Julia durante apresentação dos Replicantes. Fotos: German Martinez/Raro Zine |
Foi encerrada no domingo (17), no Cile Lavapés, em Bragança
Paulista, a 14ª edição do festival Cardápio Underground. E o último dia foi
daqueles que irá demorar para sair da memória de quem esteve presente.
Infelizmente não conseguimos chegar para o início da maratona rock’n’roll do
domingo, mas acompanhamos várias apresentações.
O deslocamento entre Itatiba e Bragança Paulista é rápido,
mas tudo depende das condições da estrada, que não é duplicada, e da quantidade
de caminhões, que faz com que a velocidade seja menor. Demoramos, mas chegamos,
e assim que adentramos o recinto, a banda Aqueles, do Zazá, do Café in Sônia,
subia ao palco.
Como o festival teria mais de dez atrações, dois palcos foram
montados. Acabava uma apresentação, iniciava outra, parabéns aos organizadores.
E a apresentação do Aqueles foi no
melhor estilo hardcore, direito e rápido como estamos acostumados. Como nota,
avisamos que não foi possível acompanhar as bandas: Tumbero, Sorry For All, All
Fight For All, The Damned Human Flesh, BlankWar.
Motor City Madness |
Após a destruição do trio campineiro, foi a vez dos gaúchos
do Motor City Madness que encerravam a turnê paulista de mais de dez dias e
muitos shows entre a capital e o interior. A Motor é uma banda que gostamos em
demasia e esse foi o show mais brutal que acompanhei. Riffs, velocidade, fúria,
tudo aquilo que estamos acostumados foi apresentado pelo quarteto dos pampas e músicas
de seus três discos.
Nem terminou direito a porradaria da Motor, no palco em frente,
estava a I am The Sun, trio sensacional que apresentou seu stoner cheio de peso
e riffs geniais. Fizeram um puta show e saíram do palco com o público
conquistado.
E a porradaria prosseguiu, pois na sequência vieram os
fluminenses do Deaf Kids. Fica complicado rotular o tipo de som que eles fazem,
mas é incrível a capacidade sonora e efeitos que eles usam e tudo soa muito bem
ao vivo, sem citar a presença de palco, show daqueles que, se o evento fosse
pago, teria valido o ingresso.
Muzzarelas |
Após essa sequência animalesca, demos aquele tempo para
comer, vale frisar que os espetinhos servidos no local estavam deliciosos.
Comida, bebida, aquele rolê pelas bancas de discos e camisetas e o papo com os
colegas de outras cidades. Em meio a tudo isso, conseguimos apenas ouvir a
rápida apresentação da Patife Band, banda que havíamos visto há poucos meses em
Campinas.
E por falar em Campinas, a Patife terminou seu show e os
campineiros da Muzzarelas mandaram ver seu som, mais do que clássico. Muzzarelas
no palco é sempre garantia de boa música e diversão. E foi o que eles
promoveram para o sedento público de rock e ainda mandaram ver um som inédito.
Após o show do Muzza seria a vez da galera do metal, a banda
Nervosa faria sua apresentação. Como o metal não é muito nossa praia, voltamos
ao carrinho de lanche, mais comida, mais bebida e mais papo, afinal, ainda
haveria show dos Replicantes.
Deaf Kids |
E os gaúchos encerraram a festa com chave de ouro. Ainda não
havia visto a banda ao vivo com a vocalista Julia Barth e a apresentação foi
simplesmente sensacional. A banda botou na mesa todos seus clássicos, de
maneira simples e direta, sem frescuras... fizeram apresentação de banda do
porte de “time grande”. Vale destacar que Julia tem ótima performance de palco,
canta todas as canções sem perder o fôlego e ainda desceu duas vezes para
agitar com o público na roda de pogo. Um show daqueles que fizeram valer o ano.
Após o fechamento das cortinas, restou-nos levantar
acampamento e partimos de volta para nossa cidade, com a certeza de que o festival
cumpriu seu papel e aproveitamos para parabenizar a todos pela organização,
nota 10.