Fotos: Canibal Vegetariano
Canibal Vegetariano: Cara, como rolou o processo de gravação
do álbum “Rytmus alucynantis” e como está a divulgação deste trabalho?
Foca: Estamos no início da turnê, fizemos alguns shows de
aquecimento em janeiro antes do lançamento do disco. Em fevereiro, no final do
mês, lançamos o álbum e agora estamos em uma turnê pelo Sudeste. Além destes
shows teremos mais 50 datas e vamos para o Norte, Centro Oeste e Europa. Somos
uma banda de rock instrumental mas brinco que somos mais rock do que
instrumental devido aos elementos que misturamos em nosso som e pelo lado
festivo de nossa música.
CV: Como vocês veem a cena do interior paulista?
F: Hoje deve ser a região de mais fácil circulação durante a
semana. Quando viajamos para cá tocamos todos os dias, segunda, terça quarta...
tem grandes cidades próximas e isso facilita o trabalho e acredito que
atualmente é um dos circuitos mais legais para tocar.
CV: Fale um pouco sobre a turnê que farão pela Europa.
F: Será nossa segunda viagem, em maio do ano passado fizemos
15 shows e este ano triplicou. Desta vez
faremos em duas etapas. Entre maio e junho vamos tocar em vários países mais
dois shows, em Liverpool e Barcelona, são os que mais destacam-se. As datas
estão bem legais e recebemos convites aleatórios para as apresentações. Na
segunda parte, em setembro, faremos Alemanha, França, Suíça e Áustria. Para
esta parte da turnê o convite partiu de nosso selo de Berlim.
CV: Há algum tempo percebemos que as bandas instrumentais
estão em alta no país e vocês são uma prova. Como encara isso?
F: A vantagem de ser instrumental fora é que não teremos a
barreira da língua. Quem canta em português às vezes não consegue espaço fora e
quem toca aqui e canta em inglês às vezes não tem tanto espaço. Mas ser
instrumental também pode ser limitado. Mas fazemos rock e nos últimos anos o
Brasil apresentou inúmeras bandas instrumentais que não saíram do jazz do
erudito e isso contribui com a popularização do som.
Pense em um disco que te faça rir, chorar, dançar, agitar e
até mesmo filosofar. Agora, pense que você faz tudo isso sem ouvir uma palavra?
Conseguiu? Se não, é porque ainda não ouviu a pérola que a banda potiguar
Camarones Orquestra Guitarrística lançou em fevereiro deste ano, denominado
““Rytmus alucynantis”.
Com 11 faixas, o quarteto dá uma aula de rock’n’roll em
pouco mais de meia hora de música que vai desde um rock direto e cru até mesmo
a ska com leves pitadas de eletrônica tiradas de um teclado muito doido
utilizado por Foca, que também é um dos guitarristas da banda. No novo álbum,
os músicos mostram bom entrosamento assim como ocorre nos shows e a pegada em
estúdio é muito boa e faz com que eles consigam reproduzi-la muito bem ao vivo.
Dentre as canções, “Silêncio, barulho a vista”, “Apocalypso”, “Rytmus
alucynantis” e “Down the ball” estão entre os destaques.
Assim como todo álbum de banda independente, na atualidade a
qualidade sonora não deve em nada para bandas que sejam de gravadoras. A arte
também é espetacular mas o mais importante de tudo são as canções e elas são
simplesmente sensacionais. Se você ainda não tem, o que está a fazer que não
adquiriu?
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