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sábado, 13 de maio de 2017

Noite de punk rock para acalentar corações em Jundiaí

A banda Merda mesclou clássicos com músicas do novo
álbum. Fotos: Ivan Gomes
Noite de sexta-feira e o punk rock iria rolar solto no Aldeia Bar em Jundiaí. Mesmo com todas as dificuldades impostas pelo governo golpista há um ano, nós do Canibal Vegetariano não perderíamos essa e fomos conferir as apresentações de Ataque Sonoro, Lomba Raivosa e o do Conjunto de Música Jovem Merda.

Estamos no outono, clima muito agradável, estrada de regular para ruim, pedágio caro, mas fomos até o município vizinho para acompanhar as apresentações. O aquecimento ficou a cargo dos jundiaienses do Ataque Sonoro. A banda foi formada as pressas para substituir uma outra que ficou sem baterista às vésperas da apresentação devido a compromissos profissionais.

Lomba Raivosa em ação
No palco, os jundiaienses fizeram uma rápida apresentação onde rolaram clássicos do punk rock nacional, nada mal para aquecer à noite. Jadi Araújo, vocalista da Perturba, ao melhor estilo Artie Oliveira, foi chamado ao palco para dar uma palhinha. Enquanto os caras se apresentavam, nós do Canibal ouvíamos o Fábio Mozine, do Merda e César Passa Mal e Testa do Lomba Raivosa. Essas entrevistas serão apresentadas na segunda-feira no programa A HORA DO CANIBAL.

Após os jundiaienses, a Lomba Raivosa mostrou toda fúria de seu som e rolou faixas de seus quatro discos, entre elas, do mais recente álbum lançado, que por enquanto pode ser ouvido apenas no formato digital. O power trio mostrou entrosamento espetacular e mesmo com os integrantes que afirmam que a banda é ruim, quem viu o show pode acompanhar o contrário. Banda rápida, precisa e divertida. Show como tem que ser, direto e reto, sem pausas para frescuras.

O encerramento ficou por conta dos capixabas doo Conjunto de Música Jovem Merda. Com o disco “Descarga Adrenérgica” em mãos, os caras iniciam turnê pelo país e após tocarem em seu estado natal, a banda veio para São Paulo e na primeira apresentação do novo álbum em terras paulistas eles mostraram todo peso e fúria do novo disco aliado a canções de outros registros.

Os jundiaienses do Ataque Sonoro
abriram à noite
As músicas do novo disco encaixaram perfeitamente e a banda está inteiraça! Assim como as bandas anteriores, o público agitou e curtiu o encerramento da noite punk. Antes de partir, o Merda ainda tocou dois grandes clássicos que não podem faltar em seus shows: “Maradona” e “Nem todo brasileiro que gosta de futebol, gosta do Neymar”, essa para encerrar a apresentação com chave de ouro.

Ao final, nos restou pagar a conta, passar na barraquinha para adquirir produtos das bandas e voltar para casa com aquele zumbido fantástico nos ouvidos que somente shows do porte que as bandas apresentaram podem ocasionar.

Impressões sobre 'Descarga Adrenérgica'. Novo disco do Merda

Dizer que o power trio formado por Fábio Mozine (guitarra e vocal), Rogério Japa (baixo e vocal) e Alex Vieira (bateria e vocal), lançam bons registros é chover no molhado. Mas, o novo álbum Descarga Adrenérgica vai muito além de ser um bom disco, é o que podemos chamar de puta álbum! 

Bem gravado, bem produzido, arte muito bem feita, mas as músicas estão no mais alto nível. Com críticas sociais, assuntos nonsenses e tiração de sarro com eles mesmos e com o público, o Merda gravou um dos melhores álbuns de sua carreira.

O disco tem 22 canções executadas em pouco mais de 20 minutos. Tem passadas pelo punk e hardcore. Os destaques são muitos, mas deixamos aqui: “Crise dos 40”, “Turbulência”, “Virou coxinha”, “7 a 1”. “Roqueiro reaça” e “Odeio tudo”. Compre o disco, contribua com as bandas independentes e mantenha a chama do rock acesa. O novo álbum do Merda é também uma boa dica de presente para o Dia dos Namorados, para quem tem bom gosto musical.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Comece 2016 com Merda no som!

Começamos 2016 mas precisamos falar sobre 2015, afinal, foi no final do ano que findou-se há pouco que os capixabas do Merda lançaram mais um Split, desta vez com os estadunidenses do F.O.D. (Flag of Democracy), em vinil 7 polegadas. O que recebi é lindo, vem na cor marrom, que faz jus ao nome da banda brasileira.

Sobre o som, a “bolachinha” traz tudo aquilo que estamos acostumados e gostamos de ouvir. O Merda apresenta cinco músicas, todas daquele jeitão, guitarras e bateria rápidas, baixo marcante e muitos vocais de Rogério Japa e algumas das canções com referências à música japonesa.

Apesar do lançamento ter ocorrido somente em 2015, o Merda fez as gravações das canções em 2013 no Costella Stúdio e com trabalhado capitaneado por Chuck Hipolitho. A capa, de acordo com Mozine, guitarra e vocal do Merda, o desenho foi feito por sua mãe, em algum ano da década de 1970, sem qualquer efeito de drogas.

FOD/ O lado do vinil que pertence aos estadunidenses do F.O.D. tem quatro canções e todas remetem muito ao hardcore que era feito nos Estados Unidos no início dos anos 1980, afinal, a Flag é uma banda com mais de 30 anos de carreira. São músicas curtas, diretas e que com certeza anima qualquer tarde entediante ou festinha com amigos. O lançamento do vinil em sete polegadas é uma parceria entre Läjä Records e SRA Records.   

INOCENTES/ Outro disco adquirido no final de 2015 foi o relançamento do clássico “Miséria e Fome”, dos paulistanos do Inocentes também em vinil 7 polegadas, mas o deles na cor cinza. Com fotos e encarte o disco é um belo relançamento.

O lado A do vinil traz somente a música “Apenas conto o que eu vi (o que senti). Fúria punk em poucos acordes, com apenas a guitarra de Clemente e os vocais de uma grande lenda do punk brasileiro Ariel.

O lado B é diferente e tem três canções. A abertura fica a cargo de “Morte nuclear”. Em seguida vem “Aprendi a odiar”, com flerte dos punks com o hardcore e o disco termina com a maravilhosa “Calado”. Em três faixas rápidas, o ouvinte tem ideia do que era o punk feito nas periferias de São Paulo.

GAROTOS PODRES/ Lançamento de destaque do ano passado foi o CD “Saúde e Trabalho”, da banda Garotos Podres. Sem Mao nos vocais, a banda tem à frente Gildo Constantino. Com voz parecida com a do ex-vocalista, Gildo manda muito bem e o novo trabalho está à altura do que os caras faziam. Além de Gildo, outra novidade na banda é o guitarrista St. Denis Piuí.

Os novos integrantes trouxeram ar jovial à banda e isso é sentido logo nos primeiros segundos da música “Impropriedades”, que abre o disco. O vocal de Gildo é marcante e os backings vocals nas faixas seguintes encaixam-se muito bem com o novo frontman.

Todas as faixas são muito boas, bem gravadas, mas sempre há destaques. Neste álbum a faixa de abertura, citada anteriormente, “Peso nos culhões” e “Saúde e trabalho”, que dá nome ao disco, são obrigatórias. A última faixa, que encerra a “bolachinha”, é regravação de “Rock de subúrbio”, mas no meu disco veio com o nome de “Subúrbio operário”. Isso foi irrelevante perante a qualidade do registro. 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Rock nos trilhos do trem

Drákula, apresentação enérgica no lançamento do
novo EP. Fotos: Canibal Vegetariano
O Auto Rock Campinas 2015 chegou ao final na tarde/noite de domingo (23) na Estação Cultura. Em meio à “linha do trem”, uma grande estrutura foi armada para o fechamento de mais uma edição de um dos maiores festivais independentes do Brasil.

A primeira atração do último dia foi a banda F3. Os caras fizeram som no próprio chão, ao lado do palco principal. Esta foi uma grande sacada da organização, pois não houve intervalo entre as bandas, assim que encerrava-se uma apresentação, vinha outra logo em seguida. Os campineiros mandaram bem em sua apresentação e atraiu bom público para acompanhá-los.

Logo em seguida foi a vez da Bad Taste. No “palco principal”, os caras mandaram muito bem seu hardcore e mostrou todas suas músicas próprias que cativaram os presentes. Os caras ainda fizeram algumas homenagens ao Ratos de Porão.

Fim do show da Bad Taste, voltamos atenção para o “não palco”. E a banda Porrada Solicitada foi a bola da vez e com uma mistura de punk com hardcore, fez a galera abrir rodas e ainda muitos fãs cantarem junto com seu vocalista.

Fábio Mozine, vocalista e guitarrista do Merda
De volta ao palco, os caras do Statues on Fire foram os responsáveis pelo agito da galera. Não conseguimos acompanhar esta apresentação devido à necessidade de comer, beber e visitar a feira de vinil e outras barraquinhas que ofereciam diversos produtos. Este foi outro ponto positivo da atração.

Fim do show, fim do rolê e a banda RND se apresentou no solo mas não conseguimos acompanhar devido ao encontro com antigos companheiros de som e precisamos conversar na tentativa de pôr os assuntos em dia. Mas pelo que notamos, a banda fez grande sucesso entre os presentes.

O tempo passou e quem subiu ao palco foram os capixabas do Conjunto de Música Rock Merda, ou simplesmente Merda. Mozine, Japa e Alex assim que liberados mandaram ver no hardcore e levou o público ao êxtase, ainda mais com os clássicos “Maradona”, “Nem todo brasileiro que gosta de futebol gosta do Neymar”, “Efedrina”, duas novas que estão no Split lançado recentemente com Os Estudantes, “A fonte da Coca Cola” e “Vou cagar em cima de você”, que funcionaram muito bem ao vivo.

Mas o ápice da apresentação foi mesmo “Punk crente”, cantada em coro pelo público e muitos que acompanhavam o show, subiam ao palco para dar mosh. Dos shows que já acompanhei do Merda, todos foram bons, mas este no Auto Rock foi melhor que os demais e os caras demonstraram que estavam a fim de se divertirem e divertirem o público.

Bad Taste, foi a segunda banda a se apresentar
Após uma apresentação sensacional do Merda, a vez era do Drákula que se apresentaria no chão. Este seria o primeiro show após o lançamento do Vinil 7’ Death Surf. E os caras simplesmente arrasaram. Acompanhamos o Drákula há anos e nunca havia visto tanta energia concentrada para uma apresentação. Os caras estavam realmente com “fome de rock” e simplesmente detonaram.

Além de novas músicas, versão do Grease, os caras mandaram vários clássicos da banda como “Cidade Assassina”, “Gorila Perez”, “Comando fantasma”, “Medo de psiquiatra”, entre outras belas canções, mas com pegada diferente e mais aceleradas do que o costumeiro. O show mostrou também que Lobisomem na bateria está em forma e o quarteto fez uma apresentação nota 10, com direto a idas para galera e espumas de carnaval.

A noite seria encerrada com Garage Fuzz, mas como precisamos “cair” na estrada, não foi possível acompanhá-los. Mas o público estava muito a fim de vê-los. Infelizmente não conseguimos acompanhar outros shows do Auto Rock, mas pelo seu encerramento, acreditamos que foi uma edição histórica. Que venham os próximos, nós agradecemos! 

domingo, 26 de julho de 2015

Coloque um pouco de Merda em sua vida!

Fotos: Canibal Vegetariano
O power trio insano capixaba, conhecido carinhosamente como Conjunto de Música Rock Merda, lançou recentemente mais um Split em vinil 7 polegadas, desta vez em parceria com os cariocas d’Os Estudantes.

O vinil tem três sons do Merda do lado vermelho e do lado amarelo da força o ouvinte terá cinco petardos do quarteto carioca. Cada banda gravou em um estúdio mas isto não interfere na qualidade das gravações. Bandas com muito de tempo de estrada e com vários discos lançados conhecem o caminho das pedras.

Sobre o Merda, o trio formado por Mozine (vocais e guitarra), Japa (vocais e baixo) e Alex (vocais e bateria), apresenta três “porradas” simples e direta. A faixa de abertura chama-se “A fonte da Coca-Cola”. Nesta letra os caras ironizam a própria banda por alguém aparecer na MTV com uma camiseta e dizem que devido a este fato são mainstream e por isso o uso da fonte.

A segunda faixa “Eu vou cagar em cima de você” tem vocais alternados entre Mozine e Japa e a “tiração” de sarro continua, como sempre ocorre nos sons do trio. A terceira e derradeira música que fecha o lado Merda do disco “Quem nunca?” é um relato de uma noite em que um sujeito sai sem rumo e deixa tudo rolar. O legal desta faixa é o vocal totalmente “rasgado” de Mozine onde o ouvinte para entender o que é cantado precisa ler a capa.

ESTUDANTES

O quarteto carioca, formado por Vitão (vocais), Diogo (bateria), Manfrini (guitarra) e Dony (baixo), gravou cinco faixas e todas no melhor estilo hardcore. Letras e músicas diretas com algumas críticas em meio a algumas letras que beiram ao absurdo. A faixa de abertura é a “Menino peixe I”, que tem refrãos “grudentos” como: “mas ele vai cair, um dia vai sumir”.

A segunda faixa é a continuação de “Menino peixe”, agora com sua segunda parte onde Vitão, vocalista, nos chama para “aplaudir e zombar” o “menino peixe”. E a pancadaria, no mais que bom sentido da palavra segue nas três faixas seguintes, como Luz, onde a banda fala sobre uma possível luz no fim do túnel, que para eles nada mais é do que um trem em direção contrária. O lado amarelo dos cariocas encerra-se com “Olhos azuis” e “Alívio da dor” duas ótimas faixas que também trazem conteúdo crítico, principalmente ao ser humano. 

Além das boas músicas, o que chama atenção neste lançamento das bandas são as capas que não existem. Uma é somente um pano com os nomes e a outra é o que conhecemos como encarte, onde estão as letras e ficha técnica. Mas como Merda e Os Estudantes são geniais, o que vale mesmo é a música, sempre de altíssima qualidade. Compre seu Split e ouça no volume máximo! Se o som estiver alto, é porque você está ficando velho.