terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Um cardápio para deixar saudade

Julia durante apresentação dos Replicantes. 
Fotos: German Martinez/Raro Zine
Foi encerrada no domingo (17), no Cile Lavapés, em Bragança Paulista, a 14ª edição do festival Cardápio Underground. E o último dia foi daqueles que irá demorar para sair da memória de quem esteve presente. Infelizmente não conseguimos chegar para o início da maratona rock’n’roll do domingo, mas acompanhamos várias apresentações.

O deslocamento entre Itatiba e Bragança Paulista é rápido, mas tudo depende das condições da estrada, que não é duplicada, e da quantidade de caminhões, que faz com que a velocidade seja menor. Demoramos, mas chegamos, e assim que adentramos o recinto, a banda Aqueles, do Zazá, do Café in Sônia, subia ao palco.

Como o festival teria mais de dez atrações, dois palcos foram montados. Acabava uma apresentação, iniciava outra, parabéns aos organizadores.  E a apresentação do Aqueles foi no melhor estilo hardcore, direito e rápido como estamos acostumados. Como nota, avisamos que não foi possível acompanhar as bandas: Tumbero, Sorry For All, All Fight For All, The Damned Human Flesh, BlankWar.

Motor City Madness
Após a destruição do trio campineiro, foi a vez dos gaúchos do Motor City Madness que encerravam a turnê paulista de mais de dez dias e muitos shows entre a capital e o interior. A Motor é uma banda que gostamos em demasia e esse foi o show mais brutal que acompanhei. Riffs, velocidade, fúria, tudo aquilo que estamos acostumados foi apresentado pelo quarteto dos pampas e músicas de seus três discos.

Nem terminou direito a porradaria da Motor, no palco em frente, estava a I am The Sun, trio sensacional que apresentou seu stoner cheio de peso e riffs geniais. Fizeram um puta show e saíram do palco com o público conquistado.

E a porradaria prosseguiu, pois na sequência vieram os fluminenses do Deaf Kids. Fica complicado rotular o tipo de som que eles fazem, mas é incrível a capacidade sonora e efeitos que eles usam e tudo soa muito bem ao vivo, sem citar a presença de palco, show daqueles que, se o evento fosse pago, teria valido o ingresso.

Muzzarelas
Após essa sequência animalesca, demos aquele tempo para comer, vale frisar que os espetinhos servidos no local estavam deliciosos. Comida, bebida, aquele rolê pelas bancas de discos e camisetas e o papo com os colegas de outras cidades. Em meio a tudo isso, conseguimos apenas ouvir a rápida apresentação da Patife Band, banda que havíamos visto há poucos meses em Campinas.

E por falar em Campinas, a Patife terminou seu show e os campineiros da Muzzarelas mandaram ver seu som, mais do que clássico. Muzzarelas no palco é sempre garantia de boa música e diversão. E foi o que eles promoveram para o sedento público de rock e ainda mandaram ver um som inédito.

Após o show do Muzza seria a vez da galera do metal, a banda Nervosa faria sua apresentação. Como o metal não é muito nossa praia, voltamos ao carrinho de lanche, mais comida, mais bebida e mais papo, afinal, ainda haveria show dos Replicantes.

Deaf Kids
E os gaúchos encerraram a festa com chave de ouro. Ainda não havia visto a banda ao vivo com a vocalista Julia Barth e a apresentação foi simplesmente sensacional. A banda botou na mesa todos seus clássicos, de maneira simples e direta, sem frescuras... fizeram apresentação de banda do porte de “time grande”. Vale destacar que Julia tem ótima performance de palco, canta todas as canções sem perder o fôlego e ainda desceu duas vezes para agitar com o público na roda de pogo. Um show daqueles que fizeram valer o ano.

Após o fechamento das cortinas, restou-nos levantar acampamento e partimos de volta para nossa cidade, com a certeza de que o festival cumpriu seu papel e aproveitamos para parabenizar a todos pela organização, nota 10.

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