seria você", de Ana Carolina dos Santos Franco, visa  proporcionar às pessoas uma maneira de aceitar as diferenças,  ajudando os dois lados do problema do bullyng, quem sofre e quem pratica, por meio de vídeos gravados com vítimas.


6º Lugar: "Das Salas ao Palco", de Júlio César Rocha Santos, tem o intuito de dar a oportunidade para jovens da escolas de ensino médio de terem contato com as artes cênicas por meio de oficinas e apresentações, contribuindo, assim, para a formação de público para esse tipo de espetáculo.