O sábado estava quente, muito quente. O início da festa
estava prevista para 18h. Cerca de 40 quilômetros separam a sede do Canibal
Vegetariano do quintal. Quando saímos de Itatiba, forte chuva despencava. O
caminho foi todo com chuva e quando chegamos ao local do evento, a tormenta
persistia.
Conseguimos entrar no quintal após 19h30, com menos chuva.
Aos poucos ela diminuiu e o público chegava com guarda chuva ou mesmo de táxi.
Quando a chuva virou garoa, a The Biggs estava no palco e passou a soltar os
primeiros riffs.
Conheço o som da banda há anos, mas sempre que pretendia
vê-los ao vivo algo ocorria e dava errado. Mas no dia 19 de dezembro consegui
acompanhar a apresentação. Agressividade, peso, melodias, vocais gritados, um baterista
insano, no mais que bom sentido da palavra, e um público que mesmo com toda
chuva, estava sedento de rock!
Sem frescuras, sem paradas para gracinhas, a Biggs fez um
show simplesmente fantástico no Quintal do Gordo, o power trio mostrou porque
muitos falam bem da banda e de seus integrantes. Sacamos que ali o rock corre
nas veias de seus integrantes que simplesmente fizeram uma apresentação
demolidora!
A garoa não deu trégua e assim que a Biggs deixou o palco
foi a vez dos donos da casa, os campineiros do Drákula, com estreia do
bragantino Serginho atrás dos tambores. Pela primeira vez vi o quarteto sem
máscaras. De cara limpa e com estreia do novo batera, os caras colocaram o
quintal abaixo.
Um som na sequência do outro, sem pausas, e com mais
velocidade do que de costume, talvez devido a presença do “Keith Moon
brasileiro”, Serginho, os caras tocaram músicas de todos os seus registros, com
os riffs mais rápidos e cortantes, botaram a galera para agitar sob a fina
chuva que caía.
BAR DO ZÉ
Assim que nos despedimos do quintal em 2015, fomos
informados que no Bar do Zé haveria apresentações de outras bandas muito “foderosas”,
com Hellbenders e Water Rats. Mesmo com roupas molhadas e os tênis mais
encharcados que as ruas campineiras, resolvemos dar uma conferida nas bandas.
De Goiânia, a Hellbenders foi a primeira a subir ao palco e
logo nos primeiros acordes fez a galera agitar. O som dos caras mostra uma
banda muito boa em disco mas ainda melhor no palco. Riffs certeiros e com
melodias que misturaram o garage rock com stoner, os caras fizeram a alegria de
muitos devotos do rock.
Após 4 shows, difícil escolher o melhor, encerramos esta
temporada com chave de ouro e a certeza de que podemos ficar tranquilos, pois
sob nossos pés, nos porões, garagens ou estúdios caseiros, há muita gente
humilde e com qualidade que compõe ótimas músicas e alimentam a máquina rock
com muito riff, muita bateria “espancada” que nos proporciona ótimos discos e
excelentes shows! 2016, estamos em seu aguardo.
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