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domingo, 20 de dezembro de 2015

Feliz aniversário Jesus: Biggs e Drákula de presente

Se o aniversário de Jesus é realmente no final do mês não podemos afirmar, nem se ele realmente é o Cristo, isso é questão de fé! Mas que um homem chamado Jesus nasceu há mais de 2 mil anos isso é fato e aproveitamos o momento para parabenizá-lo. Mas a poucos dias do aniversário, quem ganhou presente foram os fãs de rock, com apresentações de Drákula e The Biggs no Quintal do Gordo, em Campinas.

O sábado estava quente, muito quente. O início da festa estava prevista para 18h. Cerca de 40 quilômetros separam a sede do Canibal Vegetariano do quintal. Quando saímos de Itatiba, forte chuva despencava. O caminho foi todo com chuva e quando chegamos ao local do evento, a tormenta persistia.

Conseguimos entrar no quintal após 19h30, com menos chuva. Aos poucos ela diminuiu e o público chegava com guarda chuva ou mesmo de táxi. Quando a chuva virou garoa, a The Biggs estava no palco e passou a soltar os primeiros riffs.

Conheço o som da banda há anos, mas sempre que pretendia vê-los ao vivo algo ocorria e dava errado. Mas no dia 19 de dezembro consegui acompanhar a apresentação. Agressividade, peso, melodias, vocais gritados, um baterista insano, no mais que bom sentido da palavra, e um público que mesmo com toda chuva, estava sedento de rock!

Sem frescuras, sem paradas para gracinhas, a Biggs fez um show simplesmente fantástico no Quintal do Gordo, o power trio mostrou porque muitos falam bem da banda e de seus integrantes. Sacamos que ali o rock corre nas veias de seus integrantes que simplesmente fizeram uma apresentação demolidora!

DRÁKULA

A garoa não deu trégua e assim que a Biggs deixou o palco foi a vez dos donos da casa, os campineiros do Drákula, com estreia do bragantino Serginho atrás dos tambores. Pela primeira vez vi o quarteto sem máscaras. De cara limpa e com estreia do novo batera, os caras colocaram o quintal abaixo.

Um som na sequência do outro, sem pausas, e com mais velocidade do que de costume, talvez devido a presença do “Keith Moon brasileiro”, Serginho, os caras tocaram músicas de todos os seus registros, com os riffs mais rápidos e cortantes, botaram a galera para agitar sob a fina chuva que caía.

Ao final do show, só nos restou agradecer a oportunidade de ver dois shows como Biggs e Drákula apresentaram, estreia de Serginho e os campineiros sem máscara. Sem dúvida o 19 de dezembro de 2015 foi um sábado para entrar para história! Quem viu, viu, quem não... fica para uma próxima!

BAR DO ZÉ

Assim que nos despedimos do quintal em 2015, fomos informados que no Bar do Zé haveria apresentações de outras bandas muito “foderosas”, com Hellbenders e Water Rats. Mesmo com roupas molhadas e os tênis mais encharcados que as ruas campineiras, resolvemos dar uma conferida nas bandas.

De Goiânia, a Hellbenders foi a primeira a subir ao palco e logo nos primeiros acordes fez a galera agitar. O som dos caras mostra uma banda muito boa em disco mas ainda melhor no palco. Riffs certeiros e com melodias que misturaram o garage rock com stoner, os caras fizeram a alegria de muitos devotos do rock.

Os goianos deixaram o palco e em menos de dez minutos os curitibanos do Water Rats subiram ao palco e acabaram com o resto da energia da galera e a sede de rock! A mistura entre punk e garage rock é incendiária e os caras fizeram um show que mostra como a cena rock no Brasil está riquíssima.

Após 4 shows, difícil escolher o melhor, encerramos esta temporada com chave de ouro e a certeza de que podemos ficar tranquilos, pois sob nossos pés, nos porões, garagens ou estúdios caseiros, há muita gente humilde e com qualidade que compõe ótimas músicas e alimentam a máquina rock com muito riff, muita bateria “espancada” que nos proporciona ótimos discos e excelentes shows! 2016, estamos em seu aguardo.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Gritando HC: duas décadas de hardcore

Canibal Vegetariano
Os paulistanos do Gritando HC completam 20 anos de carreira neste ano e devido a importância da data e da banda para o cenário independente nacional, a equipe do Canibal Vegetariano conversou com Lee, vocalista da banda, em uma noite de outono de 2014, antes de uma apresentação da banda em Campinas. Em seu relato, a vocalista falou sobre a trajetória da banda, a perda de Donald e os caminhos que pretendem trilhar.

Balanço dos 20 anos
Agora que deu um estalo, pois vivemos e passamos por muitas etapas. Tivemos duas fases distintas, cerca de dez anos com o Donald e praticamente dez com esta formação atual. O que passou neste tempo colho agora as respostas.

Manifestações
As manifestações despertaram as pessoas, principalmente os mais jovens. E a música punk, hardcore gera protesto. Este período foi fértil, pois a cena teve uma certa quebra com a chegada do emo. Houve novamente a junção do skate com a música, assim como ocorria no final dos anos 80, então em nossa música, esses dois elementos sempre estiveram juntos, mas esse conceito havia sido perdido e houve um resgate, mesmo com a queda musical, o skate continuou forte e se manteve e a junção que houve novamente se encaixou e há cerca de dois anos vejo esse reflexo.

Canibal Vegetariano

Perda do Donald
Falando por mim, quando entramos nessa fase foi foda, o chão se abriu. Além de estarmos juntos desde o início da banda, éramos noivos, começamos a namorar e veio a banda. Houve um peso pessoal muito grande. Em relação a banda, no momento do choque, não sabia o que fazer, pois Donald era muito ativo. Logo em seguida ao que houve, Ritchie, nosso baixista, chegou um dia e disse que Donald pediu para que caso algo ocorresse com ele, não era para banda parar. Ele morreu em 21 de setembro de 2001. Em seguida, houve dois shows em Santos, quase não fui, mas compareci e tive apoio de muitos amigos.
Seguimos até 2003 e a banda cresceu, foi uma época que tivemos produtor pela primeira vez e aprendemos sobre vários assuntos relacionados ao nosso som. Em São Paulo tive alguns problemas e não consegui processar a morte dele mas continuei com o trabalho. Mas a situação chegou a um ponto que o fato me cobrou e depois de alguns shows pelo Nordeste neste mesmo ano, resolvemos dar um tempo. E o curioso é que três anos depois, voltamos a fazer show e foi no Nordeste, onde havíamos parado e onde fechamos a atual formação.
No tempo dado pela banda, fui estudar no IGT e foi algo bem legal, dois meses depois das aulas consegui tocar com o pessoal do Dead Kennedys, que é uma puta influência. Depois do retorno da banda, lançamos o álbum 'Fase Adulta', em 2011, que é o registro com um hardcore mais pesado, pois foi uma época de revolta. Agora para este ano pretendemos gravar um novo disco, vamos preparar uma demo profissional. Também pretendemos gravar um documentário, para que sirva de incentivo à galera, pois toda banda precisa de referência e podemos dizer que hoje somos. É legal o saudosismo de ouvir bandas antigas, mas o passado já foi. Tem galera que para de ir no rolê, para no tempo e não conhece mais as pessoas, é isso que queremos estimular, que as pessoas saiam.

Canibal Vegetariano
FUTURO
Quero continuar a fazer meu som, fazer parcerias e batalhar pela cena que é bacana e independente, com muita coisa boa rolando. Vamos continuar com o som, produzir discos. Precisamos de uma aposta sincera mesmo com um mercado ruim. Digo isso pois tudo é muito caro em nosso país, transporte, custo para manter a banda. E além disso, em São Paulo, temos as turmas muito divididas, precisamos de um lance mais conjunto, como ocorre em outras regiões, o lance dividido não dá muita visibilidade.

MULHERES
Sempre houve algumas mulheres no rolê, mas tá melhorando, apesar de ainda ter uma participação mínima. Onde falta mulher é no lance de produção de shows, temos muitos homens nesta área, cerca de 90%. As mulheres trabalham em produção de banda, mas de shows, é muito raro. No estilo hardcore também são poucas, além de mim dá para contar nos dedos, é muito pouco. Elas estão em bandas mais calmas.

Canibal Vegetariano

MUDANÇAS
Em relação a shows considerados grandes e convites para festivais melhorou muito. Mas o mercado independente precisa de espaço para show, festivais, principalmente para apresentações menores, que o mercado ainda é ruim. Para termos força, precisamos de festivais com bandas conhecidas para levar público, mas pelo que tenho visto, acredito que teremos melhorias no futuro.

MENSAGEM
Aos leitores e também aos novos leitores do zine e de outros zines, afirmo que isto é um material funcional e essencial desde sempre, pois é a mídia que está lá. Espero que esse movimento continue e valorizem a informação e quem ainda não conhece, entre em contato, procure saber como funciona, faça parte disso e aposte nas ideias.

domingo, 22 de junho de 2014

Peso, distorção e melodias em noite de muito rock

Canibal Vegetariano
 Guitarras suingadas, com peso, distorção e riffs cortantes marcaram a última noite de outono durante apresentação das bandas Doctor Mars, de Indaiatuba, e Topsyturvy, Mogi das Cruzes, no Bar do Zé, em Campinas.
Era a última noite de outono mas o vento costumeiro das noites de inverno deixou a noite convidativa para que a equipe do Canibal Vegetariano fosse até Campinas para curtir muito rock'n'roll, fazer contatos e claro, fotografar e escrever sobre uma das bandas mais incríveis do underground nacional, a Topsyturvy.
Em nossa chegada, fomos bem recebidos com o som de Fugazi que exalava das caixas de som, a noite seria especial, pois toda a discotecagem seria somente com esta banda incrível, do genial Ian MacKaey. Enquanto ouvíamos a seleção de muito gosto, aproveitamos para por o papo em dia e até fazer alguns acertos para próxima edição do Fanzine Canibal Vegetariano.

Canibal Vegetariano

Depois de tudo que rola antes de um show fomos para pista e a primeira a se apresentar foi Doctor Mars. Power trio insano de Indaiatuba que fez o bom público presente agitar, dançar pela pista do BDZ. Com guitarra distorcida, mas com peso e suingue não muito comum, a banda mostrou orignilidade no som que deixou os presentes felizes. A banda fez uma apresentação impecável e rápida, foi um verdadeiro "arrasa quarteirão".
A apresentação da galera de Indaiatuba deixaria qualquer banda preocupada em se apresentar depois, mas a Topsyturvy é uma das bandas mais interessantes e competentes do cenário independente nacional. Quando os caras subiram ao palco mostraram todo o poder de sua música e em segundos conquistou o público. Foi uma apresentação rápida, mas muito técnica e a banda está cada vez mais introsada. Eles fizeram o final perfeito de uma noite perfeita. Após as apresentações, só nos restou comer o lanche da madrugada e "cair" na estrada, com a certeza de que o rock tem um vindouro futuro.

domingo, 27 de abril de 2014

O hardcore que aquece a alma

Canibal Vegetariano
  Após pouco mais de um mês que teve início o outono brasileiro 2014, pela primeira vez no Estado de São Paulo tivemos uma noite agradável desta estação. Com um clima para lá de convidativo para um rolê noturno, a equipe do Canibal Vegetariano deslocou-se até Campinas, mais especificamente para o Bar do Zé, onde rolaria a apresentação da banda paulistana Gritando HC, que há 20 anos está no mercado independente.
Com um pacote de zines impressos em baixo dos braços fomos alimentar e aquecer nossas almas com o bom hardcore produzido pela banda. Devido a um erro de comunicação, chegamos mais cedo do que o costumeiro e o que nos restou foi organizar uma disputa de bilhar. Enquanto o jogo rolava, aproveitamos para alimentar o esqueleto também, afinal, como dizia minha avó: "saco vazio não para em pé". O bom de ir a um bar como este, é que o rango tem trilha sonora com muito punk e hardcore que vibrava nas caixas de som.

Canibal Vegetariano

Devidamente alimentados, antes da apresentação, nós conversamos com a vocalista da banda, Lee, que muito gentilmente concedeu uma entrevista muito sincera sobre a banda e todo este tempo que estão na estrada, em breve o papo estará disponível aos leitores. Podemos adiantar que a conversa foi franca e durou um tempo considerável, afinal, a banda tem duas décadas de discos, shows e outros rolês.


Com a conversa em dia, Lee foi para o palco, pois estava na hora da banda mostrar o que é hardcore. Com muita competência e experiência, a banda fez a galera agitar e rapidamente as rodas de "pogo" foram abertas. No palco, os músicos apresentaram um entrosamento fantástico e as "cavalgadas" de baixo de Ritchie casou bem com a batera de Tony, que não economizou pancadas em seu kit.

Canibal Vegetariano

Em relação ao set list, a banda apresentou vários clássicos de duas décadas de carreira e o coro do público ecoou forte pela madrugada. Antes de apresentar as duas últimas músicas, Lee agradeceu a todos os presentes e também a galera do Canibal Vegetariano. E a noite foi encerrada com "Dinheiro sujo" e o classicaço "Velho punk". Com a alma devidamente aquecida, só nos restou voltar para casa pois o esqueleto sentiu um pouco o vento da madrugada.



  

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Uma noite de muito rock’n’roll

Canibal Vegetariano

Nem o forte calor feito em excesso nas últimas semanas ou a falta de chuva fazem a equipe do Canibal Vegetariano ficar parada quando tem rock’n’roll de boa qualidade para rolar na região. E a noite de sábado, 8 de fevereiro prometia. Dois shows programados em duas cidades, Bragança Paulista e Campinas.
Como os eventos seriam realizados em horários distintos, conseguimos ir para as duas cidades. Nossa primeira parada foi em Bragança, onde na Casa das Mangueiras, rolaria a apresentação em comemoração de um ano da banda formada apenas por garotas, Framboesas Radioativas.
Por incrível que pareça desta vez chegamos antes do início do show w conseguimos nos alimentar e ingerir bebidas, devido ao calor, para tentar amenizar os efeitos do clima extravagante que tem rolado ultimamente.

Canibal Vegetariano

Após algum tempo de espera o power trio feminino ocupou o palco do local e passaram a tocar bom rock’n’roll. As gurias mostraram que, mesmo sendo bem jovens e apenas um ano com banda, quem conhece rock e tem vontade faz a “parada” acontecer. Com bons riffs e uma mistura de pop, rock e punk, elas fizeram uma apresentação simples e direta como tem que ser o rock, sem frescuras!!! O show, além da comemoração, foi realizado para angariar fundos para gravação do primeiro álbum do trio.

CAMPINAS

 Canibal Vegetariano
 Assim que a apresentação das Framboesas terminou nos encaminhamos para Campinas, onde acompanharíamos o show de uma das bandas mais interessantes do cenário independente nacional, Macaco Bong.
Ao chegarmos no tradicional Bar do Zé foi inevitável tomar uma gelada devido ao imenso calor que fazia, mesmo sendo quase meia noite. Depois de nos hidratarmos e fazer uma leve alimentação, fomos para a pista, para se posicionar para fotos.
Canibal Vegetariano
A apresentação começou como era esperada e o rock’n’roll foi a  tônica do início da madrugada. Com um som muito peculiar, os matogrossenses mostraram como se faz rock instrumental. Com som alto, bateria precisa, baixo marcantes e a guitarra com estilo que lembra o psicodélico, o show dos caras mostrou que a banda chegou onde está por muito mérito, pois não é todo dia que se vê músicos com tanta técnica que fazem rock de primeira qualidade, com alma!
Depois de uma apresentação que nos deixou com sorriso de orelha a orelha, só nos restou quitar a conta e voltar para casa com bela brisa da madrugada que ajudou a relaxar e nos preparar para próxima semana, pois o rock’n’roll não para.

sábado, 31 de agosto de 2013

Rock em homenagem à cerveja: conheça a ‘Circus Boy’

Arquivo Pessoal 
Formada a partir de uma brincadeira entre amigos, A Circus Boy, nome em homenagem a uma marca de cerveja, antes um quarteto, atualmente trio, está junto desde 2008 e há ‘batalham’ na cena independente. Atualmente a banda é formada pelo Alexandre Cruz [bateria], Paulo Button [baixo] e Pedro Mendes [vocais e guitarra]. Para saber mais da história da banda, o Canibal Vegetariano conversou com Pedro Mendes, vocalista e guitarrista.

Canibal Vegetariano: No show de vocês, o vocalista estava com camiseta do Ramones e batera do Nirvana. Achei o som muito mais trabalhado do que dessas bandas. O que vocês ouvem em casa?
Pedro Mendes: Vixi! Acho que vai muito de épocas porque ouvimos muitas bandas. Então em algumas épocas estamos ouvindo mais bandas do que as outras, mas isso sempre muda. Juro, não sei como responder essa pergunta, se eu responder vou deixar de citar 20 bandas por cada membro!

CV: Quais as principais influências?
PM: Acho muito difícil citar todas nossas influências ainda mais quando abrimos para cada membro. Mas tentando fazer o resumo mais resumido possível e mesmo assim deixando de citar MUITA coisa, Ale: Motorhead, Button: punk/ harcore, Red Hot e Rage Against. Eu: muito blues e o hard rock clássico dos anos 70.

CV: Como é o processo de composição, letra e música, de vocês?
PM: É algo muito natural. Sempre que temos alguma ideia de melodia ou algum riff, nos reunimos para desenvolvê-la. Assim como as letras, às vezes alguém aparece com uma pronta em outros momentos escrevemos juntos.

CV: Quando será lançado o primeiro EP ou CD da banda?
PM: Lançamos o primeiro EP em maio deste ano, foi o ‘The Mudd, The Blood And The Beer’. Em agosto fomos até o estúdio para gravarmos o nosso 2º EP que a princípio se chama ‘Metachimera’, se não mudarmos de ideia até o lançamento.

Arquivo Pessoal 
CV: O som de vocês tem o que muitos chamam de "peso". Quais são os locais que vocês mais se apresentam? Já foram barrados em algum lugar por causa da sonoridade?

PM: Sem dúvida o local onde mais nos apresentamos foi o Bar do Zé em Campinas. Ainda não tivemos nenhum problema por causa da sonoridade, a única coisa que acontece geralmente é pedirem para nós abaixarmos um pouco o som no palco, porém quase nunca é viável.

CV: Que visão vocês têm sobre a cena independente atual?
PM: Sobre a cena atual de Campinas estamos cada vez mais contentes. Por muitos anos a cena independente ficou parada ou fechada à pouquíssimas bandas que não era do nosso gosto. De alguns anos para cá, algumas bandas conseguiram movimentar a cena cultural e estamos começando a colher os pequenos frutos desse trabalho. Ainda há muito caminho a ser percorrido, pois ainda existem poucas produtoras independentes, poucas casas que abrem suas portas para as bandas independentes e também espaço zero nas rádios.

CV: Quais os próximos passos da Circus Boy?
PM: Entraremos em estúdio para gravarmos o 2º EP. Pretendemos gravar o 3º até o fim desse ano ainda para lançarmos uma compilação de todos no ano seguinte. Estamos estudando a possibilidade de lançar algum clipe também, mas não é nosso foco principal. O que queremos sem dúvida, além de compor e gravar, é conseguir o maior número de shows possíveis para conseguirmos divulgar cada vez mais nosso trabalho.

Arquivo Pessoal
CV: Deixo espaço para declarações finais e merchandising. Grato pela entrevista, abraço!
PM: Gostaríamos de agradecer MUITO ao espaço dado pela equipe do Canibal Vegetariano e parabenizá-los pelo trabalho. Voltando a pergunta que nos foi feita anteriormente, isso é uma das coisas que faltam para levantar a cena da cidade, um blog, uma revista, ou qualquer tipo de meio de comunicação que ajude a divulgar o trabalho das bandas autorais. Mais uma vez, parabéns pela iniciativa!
Para todo mundo que quiser ouvir e/ou baixar o nosso EP é só entrar na nossa fanpage do Facebook pois temos todo o material disponível, inclusive links para o Youtube com vídeos de shows e entrevistas, abraços!


domingo, 11 de agosto de 2013

'Corazones Muertos' e rock vivo

Canibal Vegetariano
A terceira noite do Auto Rock 2013, festival de cultura independente realizado em vários pontos de Campinas, por dez dias, foi uma daquelas inesquecíveis, devido as bandas Aqueles [Campinas] e Corazones Muertos [Argentina].
O sábado começou muito quente, mas durante a noite, um forte vento soprou no interior de São Paulo e o clima deixou a noite de inverno ainda mais convidativa para o rock'n'roll. Independente de clima, a galera do Canibal Vegetariano estaria presente e com vento frio, ainda mais. 
Depois de um ano, os campineiros da Aqueles subiram novamente ao palco. Parece que o tempo nem passou e que os integrantes, por motivos profissionais, ficaram longe. Apesar de no final, eles comentarem que erraram muito, quem estava na pista aproveitou cada nota, cada música.

Canibal Vegetariano
Toda apresentação é uma festa rock'n'roll pois a banda não se prende a rótulos, eles fazem rock, punk, hardcore e se divertem no palco e divertem quem acompanha. Além de tudo isso, sempre tem os amigos que sobem ao palco para cantar junto, um que deu duas "palhinhas" com os caras foi o vocalista da banda Don Ramon, Artie Oliveira.

Canibal Vegetariano
             
 Público feliz e aquecido, os argentinos/brazucas da Corazones Muertos subiram mais tranquilos, mas com responsabilidade de não deixar a festa acabar. E foi isso que fizeram, os caras ganharam rapidamente a empatia do público e com bons riffs e rock com várias influências, principalmente anos 60 e garage rock, os caras mandaram muito bem.
Canibal Vegetariano
Em cerca de uma hora, os caras não deram tempo para o público pensar em deixar de curtir, uma música seguida da outra, deixou a galera em estado de êxtase e com sorriso no rosto, afinal, não é todo dia que vemos uma banda tão competente com apresentação tão sincera e rock'n'roll. Os caras mostraram que o Muertos só está no nome da banda, pois no palco, estão mais vivos que nunca e façamos votos para que assim continuem.


                

terça-feira, 21 de maio de 2013

Autoramas detona em Campinas


 Canibal Vegetariano 
Sexta-feira, para muitos dia de sair para curtir, mas para nós do Canibal Vegetariano, além da curtição, fomos para fazer algumas fotos e registrar a apresentação de uma das bandas mais importantes do cenário rock independente do Brasil, o Autoramas, que há mais de uma década faz rock, sem frescuras, músicas diretas e com guitarra limpa e baixo distorcido.
                Só para variar um pouco, a trupe do Canibal saiu atrasada devido aos compromissos profissionais. Mas, mesmo com atraso, deu para papear com conhecidos, trocar ideia sobre a cena independente e também jogar bilhar, enquanto que nas caixas de som do Bar do Zé o rock rolava solto, preparando a galera, que compareceu em bom número, para acompanhar a apresentação da banda.

Canibal Vegetariano 
                Depois do papo, da jogatina, chegou a hora do show. Posicionamento próximo ao palco para conferir de perto todos os detalhes. Já havia visto uma apresentação deles na Virada Cultural em 2010, mas nunca havia ficado tão próximo. E o show foi tudo aquilo que se esperava. Gabriel Thomaz com todas suas coreografias, guitarra limpa e acompanhado pela galera em meio às canções. Flavia Couri, além da beleza, executa muito bem suas performances, com seu baixo distorcido e manda bem nos backing vocals e carisma. E na batera Bacalhau, com pegada precisa e em várias oportunidades levantava de seu kit para participar da coreografia.

Canibal Vegetariano 
                Em mais de uma hora a banda apresentou canções do último lançamento "Música Crocante" e também clássicos de seus outros discos, como "Fale mal de mim", "Carinha triste", "Você sabe", "Caty chorus". Foi um show de rock na medida certa, músicas tocadas com vontade e precisas, o público cantou, dançou, comemorou. Mais rock que isto, impossível. Espero, muito em breve, ver outra apresentação, pois o rock do Autoramas é honesto!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Um arrasa quarteirão!


                No dia 27 de abril, a galera de um homem só (mas com amigos) do Canibal Vegetariano, foi até o Bar do Zé para ouvir o som de duas bandas que estavam programadas para aquela noite. Malni, Rio de Janeiro e Topsyturvy, de Mogi das Cruzes, em evento organizado pelo Café In Sônia, do camarada Zazá.
                Logo na chegada, a parada para dar uma "clalibrada" no corpo, pois são quase 40 quilômetros que separam o Canibal de Campinas, e uma pausa para um bilhar e um papo furado com os amigos. Como tudo na vida passa rápido, logo estava na hora da primeira banda se apresentar.
                Formada por músicos que integraram as bandas Noção de Nada e Zander, o power trio Malni foi a primeira a tomar seu espaço no palco do BDZ. Com riffs curtos e rápidos e com uma pegada entre o punk e o pop, os cariocas apresentaram várias canções de seu reportório e fez o público presente agitar. A banda também mostrou versatilidade durante sua apresentação, onde os dois músicos de frente trocaram seus instrumentos. Em pouco mais de meia hora, a banda ganhou a galera que acompanhava a apresentação.
                Mas, a banda incumbida de fechar à noite, Topsyturvy, formada por Alexandre Lima (guitarra e voz), Gustavo Rodrigues (bateria) e Athos (baixo), apresentaram músicas com diversas influências da cena rock'n'roll.
                Em show com menos de uma hora, os caras apresentaram várias canções de seus registros lançados até o momento. Um ponto marcante da banda é que seus músicos executam notas e formatos musicais complexos, mas que aos olhos e ouvidos parece algo tão simples de ser feito.


                Com uma guitarra “suja” e precisa, um baixo que “gritava” linhas mais do precisas e nada lineares, além de um baterista que prima pela pancada sem deixar a técnica e, principalmente, a emoção de lado, a banda fez uma apresentação “arrasa quarteirão”. Quem não conhecia a banda ficou encantado com o que viu no palco, pois ali transpirava-se rock da melhor qualidade e mostra para muitos desacreditados, que o rock vai muito bem, obrigado.
                De queixos caídos e com muito zumbido nos ouvidos, saímos satisfeitos do BDZ, pois não é todo dia que você tem o privilégio de acompanhar a apresentação de duas bandas que apresentam propostas diferentes de rock, mas com tanta qualidade e entrega no palco. Aqui fica um pedido especial dessa pessoa que escreve essas mal traçadas linhas, por favor, Zazá, traga a Topsyturvy novamente.
                Para saber sobre a Malni, acompanhe entrevista que eles concederam ao Café: http://cafeinsonia.com/2013/04/23/malni-em-campinas-entrevistamos-marcelo-cunha/
                Aqui, entrevista com o jovem de bom gosto futebolístico, Alexandre Lima, guitarra e vocal da Topsyturvy, que no sábado se apresentou com uma bela camiseta do Santos Futebol Clube: http://cafeinsonia.com/2013/04/26/topysturvy-sabado-2704-em-campinas-entrevistamos-alexandre-lima/

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Rock'n'roll em estado puro


Canibal Vegetariano
 Uma noite de primavera, com "cara" de outono. Foi com esse clima que a galera do Canibal Vegetariano marcou presença, no último dia 17, no Bar do Zé, em Campinas, para mais uma noite de rock'n'roll, que prometia, afinal, no "cardápio", havia Silverados do Uruguai e Leptospirose, da nossa querida Bragança Paulista.
A galera sedenta por rock chegou com certa antecedência e conseguiu pegar a passagem de som e também fazer aquele duelo de bilhar, além de ouvir boas músicas que rolaram na discotecagem, entre as bandas, 13º Floor Elevators.
Com o clima totalmente rock'n'roll, chegou a hora dos shows. A primeira banda a subir ao palco foi a uruguaia Silverados. Cinco caras, formação mais do que clássica no rock'n'roll. Dois guitarristas, um baixista, um baterista insano e um vocal que lembrou bastante Bon Scott, visualmente.

Canibal Vegetariano
E no palco os caras despejaram tudo aquilo que estamos acostumados, mas sempre que recebemos queremos mais. Riffs de guitarra, bateria rápida, vocais rasgados. Mas havia um diferencial, no palco havia uma banda uruguaia e como sempre, houve rock o tempo todo, executado com raça e paixão. A festa estava tão boa que em certo momento, um dos guitarristas sentiu que o clima “esquentou”, tirou suas calças e tocou apenas de cueca e camiseta. Além de suas músicas, a banda ainda mandou "whole lotta rosie", do AC/DC e "do you remember rock'n'roll radio", dos Ramones.
Casa cheia, público ganho e a noite ainda teria a apresentação dos bragantinos do Leptospirose. Esse show seria o primeiro que veria após Quique Brown, guitarrista e vocalista, ser eleito vereador em Bragança.
E o show foi aquilo que todos esperavam. Rock pauleira no "talo". Serginho, como sempre, "destruindo" tudo atrás dos tambores, como se o mundo fosse acabar logo após o show. Velhote no baixo melhora a cada dia e os riffs ficam ainda mais destacados e pesados. Com uma cozinha dessas, Quique fica livre para os vocais e a guitarra.

Canibal Vegetariano
E em menos de uma hora, a banda mandou muitos de seus hits, dos três discos e do EP Lecker. A banda ainda executou a vinheta de campanha de Brown e teve participações de Artie Oliveira e Feio. Com a fome de rock saciada, o lance foi procurar uma lanchonete 24 horas, comer, beber, falar mais algumas bobagens e voltar para casa, satisfeito.