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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Um cardápio para deixar saudade

Julia durante apresentação dos Replicantes. 
Fotos: German Martinez/Raro Zine
Foi encerrada no domingo (17), no Cile Lavapés, em Bragança Paulista, a 14ª edição do festival Cardápio Underground. E o último dia foi daqueles que irá demorar para sair da memória de quem esteve presente. Infelizmente não conseguimos chegar para o início da maratona rock’n’roll do domingo, mas acompanhamos várias apresentações.

O deslocamento entre Itatiba e Bragança Paulista é rápido, mas tudo depende das condições da estrada, que não é duplicada, e da quantidade de caminhões, que faz com que a velocidade seja menor. Demoramos, mas chegamos, e assim que adentramos o recinto, a banda Aqueles, do Zazá, do Café in Sônia, subia ao palco.

Como o festival teria mais de dez atrações, dois palcos foram montados. Acabava uma apresentação, iniciava outra, parabéns aos organizadores.  E a apresentação do Aqueles foi no melhor estilo hardcore, direito e rápido como estamos acostumados. Como nota, avisamos que não foi possível acompanhar as bandas: Tumbero, Sorry For All, All Fight For All, The Damned Human Flesh, BlankWar.

Motor City Madness
Após a destruição do trio campineiro, foi a vez dos gaúchos do Motor City Madness que encerravam a turnê paulista de mais de dez dias e muitos shows entre a capital e o interior. A Motor é uma banda que gostamos em demasia e esse foi o show mais brutal que acompanhei. Riffs, velocidade, fúria, tudo aquilo que estamos acostumados foi apresentado pelo quarteto dos pampas e músicas de seus três discos.

Nem terminou direito a porradaria da Motor, no palco em frente, estava a I am The Sun, trio sensacional que apresentou seu stoner cheio de peso e riffs geniais. Fizeram um puta show e saíram do palco com o público conquistado.

E a porradaria prosseguiu, pois na sequência vieram os fluminenses do Deaf Kids. Fica complicado rotular o tipo de som que eles fazem, mas é incrível a capacidade sonora e efeitos que eles usam e tudo soa muito bem ao vivo, sem citar a presença de palco, show daqueles que, se o evento fosse pago, teria valido o ingresso.

Muzzarelas
Após essa sequência animalesca, demos aquele tempo para comer, vale frisar que os espetinhos servidos no local estavam deliciosos. Comida, bebida, aquele rolê pelas bancas de discos e camisetas e o papo com os colegas de outras cidades. Em meio a tudo isso, conseguimos apenas ouvir a rápida apresentação da Patife Band, banda que havíamos visto há poucos meses em Campinas.

E por falar em Campinas, a Patife terminou seu show e os campineiros da Muzzarelas mandaram ver seu som, mais do que clássico. Muzzarelas no palco é sempre garantia de boa música e diversão. E foi o que eles promoveram para o sedento público de rock e ainda mandaram ver um som inédito.

Após o show do Muzza seria a vez da galera do metal, a banda Nervosa faria sua apresentação. Como o metal não é muito nossa praia, voltamos ao carrinho de lanche, mais comida, mais bebida e mais papo, afinal, ainda haveria show dos Replicantes.

Deaf Kids
E os gaúchos encerraram a festa com chave de ouro. Ainda não havia visto a banda ao vivo com a vocalista Julia Barth e a apresentação foi simplesmente sensacional. A banda botou na mesa todos seus clássicos, de maneira simples e direta, sem frescuras... fizeram apresentação de banda do porte de “time grande”. Vale destacar que Julia tem ótima performance de palco, canta todas as canções sem perder o fôlego e ainda desceu duas vezes para agitar com o público na roda de pogo. Um show daqueles que fizeram valer o ano.

Após o fechamento das cortinas, restou-nos levantar acampamento e partimos de volta para nossa cidade, com a certeza de que o festival cumpriu seu papel e aproveitamos para parabenizar a todos pela organização, nota 10.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Começa o Cardápio Underground

Uma das exposições do Cardápio realizadas na Sociedade
Ítalo-Brasileira. Fotos: Arquivo Pessoal Quique Brown
A partir desta segunda-feira (11) tem início, em Bragança Paulista, a 14ª edição do festival Cardápio Underground, que este ano será realizado até o domingo (17). Shows, debates, aulas de história, entre outras atividades, estão previstos para ocorrer em vários pontos do município. Para saber mais sobre este evento, conversamos com Quique Brown, vocalista e guitarrista do Leptospirose, e um dos organizadores do festival, desde seu início. Abaixo ele fala sobre tudo o que irá rolar nesta semana.  

Canibal Vegetariano: Brown, Cardápio Underground chega a 14ª edição. No início, você tinha ideia de que chegaria tão longe?  Comente também como surgiu a ideia de promover um evento deste tipo e como ele cresceu ao longo dos anos. O que a galera poderá acompanhar durante o Cardápio?
Quique Brown: Cara, eu acho que quando a gente monta um festival e coloca um número na frente tipo 1°, 2°, 3° é porque a gente quer que role sempre. Eu e Daniela Verde começamos essa história em 2004, numa época em que a gente produzia muita coisa aqui na cidade, sempre tinha show, cineclube, cartaz pra rua e no meio desse bolo todo, juntar uma rapaziada durante uma semana pra fazer um monte de coisa pareceu interessante e foi assim que surgiu essa fita. Nos primeiros anos, o festival rolou na Sociedade Ítalo Brasileira, foi uma época muito legal onde tudo acontecia no mesmo espaço; exposição de foto nos degraus da escadaria do porão, arte nas paredes, shows no chão, gente cortando o cabelo da galera no meio dos shows, televisões fora do ar e tudo mais.
Com o tempo, nossa relação com os “italianos” começou a piorar e a gente parou de fazer o festival lá, antes de abandonar 100% a Sociedade Italiana, fizemos uma edição no Bar do Davi, depois mais duas na Sociedade - e desde então - o festival começou a abraçar vários cantos da cidade.
Esse ano, entre os dias 11 e 15 deste mês, seis artistas irão fazer uma grande imersão na garagem de uma casa no centro que será a “Garaginha do Edith”, na sexta 15, tem abertura da exposição com discotecagem de MZK e Davi, dias 12 e 13, teremos um curso chamado História Aos Berros que aborda a história recente do Brasil em cima da discografia do Ratos de Porão, dia 16, sábado, acontece o Meninas Pra Frente, que será totalmente protagonizado por mulheres com roda de conversa com mediação da Flávia Biggs, shows com Letrux (RJ), Rakta e discotecagem com as mina do Não Sou Daqui (Peru/EUA). No domingo, último dia do festival, o ataque acontecerá no glorioso Ciles do Lavapés com Os Replicantes, Nervosa, Patife Band, Muzzarelas e outras 9 bandas.

Cartaz com as atrações de 2017
CV: Atrações em vários pontos de Bragança, diversidade cultural... de qual ponto vocês partiram para montar o evento deste ano? Ele pode ser comparado às escolas de samba. Nem acaba direito um desfile e pensa no próximo?
QB: [risos] mais ou menos, tudo depende do orçamento né? Mas certamente, pula de um ano pro outro, até porque, a gente recebe muita proposta pra 2017, quando a gente solta a programação de 2016.

CV: Uma das atrações que chama muito atenção é o curso de história do Brasil com base na música dos Ratos de Porão. Como surgiu essa ideia e qual sua expectativa para essa atração em particular?
QB: Esse curso é disparado a coisa que mais me intriga nessa edição do festival. Essa história surgiu no começo do ano quando circulou na internet um banner da primeira edição desse curso que rolou em Caruaru-PE, cidade do Gustavo, que é Professor Mestre em história e virá pra cá dar umas aulas pra gente! Na época que rolou essa fita lá em Caruaru, mandei uma mensagem pra ele, começamos a conversar e deu certo. O Ratos é uma banda muito prolífica, mesmo com todas as dificuldades, eles nunca deixaram de produzir, nunca deixaram de viajar e sempre deixaram marcas do que estava rolando no Brasil e no mundo em seus discos, então, dar uma aula de história em cima do Ratos, é como pegar uma caixa de sapato cheia de álbuns de foto e narrar pra alguém tudo o que aparece ali, só que com a discografia deles.

Os potiguares da Camarones Orquestra Guitarrística durante
apresentação no Ciles, que receberá vários shows no
encerramento
CV: Em um momento no qual a economia não vai bem e todos os governos falam em cortes de verba, como Bragança consegue realizar um festival do porte do Cardápio Underground?
QB: Festivais desse porte botam uma puta grana pra rodar. O Cardápio contrata mais de 50 prestadores de serviço entre produtores, artistas, bandas, coletivos, djs e paga inúmeros fornecedores. Através da produção cultural estamos aquecendo a economia do setor, é uma questão de escolha, o IPI reduzido, por exemplo, colabora com uma fatia da economia e as leis de incentivo colaboram com outro e o Cardápio Underground tá nesse jogo. O festival conta com o apoio da Lei Rouanet, do ProAC, da Sabesp, do Centro de Alimentos e do Festival Café In Sônia que salvou esse ano, não só a gente, como o Festival Autorock de Campinas também.

CV: O encerramento está previsto para o Ciles do Lavapés. Haverá apresentação de muitas bandas em dois palcos. Como rolou o critério para escolha das bandas?
QB: O critério é bem simples: unir grupos mais novos que tem feito uns lances legais na cidade/região com bandas que estão se destacando no mundo da música dentro e fora do Brasil com uns veteranos pro meio.

CV: Brown, agradeço pelo papo e deixo espaço para suas considerações finais.
QB: Ivan, mais uma vez, valeu demais pelo apoio, sem pessoas como você a informação não circularia e as coisas seriam ainda mais difíceis! Tamo junto! 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Leptospirose de Natal

A Leptospirose fez todo mundo agitar e por a cabeleira em
ação. Fotos: Ivan Gomes
Galero, três dias após curtirmos o encerramento do Raro Zine Fest em 2016, voltamos para Bragança Paulista durante à noite de quinta-feira (22), para acompanharmos o segundo e último dia do festival Cardápio Underground, que nesta edição foi realizado no Pub. Devido a compromissos profissionais, não conseguimos participar do primeiro dia, que foi muito especial, com toda programação voltada às mulheres. No encerramento, quinta-feira, além de três shows, assistimos o ótimo documentário “Time will burn”, sobre o rock independente nos anos 90.

A noite foi típica de verão, muito quente! Chegamos em Bragança e na entrada do Pub encontramos vários camaradas. Entre um papo e outro, foi o tempo para o telão estar pronto para assistirmos o documentário que retrata de maneira muito clara o que foram os anos 1990. Na sequência, o artista plástico e músico, Matías Picon, com som experimental.

Deb and the Mentals. Paulistanos
fizeram ótimo show
Na sequência, Fernando Maranho subiu ao palco e mostrou seu trabalho. Nós tivemos problemas com nosso equipamento e não conseguimos registrar de maneira adequada a apresentação, mas a música é de ótima qualidade. Durante o show, ele apresentou músicas de seu álbum “Hipercubo”, entre o rock e uma sonoridade psicodélica. Foi uma apresentação sensacional!

Assim que o bragantino deixou o palco, os paulistanos da Deb and the Mentals assumiram o controle da festa e fizeram muito bonito. Com seu som garageiro, o quarteto não deixou a galera parada e fez todo mundo agitar. O show foi cirúrgico, rápido e preciso. Rock puro, sem mistura nem gelo.

Fernando Maranho e banda apresentaram canções de seu mais
recente trabalho, outro ótimo show da noite
Com todos muito animados, papai Noel passou mais cedo por Bragança e presenteou a todos com o ótimo show dos “donos da casa”, Leptospirose. O power trio formado por Quique Brown (guitarra e vocal), Velhote (baixo) e Serginho (bateria), não deixou pedra sobre pedra. Os caras deram passada por toda carreira de mais de 15 anos e deixou todos ensandecidos, no melhor sentido da palavra. Foi um ótimo show para encerrar 2016 e deixar-nos com esperança de dias menos complicados.

Após mais uma apresentação avassaladora dos bragantinos, só restou-nos dar aquela passada básica nas bancas de material independente, tomar uma água, pois a madrugada estava quente e voltarmos para estrada, pois o esqueleto em determinado horário pede arrego.   

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Duas doses de rock para deixar 2016 para trás

Drákula, como sempre, em mais uma exibição de gala em
terras bragantinas. Fotos: Ivan Gomes
No domingo (18), a galera do Canibal Vegetariano botou o pé na estrada em direção a Bragança Paulista, mais precisamente ao Centro Cultural no Matadouro, onde o responsável pelo Raro Zine, German Martinez, organizava a última edição do Raro Zine Fest, em 2016. Quatro bandas estavam programadas, mas devido a outros dois compromissos anteriores, conseguimos chegar a tempo de ver as duas últimas, Burt Reynolds, de Jundiaí, e os campineiros do Drákula. Infelizmente a Echinochess (Monte Mor) e Sorry For All (Socorro) ficarão para uma próxima.

Apesar de não vermos as duas primeiras bandas, chegamos pouco antes do início da apresentação dos jundiaienses. No início deste mês vimos a banda “jogando” em casa mas mesmo fora, os caras arrebentam e conquistam rapidamente o público. Sem delongas, a banda solta os riffs e põe a “juventude” para dançar e agitar com seu rock entre o moderno e o retrô. Eles deram uma passada em quase três décadas de rock e ainda apresentaram som novo. Mesmo fora de casa, mais uma bela “vitória” da galera do Japi, com direito a goleada.

A Burt Reynolds romou de assalto o palco do Centro
Cultural e fez a galera agitar
E para fechar o ano do Raro Zine, a banda Drákula sobe ao palco com a galera mais do que aquecida e sem dó nem piedade despejou punk rock, surf music e rock’n’roll para que os esqueletos fossem chacoalhados à vontade. Com novo integrante na guitarra, Beto, da Labataria, o quarteto manteve o estilo e rapidamente conquistou o público e fez mais um ótimo show, que faz com que a banda esteja os shows mais interessantes para assistir nos últimos tempos.

Ao final das apresentações, público satisfeito e o gostinho de “quero mais” em 2017. German Martinez acertou na escolha das bandas para fechar o ano e agradeceu a todos que compareceram aos eventos do Raro Zine ao longo de 2016. “Nosso sincero obrigado a todos que contribuíram de alguma forma no decorrer do ano, e que fizeram do Raro Zine Fest uma verdadeira celebração de festa, harmonia, amizade e cooperação. Um obrigado gigantesco a todos.” 

domingo, 11 de outubro de 2015

Raro Zine lança compilação ‘Casa 30’

German Martinez solta voz em show da banda Molho Negro,
em Bragança Paulista. Foto: Canibal Vegetariano
O Raro Zine é um site, ou portal, sobre rock independente. À frente deste importante projeto está o nosso camarada German Martinez. Depois de lançar a coletânea “Bragança Resiste”, agora o editor do site resolveu relembrar o som de ótimas bandas que se apresentaram na Casa 30, local onde rolaram shows históricos da cena underground do interior Paulista. Para saber mais, conversamos com Matinez, para que ele explique este novo projeto.

Canibal Vegetariano: Que parada é essa da coletânea?
German Martinez: Casa 30 foi um projeto cultural que se denominou ‘Casa 30’ por se localizar à Rua José Domingues, 30 – Centro de Bragança Paulista. Era um grupo que se reuniu para mostrar o lado artístico que a cidade tinha abraçando música e artes.

CV: Todas as bandas tocaram na Casa 30?
GM: Em dois anos de atividades foram recebidos inúmeros artistas de todos os cantos do mundo como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Argentina, além de bandas dos estados como Rio Grande do Norte, Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, entre outros... Todas as bandas da coletânea fizeram shows memoráveis. A compilação inclui 26 bandas que tocaram nesse período.

CV: Algumas bandas clássicas, como Leptospirose, ficaram de fora. Haverá segundo volume?
GM: O Leptospirose entrou na coletânea local ‘Bragança Resiste’, que terá o segundo volume. Neste lançamento, a proposta era dar preferência às bandas de fora e no caso o Leptospirose ficou para a primeira coletânea.

CV: A divulgação deste trabalho será somente em download ou haverá prensagem de CD ou vinil?
GM: Haverá uma tiragem pequena em CD que será comercializada em shows do Rarozine por um preço colaborativo para a edição da próxima compilação.

CV: Qual o preço e qual será a próxima compilação? Você pode nos adiantar?
GM: Claro, o preço do CD será R$ 5 e a verba arrecada será para compilação do segundo volume do “Bragança Resiste”.

CV: Valeu mestre, deixo espaço para considerações finais.
GM: Agradeço a divulgação cedida pelo Canibal Vegetariano que sempre nos apoia. E esperamos a presença no show de sábado 17/10 do CHCL e em novembro com o Besta, de Portugal.

Impressões sobre compilação ‘Casa 30’

Dizer que o rock está vivo, e muito vivo, nos dias atuais é como “chover no molhado”. Só reclama quem está totalmente por fora do que rola ou acompanha as notícias apenas nas consideradas “grandes mídias” que mais ditam o que você deve fazer do que te apresentam opções.

Por isso que este lançamento do Raro Zine é algo que merece destaque, afinal, ali estão compiladas 26 canções de bandas que se apresentaram em Bragança Paulista no período de 2 anos. Como disse na entrevista acima, German Martinez selecionou apenas de fora do município e algumas bandas gringas.

As bandas apresentadas nesta compilação são de todos os estilos de rock, do metal até o rock de garagem mais descompromissado. O trabalho feito pelo editor do Raro Zine ficou de muito bom gosto e serve como ótima oportunidade para quem está desatualizado em relação ao que rola neste estilo musical que transbordou o cenário e tornou-se filosofia de vida de muitas pessoas. Nota 10.

Se ficou em saber quais são as bandas que estão neste CD, não falamos intencionalmente, pois você terá que fazer download para descobrir. http://rarozinerecords1.bandcamp.com/album/tributo-casa-30 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Noite dos metais

Fotos: German Martinez
Por German Martinez 

A pedido dos amigos do zine/blog Canibal Vegetariano, fui cobrir o Festival de Inverno em Bragança Paulista, no sábado (18). A ocasião era vertente metal, celebrando quatro bandas representativas no círculo. Em pouco tempo, o local (Ciles do Lavapés), foi tomado pelo público headbanger. O Ciles para quem não conhece abriga praticamente todos os eventos relacionados ao rock na gestão de Luis Henrique Duarte, o Quique Brown, e desta vez não seria diferente para que a plateia comparecesse.

Na abertura vieram os "velhos" conhecidos da nova geração da cidade, o Kollision, após dividir palco com muitas bandas da região e também gringas, foram convocados para esta ocasião. O intuito era tocar canções do seu álbum recém lançado "The stage of death", as composições influenciadas por videogames e etc, mostram um pouco da identidade da banda.

A segunda banda foi o quinteto do Sardonic Impious, o black metal prevalecia nesse momento no Ciles, acompanhados de vários fãs e amigos, o Sardonic entoou satanismo aos presentes. Com uma banda afiadíssima, agradou a todos que admiram o som pesado.

O quarteto carioca do Confronto trouxe a Bragança sua viagem pelo metalcore, hardcore, ou mesmo death metal. Eles são uma banda que faz disso um caldeirão de influências, entre riffs e bateria agressiva, o vocalista Felipe Ribeiro girava o palco atrás de agitar o público que até então, estava atônito, mas depois da metade do show, causou mais empolgação. Chamaram Bragança para o “circle pit” e entusiasmaram os espectadores.

KRISIUN

A chave de ouro era entregue ao Krisiun, o que dizer do Krisiun, nada, seria medíocre da nossa parte declarar algo sobre a insanidade provocada por uma banda que está no mais alto escalão do Death Mundial.

O setlist privilegiou muitas fases do trio gaúcho, o som estava alinhado e ora ensurdecedor para o tremendo peso que eles provocam ao vivo. Escolheram duas músicas do novo álbum para tocar. Talvez "Conquerors of armagedom" tenha feito falta, mas houve death metal para todos os gostos, fazendo qualquer um ficar de queixo caído com a banda. Enfim encerraram com Motorhead "No Class'. Simplesmente uma aula! 

German Martinez é roqueiro e editor do Raro Zine

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Instituto Entrando em Cena premia jovens empreendedores durante Feira de Ideias

Fotos: Amanda Andrade
Três projetos receberão ajuda financeira e técnica para sair do papel

No sábado (4), durante a terceira edição da "Feira de Ideias, o Instituto Entrando em Cena" entregou, mais uma vez, o "Prêmio Entrando em Cena no Mundo" aos projetos desenvolvidos por jovens que participaram de oficinas de empreendedorismo sociocultural. Foram sete projetos inscritos, seis apresentados ao público e três premiados, que receberão ajuda financeira e técnica para sair do papel.

Durante quatro meses, esses jovens participaram das oficinas do Entrando em Cena no Mundo, projeto que tem como objetivo formar agentes multiplicadores capazes de se tornarem protagonistas de ações culturais e/ou sociais transformadoras. Para isso os participantes foram estimulados a identificar seus potenciais através das próprias histórias de vida, identificar e avaliar criticamente as insatisfações sociais e criar projetos capazes de promover transformações nas comunidades em que vivem, além de serem instrumentalizados para desenvolver e gerir tais projetos, buscando alternativas para uma vida plena de cidadania cultural em uma sociedade democrática de fato.

A avaliação foi feita por uma comissão julgadora convidada, formada por 21 pessoas, representantes das áreas social, cultural, educacional, artes cênicas, artes plásticas, arte de rua, literatura, produção cultural, comunicação, arte-educação, direito e meio ambiente. O juri votou nos quesitos “redação dos projetos”, “potencial de transformação”, “criatividade da iniciativa”, “capacidade de realização” e “planejamento financeiro”. O público presente teve a oportunidade votar  no quesito “apresentação”. No total foram 130 votos computados durante a Feira de Ideias.

Confira o resultado final da terceira edição do Prêmio Entrando em Cena no Mundo:

1º Lugar: "Memórias na Rede", de Nahida Almeida Ghattas e Alberto Aleixo Maciel,  propõe a promover a interação entre dois grupos diferentes da sociedade,  jovens de 12 a 18 anos e idosos moradores de um asilo. O fruto desse encontro serão textos que serão publicados em um blog na internet. 

2º Lugar: "DiRaiZ Hip Hop", Elvis da Silva Fonseca e Welton Aparecido Resende Souto, visa realizar oficinas de rap e grafite para 30 adolescentes da escola estadual Marcos Guimarães, de Bragança Paulista, utilizando o hip hop como ferramenta de inclusão sociocultural e empoderamento do jovem.

3º Lugar: "Café no Bullyng", de Gabriel Henrique do Nascimento,  visa discutir, em escolas de rede pública, por meio de intervenções de conscientização, esquetes e debate com especialistas o que é de fato o bullying e quais são suas consequências negativas para quem sofre com isso.

4º Lugar: "Projetando Passado, Revendo Futuro", de César Augusto Ramalho de Souza, visa promover o incentivo ao ensino superior através de uma feira, com objetivo de explanar sobre diversos assuntos voltados ao tema e criar uma plataforma na internet onde as pessoas possam encontrar informações sobre o assunto.

5º Lugar: "Se eu fosse você, seria você", de Ana Carolina dos Santos Franco, visa  proporcionar às pessoas uma maneira de aceitar as diferenças,  ajudando os dois lados do problema do bullyng, quem sofre e quem pratica, por meio de vídeos gravados com vítimas.


6º Lugar: "Das Salas ao Palco", de Júlio César Rocha Santos, tem o intuito de dar a oportunidade para jovens da escolas de ensino médio de terem contato com as artes cênicas por meio de oficinas e apresentações, contribuindo, assim, para a formação de público para esse tipo de espetáculo.  

sábado, 2 de maio de 2015

Galinha Preta e Olho Seco ‘arrebentam’ na abertura do ‘Maio Cultural’

Fotos: Canibal Vegetariano
O 1º de Maio, quando se comemora o ‘Dia do Trabalho’, foi de descanso e festa para muitos trabalhadores, menos para algumas pessoas que trabalharam na abertura do “Maio Cultural” em Bragança Paulista ou que foram ao local para fazer a cobertura do evento, como os casos de nosso camarada Will Edu e deste que escreve estas mal traçadas linhas.
Final de tarde de outono, temperatura amena e nós na estrada prontos para ouvir muito rock. Quando chegamos, a primeira banda escalada para tocar, Lesão Corporal, estava no final de sua apresentação e com isso não podemos tecer qualquer comentário a respeito da apresentação dos garotos.
E em eventos deste tipo sempre encontramos os camaradas de show e estrada. Enquanto os jovens bragantinos da banda “Ranho” se apresentavam, aproveitamos para pôr o papo em dia com German Martinez, do Raro Zine, e Diego do DuoFox, além dos camaradas do Merda e do Leptospirose. Com o som dos garotos ao fundo, notamos que a banda é boa e os guris têm jeito para o lance do “rock pesado”. Rodas e pogos foram vistos durante quase toda apresentação. Essa é uma banda que precisamos “ficar de olho”, pois promete.
Após apresentações de bandas locais, chegou a vez dos brasilienses da Galinha Preta. A banda que atualmente é um quinteto subiu e fez valer a espera de muitos por sua apresentação. Riffs de guitarra, bateria sendo espancada na medida certa e Frango, o vocalista, mostrou ótima performance como “band leader”.
Enquanto estiveram no palco os brasilienses fizeram a alegria de muita gente no Ciles dos Lavapés. Do repertório da banda os caras mandaram quase todos os sons e não faltaram as clássicas como “Padre baloeiro”, “Ninguém nesse mundo é porra nenhuma”, “Roubaram meu rim” e “Música de trabalho”, uma singela homenagem à maioria dos “engravatados” de Brasília que finge que trabalha. Show nota 10 e como tudo que é bom dura pouco, ficamos insatisfeitos, no bom sentido, pois queríamos mais sons da Galinha.
Mesmo com o final do show do quinteto, a quase fria noite de outono ainda prometia mais, afinal, uma das bandas mais clássicas do Brasil e da história do punk se apresentaria pela primeira vez em terras bragantinas, Olho Seco, com seus 35 anos de história.
No palco, o quarteto paulistano liderado por Fabião, como é mais conhecido, matou a sede de punk rock de garotos e pessoas de meia idade que cresceram ao som da banda. Com o público ensandecido, Fabião deu uma aula de carisma e a todo momento abaixava-se para deixar as pessoas participarem do show e cantarem com ele grandes clássicos como “Botas, fuzis, capacetes”, “Nada”, “Sinto”, “Olho de gato”, “Que vergonha” e o som que todos pediam a todo momento: “Isto é Olho Seco”.
Após uma avalanche de clássicos, restou-nos apenas pegar um registro com Frango, vocalista da banda Galinha Preta, que além de entrevista para o programa A Hora do Canibal, doou três CDs para a galera do Canibal Vegetariano. Ao final de tudo, estrada e um longo caminho até Itatiba, que cada dia mais parece uma ilha, pois em nossa cidade não temos eventos como este “Maio Cultural” que teve apenas seu primeiro dia. Até dia 31, Bragança Paulista terá shows, oficinas, workshops, debates, palestras, tudo em busca de fortalecimento de parcerias para que cada vez mais sejam valorizados os coletivos e grupos culturais daquele município.
Ainda sobre o primeiro dia de evento, é importante frisar que em um show como este é a qualidade de som, luzes e estrutura para realização dos shows foram impecáveis. O público compareceu em bom número e o evento foi muito organizado, tudo estava encerrado antes das 22h e não houve atrasos para apresentações. E o mais importante, todos se divertiram e não houve qualquer incidente. Que este festival sirva de exemplo para outros municípios.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Ex-vocalista do Iron Maiden se apresenta no 'Grito Rock Bragança'


No sábado 31 de janeiro, o ex-vocalista do Iron Maiden, Blaze Bayley, se apresentará em Bragança Paulista, na sexta edição que o município recebe do Grito Rock. Na "terra da linguiça", o evento será realizado pelo Edith Cultura em parceria com o coletivo Fora do Eixo. O evento está marcado para 17h no Ciles dos Lavapés com entrada gratuita. Além do ex-Iron Maiden, haverá apresentações das bandas Holder of Souls, Clan of Madness e Nuclear.

Produzido de forma colaborativa desde 2007, o formato permite que a cada edição mais produtores compartilhem experiências e fortaleçam a cadeia produtiva da música local. Nos últimos dois anos (2013 e 2014) o Grito Rock envolveu produtores de mais de 40 países, tendo edições em toda a América Latina, Europa e África. Além disso, mais de 300 cidades brasileiras receberam o Festival.

Bayley é vocalista desde o início da década de 80, do século passado, com a sua banda Wolfsbane, mas é bem mais conhecido como frontman do Iron Maiden nos cinco anos de ausência de Bruce Dickinson. Nos anos 90, Bayley gravou dois álbuns com a banda: "The X Factor" e "Virtual XI". Contestado por muitos fãs, mas com bastante presença, Bayley deixou o Iron Maiden em 1999, quando Dickinson retornou, seguiu carreira solo com bandas próprias (BLAZE, Blaze Bayley Band e diversas parcerias). Após sua fase no Maiden, o cantor lançou seis álbuns de estúdio.

Divulgação

Serviço:Grito Rock Bragança Paulista 2015
31 de janeiro - 17h - Ciles do Lavapés - Grátis
Blaze Bayley
Holder of Souls
Clan of Madness
Nuclear

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Raro Zine apresenta: 'Bragança Resiste'

Arquivo Pessoal
German, uruguauio, mora em Atibaia, fã de rock e está sempre nos principais eventos underground de sua cidade e Bragança Paulista. Ele também é responsável pelo Raro Zine, que diariamente traz novidades sobre a cena independente, com indicação de shows e principalmente entrevistas com bandas de todos os pontos do Brasil. Há alguns dias, ele lançou a coletânea "Bragança Resiste", apenas com bandas que compõem material próprio e são da "terra da linguiça". Para saber mais sobre este lançamento, nós do Canibal Vegetariano trocamos uma ideia com esse camarada de batalha.

Canibal Vegetariano: Como rolou a ideia de fazer uma coletânea com bandas bragantinas?
German: Bom ,a ideia nasceu de não ficar limitado a uma página e sim também poder mostrar a um público maior, o que é feito em Bragança. Isso tomou forma para que pudesse divulgar de modo mais amplo as bandas e que isso alcançasse público de outras localidades que tenham interesse nessas bandas. Hoje com o poder da tecnologia podemos distribuir desse modo,a coletânea "Bragança resiste" remete aos 80, com influências daquelas compilações como o Sub, Ataque Sonoro, Grito Suburbano, tomada as devidas proporções e épocas, no consenso final um registro sonoro de quase uma década de história.

CV: Como foi a escolha de quem entraria nesse disco?
G: A escolha surgiu da admiração e amizade com grande parte das bandas e a presença em shows e carreira de algumas delas, me fez estar mais presente na trajetória delas... Então naturalmente os contatos e convites foram surgindo. Paralelamente as matérias e entrevistas no Rarozine foi baseado em bandas que possuíam material pronto e sem a preocupação de estilos ou algo do tipo, Bragança sempre foi bem alternativa, sendo cada banda com sua identidade sonora sem soar repetitiva.

CV: O que Bragança Paulista representa no cenário musical atual não só do rock como da música independente?
G:Talvez muitos não saibam, mas a cidade é há muitos anos parte do circuito nacional...isso em termos de shows, artes e etc. Grande parte das bandas (uma boa parte) diria já teve sua passagem por aqui. Inúmeras bandas estrangeiras já passaram por aqui, as gerações foram mudando, mas grande parte das pessoas que hoje colabora para esse crescimento musical são as mesmas de anos atrás, que estava com intuito de realmente realizar algo na cidade. Isso também proporcionou muitas voltas destas bandas que já haviam tocado aqui.


CV: Quais os próximos lançamentos do Raro Zine?
G: A princípio a proposta é a sequência com o volume 2, só que agora contando com bandas de Atibaia (onde moro) do cenário metal. Estou finalizando materiais dessas bandas e aguardando algumas para um possível lançamento antes do fim de agosto. Para outubro/novembro uma terceira coletânea agora sem ser regional,contando com bandas que se tornaram amigas do zine e que se prestaram rapidamente a ideia de participar da compilação. Já estamos em andamento com um projeto sobre memórias fotográficas de shows, tanto de Bragança como alguns de Atibaia que contará um pouco da parte visual dessa época, retratado em fotos de alguns profissionais e nós mesmos que estávamos presentes neles (e que vai ter colaboração do próprio Canibal vegetariano) que também poderá ter uma edição virtual, para que todos tenham acesso ao material. E muitas entrevistas que virão, posso adiantar: Cólera, Invasores de Cérebros, Catarro, O inimigo, Periferia S/A e muito mais... algumas entrevistas com bandas que estarão no festival Autorock(Campinas) e estarei cobrindo pela primeira vez como Rarozine, o Cardápio Underground(Bragança Paulista) que logo divulgará sua programação.

CV: Ultimamente muita banda boa tem aparecido em seu zine. Como rola esses contatos?
G: Primeiramente obrigado pelo elogio, fico contente quando as pessoas comentam ou até mesmo divulgam o trabalho; grande porcentagem das bandas que já estiveram no zine são de contatos com os próprios integrantes anteriormente em shows. A partir daí ficou tudo mais viável nas entrevistas e matérias, mas quando não possuo contato, tento me comunicar com a banda, ouvir mais, conhecer mais a banda... a qualidade vem de que atualmente as bandas possuem um compromisso total com a música, por isso tantas bandas boas na ativa...

CV: Que análise você faz das bandas atuais. Muita gente diz que 'o rock morreu', você concorda?
G: "O rock morreu???". Do meu ponto de vista nunca, o que vejo é que há muitos querendo matar ele, mas sinceramente ele está aí para quem quiser apreciar, seja ele instrumental, punk, hardcore, metal, indie, etc.

CV: E temos uma cena em nossa região?
G: Não sei se existe uma cena concreta, unida e que apoie tudo, mas asseguro que na medida do possível as pessoas, as bandas se mobilizam para um contexto final. O público em si é diferenciado e enxergo também tons de insatisfação, de pessoas que somente criticam, mas não ajudam em nada, para um tal fortalecimento da cena, mas as coisas mudaram muito, mas as cidades possuem suas bandas interessantes mesmo com a predominante veia das bandas "covers", cidades como Jundiaí, Campinas, Americana, Sorocaba, Bragança Paulista, Atibaia tem seus nomes relevantes... mas ainda há gente que acredita num propósito da música underground...

CV: German, agradeço pela entrevista e deixo espaço para suas considerações finais.
G: Ao público em si, vejam com bons olhos para música feita no Brasil, o país é um dos maiores celeiros musicais no mundo, basta só procurar... vá em shows, tire fotos, monte uma banda, organize shows, divulgue, essa é a verdadeira proposta de uma cena... um conjunto de pessoas que buscam um só ideal. Quero agradecer todas as bandas que estão na coletânea e principalmente a vocês do Canibal Vegetariano pelo interesse e apoio! Grande abraço.

Impressões sobre 'Bragança Resiste'

Uma coletânea de bandas novas e outras que estão na estrada há algum tempo. O lançamento do Raro Zine traz ao ouvintes ótimas novidades sonoras, pois passa a limpo um pouco do cenário dessa cidade, Bragança Paulista, que há anos é uma das mais ativas no cenário underground e de vanguarda.
Em termos de rock há um pouco de tudo, indie, rock, folk, punk, metal, hardcore, música instrumental. Tem material para todo o gosto e mostra todo ecletismo de uma cidade que respira música, basta ver a quantidade de eventos que são realizados durante o ano. Entre as bandas de destaque desta coletânea temos: Leptospirose, Cheesehead, Framboesas Radioativas, Sonora Scotch e Druques.
Para ouvir ou baixar a coletânea acesse: http://rarozinerecords1.bandcamp.com/releases
Para ler as novidades do Raro Zine: https://m.facebook.com/rarozine

domingo, 10 de agosto de 2014

Festival de Inverno movimenta turismo e promove arte em Bragança Paulista

Canibal Vegetariano
 No dia 18 de julho ocorreu a abertura do 13º Festival de Inverno de Bragança Paulista que este ano terá várias atrações musicais, de todos os estilos, mostras de artes visuais e áudio visual, teatro, dança, programação infantil, debates, reflexões, workshops e serviços. No sábado (19) e domingo (20), a galera do Canibal Vegetariano esteve em terras bragantinas e acompanhou parte do primeiro fim de semana do festival. Durante a visita, Luís Henrique Duarte, o Quique Brown, secretário de Cultura de Bragança, falou sobre os eventos.
“Tudo o que foi planejado foi executado de maneira perfeita nesta primeira etapa. Muita gente compareceu aos eventos, obtivemos grande destaque em vários setores da mídia e isso contribuiu bastante para a presença do público e nosso atendimento foi ‘campeão’, deu tudo certo”, destacou Duarte.
O secretário citou também a importância em investir em arte e cultura. “Cultura é investimento e não gasto. Quanto mais se investe nessa área, mais dinheiro é gerado em outros setores da economia. Quando as pessoas veem para Bragança, elas consomem alimentos, serviços e em outras áreas. E é importante destacar que atualmente é mais fácil criar empregos na área cultural que em indústria, devido ao montante que uma área necessita para operar, enquanto na Cultura o investimento é menor”, afirmou.

DIVULGAÇÃO
Canibal Vegetariano

No segundo dia de festival, vários eventos foram programados para a Praça Central de Bragança. Várias manifestações artísticas ocorreram e também ouve feira de livros, discos, artes e também conscientização ambiental. “Misturamos muita coisa na abertura para divulgar legal o festival e o efeito foi muito positivo”, destacou Duarte.
Duarte disse também que devido a Copa do Mundo, houve atraso no início do festival e muitos que aguardavam temeram pela realização. “A cada nova edição a expectativa aumenta. O festival completa 13 anos, mas há seis que ele realmente cresceu. Com isso, há uma grande espera e expectativa, as pessoas aguardam ansiosamente”, pontuou.
O festival chega a sua 13ª edição e esta é a primeira sob o comando do atual secretário, que afirmou que pretende ampliar o evento. “O trabalho como secretário é muito diferente em comparação ao de vereador. No Legislativo nós fiscalizamos e indicamos, aqui na secretaria fazemos tudo acontecer. E para melhorar ainda mais, pretendo conversar com secretários de outros municípios para saber o que podemos fazer juntos. Isso já foi debatido em Conferência Estadual de Cultura. Essa interação foi muito debatida e penso ser muito importante”, finalizou.

domingo, 3 de agosto de 2014

Jão fala sobre novo álbum dos Ratos de Porão

Canibal Vegetariano
Guitarrista e fundador da banda fala sobre “Século Sinistro”, novo trabalho dos veteranos do hardcore 

A galera do Canibal Vegetariano aproveitou muito o primeiro fim de semana do Festival de Inverno de Bragança Paulista e durante visita ao município vizinho, houve cobertura de vários eventos, dentre eles, o show da banda paulistana Ratos de Porão, que recentemente lançou novo álbum “Século Sinistro”.
Antes de subir ao palco, o guitarrista e fundador da banda, Jão, falou ao jornal sobre este novo trabalho. “Estávamos há muito tempo sem disco de inéditas. Tínhamos algumas músicas prontas, mas ano passado foi que paramos e começamos a compor e trabalhar neste registro. O que atrasou um pouco também foi para conseguirmos um estúdio bacana, onde fosse possível fazer gravação analógica. Quando tudo se encaixou, rolou a gravação”, explicou. “Gostamos do analógico, pois é um som peculiar e o resultado final foi muito positivo”.
Além do som “pesado”, o Ratos sempre é muito comentado por causa das temáticas de suas letras. Jão disse que a banda é como se fosse um jornal e retrata aquilo que ocorre no momento. “A maioria das novas letras vieram dos acontecimentos recentes. Tínhamos algumas bases prontas, sem letras. Mas com tudo que rolou nos últimos meses foi fácil para escrever. E o mais legal de tudo é que este novo disco foi muito bem recebido tanto pelo público quanto crítica. Os fãs elogiaram muito e devido ao tempo que ficamos sem gravar, queríamos muito fazer algo marcante e acredito que conseguimos”, declarou.

 Canibal Vegetariano
TURNÊS

A banda é muito respeitada no Brasil e também em países sul americanos e europeus. Perguntado sobre turnê para o exterior, Jão disse que para este ano ainda não tem nada acertado. “O novo álbum será lançado lá fora ainda, principalmente em vinil. Não temos nada certo ainda, mas creio que ano que vem rolará shows em países como Espanha, Portugal, França e Itália”, comentou. “Já a América do Sul pode ser que role ainda este ano uma passagem pela Bolívia, Chile”.
Além do Ratos, Jão também é vocalista e guitarrista na banda Periferia S/A, que também lançou novo álbum recentemente. “Nosso álbum era para ter sido lançado bem antes, mas saiu quase junto com o do Ratos. Agora estamos em turnê para divulgá-lo, mas a prioridade é o Ratos. Mas quando rola de marcar um show bacana para o Periferia, peço para galera dar uma segurada e assim nós vamos”, encerrou.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Boka diz que internet é aliada na venda de discos

Will Edu
No domingo 20 de julho, a galera do Canibal Vegetariano invadiu Bragança Paulista para acompanhar o terceiro dia do Festival de Inverno e também o show da banda Ratos de Porão. Antes da apresentação da banda, conversamos com o guitarrista Jão e também com o baterista Boka.
Dono da Pecúlio Discos, o batera falou sobre a tecnologia e disse que a internet é uma aliada na venda de discos, para ele, a tecnologia não o atrapalha. “Essa discussão se atrapalha ou não está muito datada, pois quem compra disco, k7 continuará a fazê-lo, isso está muito bem definido”, comentou.
Boka disse também que a Pecúlio cresceu com a popularidade da web. “Minha loja/selo cresceu conforme o acesso à internet em nosso país cresceu. Consigo comercializar pela internet e também nos shows, em alguns lugares muita gente procura discos, em outros não, mas sempre tem público para isso no rolê”, afirmou o batera.
 Ainda sobre a Pecúlio Discos, Boka comentou que o selo tem dois novos lançamentos. “Relancei o Carniceria Tropical, do Ratos de Porão, e vamos lançar o primeiro álbum do Facada. Neste momento temos feito menos lançamentos pois tenho me dedicado mais à loja”, declarou.

RATOS
Canibal Vegetariano

O batera também comentou sobre o novo álbum, “Século Sinistro”, de sua banda, Ratos de Porão. “Acredito que é um disco com todos os elementos que a banda tem. O pessoal gostou muito, temos muitos shows agendados”, disse Boka. Perguntado sobre se a internet ajudou na divulgação do novo álbum ele acredita que sim. “Esse é o fenômeno. No último álbum de material próprio nem Orkut existia, hoje as redes sociais contribuem muito na divulgação”, apontou.
Mesmo com todos os prós da internet, o batera falou também sobre o lado ruim. “O que acho negativo é que gravar um disco dá muito trabalho, é algo grandioso, tem todo um fundamento e atualmente não há muito reconhecimento por parte do público, que tem um milhão de músicas no Ipod, mas nunca viu uma capa, não tem um disco, esse é o outro lado”, encerrou.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Pode haver cobras na cama, mas teve Ratos em Bragança

Canibal Vegetariano
A banda Ratos de Porão foi a responsável pelo encerramento do primeiro fim de semana do 13º Festival de Inverno de Bragança Paulista, que será realizado até meados de agosto. Com o show do novo álbum "Século Sinistro", os paulistanos fizeram a galera agitar em terras bragantinas.
O show estava marcado para 16h mas o portão abriu pouco depois. Antes dos veteranos do hardcore, houve apresentação de duas bandas, mas a galera do Canibal não acompanhou devido a outros trabalhos. O primeiro foi falar com Jão, guitarrista e um dos fundadores do Ratos para saber como é o novo trabalho da banda. Depois, batemos um papo com Boka, batera do RDP e fechamos o ciclo de conversa com o mestre Quique Brown, secretário de Cultura de Bragança Paulista. Essas entrevistas estarão disponíveis em breve neste blog.
Com o papo em dia, restou-nos posicionarmos à frente do palco para fotografar a apresentação da banda e também curtir o sempre bom repertório recheado de clássicos. Entre músicas de "Século Sinistro" e outras de álbuns anteriores, a banda fez bom show e desta vez a impressão que tivemos é que eles estavam mais para o punk/hardcore do que para o crossover/metal.

Canibal Vegetariano

O público vibrou e cantou a maior parte das músicas. Ao final do show os presentes pediram bis, mas a banda não retornou, pois os caras tocaram por mais de um hora de maneira ininterrupta e não deixaram "pedra sobre pedra". Outro ponto positivo desse terceiro dia foram as bancas de discos e camisetas que espalharam-se pelo Ciles dos Lavapés, que fez muito marmanjo se sentir na Disneylândia.

domingo, 4 de maio de 2014

A noite em que Bragança Paulista tremeu

Canibal Vegetariano
A terra da nossa querida Bragança Paulista, conhecida como a terra da linguiça, não sofreu nenhum abalo sísmico mas o chão tremeu por mais de meia hora enquanto a banda Conquest for Death, formada por estadunidenses e um japonês, esteve no palco do Ciles do Lavapés.

Com energia mais do que contagiante, presença de palco insana e músicas com pouco mais de um minuto, a Conquest for Death agitou todos que foram ao local para ouvir o hardcore feito pelo quinteto. Assim que subiram ao palco, os cinco passaram a pular e soltar riffs precisos, rápidos, acompanhados de fortes "pancadas" na bateria.

Canibal Vegetariano

Rapidamente rodas de pogo foram abertas e outra parte do público, a galera do cabelo comprido, ficou em frente ao palco e soltou a cabeleira ao léu. O vocalista Dev não parava um minuto no palco, com pulos e exposição do microfone para galera cantar junto. Em alguns momentos, ele deixava o palco e saia para agitar com a galera e mesmo assim mandava muito bem nos vocais. Dev ainda deixou o palco para subir em uma mureta às margens de um rio para cantar para galera que acompanhava a apresentação da rua.

Enquanto Dev corria para todos os lados, os outros integrantes detonavam seus instrumentos no palco. No final da apresentação, parte do público não resistiu e muitos subiram para compartilhar o momento contagiante com a banda e seus integrantes. Alguns moshs foram vistos em meio à galera. Ao final do show, agradecimentos, compra de discos e afins e os comentários que não poderiam faltar: "que show foda, destruidor, coisa linda", eram as palavras mais ouvidas entre o público.

Canibal Vegetariano

Antes da apresentação da Conquest, houve o show da banda Kollision, banda com muita influência de thrash metal que agitou e esquentou o público antes do show da banda principal. Os moleques mostraram som competente e prometeram que em breve terão disco apenas com músicas próprias. Que esta gravação seja bem vinda, a galera das camisetas pretas agradece.

  

terça-feira, 12 de março de 2013

Nem a chuva para o rock'n'roll


Natália Pellicciaro – SMCT
Nem a chuva que caiu sobre Bragança Paulista entre o final da tarde de sábado (09/03) e a noite, foi capaz de parar o segundo dia de ‘Grito Rock Bragança 2013’. O início do evento estava previsto para 16h, mas a forte chuva que caiu em Itatiba dificultou, e muito, a saída da cidade para curtir rock'n'roll.
                Mas apesar dos pesares, a chuva diminuiu e “cair” na estrada foi inevitável. No meio do caminho quase houve desistência, pois a quantidade de água, raios e trovões chegou a preocupar, mas a vontade de curtir rock falou mais alto, o carro ficou na estrada e depois de muito tempo, estávamos no evento.

Natália Pellicciaro – SMCT
Quando a "equipe" do Canibal Vegetariano chegou, duas bandas havia se apresentado, Remascente e Desvio de Conduta. Devido à chuva, não foi possível acompanhar o som dessas bandas. Houve certa preocupação, pois nosso amigo Matias Picon, o Perro Locon, tocou em uma delas.
                Na chegada a Bragança, tudo tranquilo, chuva amena, perfeito para o rock. Mas bastou os paulistanos do Futuro subirem ao palco para que mais água descesse do céu. Muita chuva, mas havia guarda chuvas no local e muitas pessoas curtiram o bom hardcore feito pelo grupo que tem uma garota no vocal e ela faz a diferença, pois consegue agudos incríveis e deixa o timbre da guitarra semiacústica muito diferente.

Natália Pellicciaro – SMCT
A chuva não desanimou nem o público nem a banda que mandou em pouco mais de meia hora muitas canções e a queda de temperatura em nada prejudicou o pessoal que abria roda em frente ao palco. A diversão foi garantida.
                A quarta banda da noite foi a Prole de Americana, os caras tocarão juntos com Dead Kennedys no próximo mês, na cidade deles. O quarteto americano subiu ao palco e mandou ver uma "enxurrada" de riffs guitarrísticos e com muita cacetada na bateria. Uma apresentação simplesmente sensacional.
                Ao final do show da Prole, a chuva parou. Houve intervalo para troca de equipamentos e ansiedade da galera para apresentação dos estadunidenses do Los Crudos. Enquanto eles não subiam ao palco, deu para por o papo em dia, afinal, muita gente do underground estava presente ao evento. Nomes como: Serginho, batera do Leptospirose, Rogério Japa, baixista do Merda, Juninho, baixista do Ratos de Porão, o músico e artista plástico Matias Picon, o vereador da juventude e um dos organizadores do evento, mestre Quique Brown e uma galera da banda Attack Force de Atibaia.

Natália Pellicciaro – SMCT
                Após o papo, a chuva voltou com tudo assim que os Los Crudos soltaram os primeiros acordes no palco. Enquanto mais a chuva caía, crescia o número de pessoas para conferir uma banda muito foda para tocar hardcore. Em pouco mais de meia hora, apenas isso bastou, eles executaram vários clássicos e o vocalista ainda deixou o palco para se misturar à galera que abria roda em frente ao palco. Som honesto, forte, preciso, porrada. Começar o ano de 2013 vendo um show desses, dá para acreditar que o ano promete. No domingo, houve mais bandas, mas o show dos Crudos merecia ser bem digerido, pois não é todo dia que se assiste grátis, uma aula de rock, uma aula da hardcore. Muchas gracias Los Crudos.

Neither rain to rock'n'roll

Neither rain that fell on Bragança Paulista between late Saturday afternoon (09/03) night and was able to stop the second day of 'Scream 2013 Rock Bragança'. The start of the event was planned for 16h, but the heavy rain that fell in Itatiba difficult, and much, just outside the city to enjoy rock'n'roll.

Natália Pellicciaro – SMCT
But in spite of everything, the rain subsided and "fall" down the road was inevitable. Halfway there was almost giving up, because the amount of water, thunder and lightning came to worry about, but the desire to enjoy rock spoke louder, the car was on the road and after a long time, we were at the event.
When the "team" of Cannibal Vegetarian arrived, two bands had presented Remascente and Misuse of Conduct. Due to rain, it was not possible to follow the sound of those bands. There was some concern because our friend Matias Picon, the Perro Locon, touched one.

Natália Pellicciaro – SMCT
On arrival at Bragança, all quiet, mild rain, perfect for rock. But it was enough Paulistanos Future take the stage for more water to come down from heaven. Lots of rain, but there were umbrellas on site and many people like the good done by the hardcore group that has a girl on vocals and it makes a difference, because it gets incredible highs and leaves the timbre of the guitar semiacústica very different.
The rain did not dampen neither the public nor the band that sent in just over half an hour many songs and temperature drop did not hurt the people who opened wheel in front of the stage. The fun was guaranteed.
The fourth band of the night was the Prole, of the Americana, the guys play along with Dead Kennedys next month in their city. The American quartet took the stage and told to see a "flood" of riffs and very  guitarrísticos cacetada on drums. A simply sensational presentation.

Natália Pellicciaro – SMCT
At the end of the show of Prole, the rain stopped. There was change interval of equipment and anxiety of the crowd for the presentation of the U.S. Los Crudos. As they ascended the stage, gave a talk on the day, after all, many of the underground was present at the event. Names like: Serginho, drummer of Leptospirosis, Rogério Japa, bassist Shit, Juninho, Bilge Rats bassist, musician and artist Matias Picon, Councilman youth and one of the event organizers, master Quique Brown and the gang banda Attack Force Atibaia.
After the chat, the rain returned with everything so the Los Crudos released the first chords on stage. As more rain fell, the growing number of people to give a banda very cool to play hardcore. In just over half an hour, only that was enough, they performed various classical vocalist and still left the stage to mingle with guys wheel that opened in front of the stage. Sound honest, strong, accurate punches. Starting the year 2013 seeing such a show, can you believe that the year promises. On Sunday, there were more bands, but the show of Crudos deserved to be well digested as it is not every day that you watch for free, a lesson in rock, a lesson of hardcore. Muchas gracias Los Crudos.