segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Rock nos trilhos do trem

Drákula, apresentação enérgica no lançamento do
novo EP. Fotos: Canibal Vegetariano
O Auto Rock Campinas 2015 chegou ao final na tarde/noite de domingo (23) na Estação Cultura. Em meio à “linha do trem”, uma grande estrutura foi armada para o fechamento de mais uma edição de um dos maiores festivais independentes do Brasil.

A primeira atração do último dia foi a banda F3. Os caras fizeram som no próprio chão, ao lado do palco principal. Esta foi uma grande sacada da organização, pois não houve intervalo entre as bandas, assim que encerrava-se uma apresentação, vinha outra logo em seguida. Os campineiros mandaram bem em sua apresentação e atraiu bom público para acompanhá-los.

Logo em seguida foi a vez da Bad Taste. No “palco principal”, os caras mandaram muito bem seu hardcore e mostrou todas suas músicas próprias que cativaram os presentes. Os caras ainda fizeram algumas homenagens ao Ratos de Porão.

Fim do show da Bad Taste, voltamos atenção para o “não palco”. E a banda Porrada Solicitada foi a bola da vez e com uma mistura de punk com hardcore, fez a galera abrir rodas e ainda muitos fãs cantarem junto com seu vocalista.

Fábio Mozine, vocalista e guitarrista do Merda
De volta ao palco, os caras do Statues on Fire foram os responsáveis pelo agito da galera. Não conseguimos acompanhar esta apresentação devido à necessidade de comer, beber e visitar a feira de vinil e outras barraquinhas que ofereciam diversos produtos. Este foi outro ponto positivo da atração.

Fim do show, fim do rolê e a banda RND se apresentou no solo mas não conseguimos acompanhar devido ao encontro com antigos companheiros de som e precisamos conversar na tentativa de pôr os assuntos em dia. Mas pelo que notamos, a banda fez grande sucesso entre os presentes.

O tempo passou e quem subiu ao palco foram os capixabas do Conjunto de Música Rock Merda, ou simplesmente Merda. Mozine, Japa e Alex assim que liberados mandaram ver no hardcore e levou o público ao êxtase, ainda mais com os clássicos “Maradona”, “Nem todo brasileiro que gosta de futebol gosta do Neymar”, “Efedrina”, duas novas que estão no Split lançado recentemente com Os Estudantes, “A fonte da Coca Cola” e “Vou cagar em cima de você”, que funcionaram muito bem ao vivo.

Mas o ápice da apresentação foi mesmo “Punk crente”, cantada em coro pelo público e muitos que acompanhavam o show, subiam ao palco para dar mosh. Dos shows que já acompanhei do Merda, todos foram bons, mas este no Auto Rock foi melhor que os demais e os caras demonstraram que estavam a fim de se divertirem e divertirem o público.

Bad Taste, foi a segunda banda a se apresentar
Após uma apresentação sensacional do Merda, a vez era do Drákula que se apresentaria no chão. Este seria o primeiro show após o lançamento do Vinil 7’ Death Surf. E os caras simplesmente arrasaram. Acompanhamos o Drákula há anos e nunca havia visto tanta energia concentrada para uma apresentação. Os caras estavam realmente com “fome de rock” e simplesmente detonaram.

Além de novas músicas, versão do Grease, os caras mandaram vários clássicos da banda como “Cidade Assassina”, “Gorila Perez”, “Comando fantasma”, “Medo de psiquiatra”, entre outras belas canções, mas com pegada diferente e mais aceleradas do que o costumeiro. O show mostrou também que Lobisomem na bateria está em forma e o quarteto fez uma apresentação nota 10, com direto a idas para galera e espumas de carnaval.

A noite seria encerrada com Garage Fuzz, mas como precisamos “cair” na estrada, não foi possível acompanhá-los. Mas o público estava muito a fim de vê-los. Infelizmente não conseguimos acompanhar outros shows do Auto Rock, mas pelo seu encerramento, acreditamos que foi uma edição histórica. Que venham os próximos, nós agradecemos! 

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