Divulgação
Atualmente são poucas as bandas que a pessoa ao ouvir o som não consegue rotular. E a Topsyturvy, de Mogi das Cruzes, é um exemplo. Power trio insano, com músicos com "M" maiúsculo, formado por Alexandre Lima (guitarra e vocais), Gustavo "Gummer" Rocdrigues e Athos Araujo (baixo), os caras fazem um som que deixa qualquer um alucinado, no mais que bom sentido da palavra. Nós do Canibal vimos a banda ao vivo duas vezes e em 20 de junho os veremos novamente. Antes de se apresentarem em Campinas, os caras falaram sobre o trabalho.
Canibal Vegetariano: Assim como a sonoridade de vocês, o nome também é diferente. Como ele surgiu?
Topsyturvy: Muitas ideias foram cogitadas no início, Topsyturvy pode ser traduzido como todo ao contrário ou de pernas pro ar, julgamos que o nome reflete bem a sonoridade da banda e acabamos nos acostumando.
CV: Quais as influências da banda?
T: Viemos de escolas do rock diferentes, e gostamos muito de música brasileira, por isso julgo que é mais fácil falar de ritmos que nos influenciaram (e influenciam) do que propriamente de bandas ou artistas. Desde a inegável influência do metal, passando pelo hardcore e o punk, mesclando com jazz, um toque de experimentalismo da mpb, um toque de frevo, de maxixe e de samba. No final das contas juntamos tudo numa panela e temperamos (risos). Tentamos fazer o nosso som.
CV: Como rola o trabalho de composição: tanto de letra quanto de melodia?
T: Acho que podemos definir nossa composição como uma grande jam. Claro que às vezes vamos com algo mais "pronto" para o estúdio, mas é quando os três estão juntos que a coisa vai tomando forma e vai sendo lapidada. Deste jeito, geralmente o som sai primeiro, de riffs e pequenos trechos, oriundos às vezes de "bolhas" de improviso. Depois corta daqui, corta de lá, gruda uma parte na outra, inverte, volta....vai encaixando a melodia, a letra, e a música vai surgindo. Isso faz com que elas continuem num processo de "mutação" mesmo após gravadas, tomando um norte diferente de acordo com o tempo que as tocamos ou com o humor do dia, sendo que ao vivo sempre surge algo de uma maneira diferente. isso é muito importante para nós, pois mantém a música viva e não engessada.
CV: Muitas pessoas do meio musical gostam de rótulos. Como vocês veem isso e como rotulariam o som de vocês?
T: Tentamos, como uma brincadeira, nos auto-rotular de Rock-abrasileirado frenético, até tem sentido com relação ao som , mas não da pra falar de um estilo assim tão específico. No "frigir dos ovos", somos uma banda de rock.
CV: Qual foi o local mais interessante que tocaram e qual o pior?
T: Difícil falar de um lugar apenas (até porque e ainda bem que temos conseguido mostrar o nosso trabalho em uma boa quantidade de lugares). Sempre fomos muito bem recebidos em Minas Gerais (inicialmente graças aos camaradas do Curved) o que faz com que toda volta a este estado das noites estreladas seja ótima. Gostamos (é claro) de festivais, mas nos sentimos muito bem na zona leste de São Paulo (vide "Formigueiro" que é um ótimo bar). Afinal de contas gostamos de tocar, de mostrar nosso trabalho, de nos divertir no palco (ou no canto do boteco) e acho que os piores lugares que tocamos foi quando não estavamos bem para tocar.
CV: Quem é o público da Topsyturvy?
T: Além dos nossos familiares? (risos)... Acho que é tão variado quanto a mistura de som que nos propusemos a fazer. Neste aspecto é interessante ver pessoas que não são tão simpáticas ao rock, escutando "Topsy". Público é uma ideia estranha e acho que estamos começando a agradar a alguns bons amigos.
CV: Como é a cena em Mogi das Cruzes?
T: Em geral estamos "na cena" há dez anos cara, e Mogi ainda nos surpreende. Notamos que muitas bandas acabaram e se reformularam em novas estruturas ao longo deste tempo. Nós somos o resultado disso e sazonalmente a "cena" se fortifica, o que parece estar intrínsecamente atrelado aos bares e casas que abram espaço para o som alternativo. Em resumo, mais espaço gera mais bandas. Atualmente vemos uma cena mais calma, mais branda, mas é cíclico, daqui a pouco nos surpreendemos novamente.
CV: Quais os planos para o restante do ano?
T: Estamos mixando, então no segundo semestre estaremos com o cd em mãos. Esta sendo um doloroso parto, mas estamos felizes com o que esta saindo. Para divulgação pretendemos lançar uns dois vídeos, camisetas, canecas (risos) e tentar salvar algum áudio ao vivo digno de divulgação. Fora isso, trabalho , trabalho e trabalho, divulgar o cd, ligar para todo mundo acertando apresentações e caindo na estrada.
CV: Agradeço pela entrevista e deixo espaço às considerações finais.
T: Nós é que agradecemos o espaço e o carinho que o Canibal tem conosco, lançando o "play" mandamos um para vocês verem se gostam. Valeu.
Atualmente são poucas as bandas que a pessoa ao ouvir o som não consegue rotular. E a Topsyturvy, de Mogi das Cruzes, é um exemplo. Power trio insano, com músicos com "M" maiúsculo, formado por Alexandre Lima (guitarra e vocais), Gustavo "Gummer" Rocdrigues e Athos Araujo (baixo), os caras fazem um som que deixa qualquer um alucinado, no mais que bom sentido da palavra. Nós do Canibal vimos a banda ao vivo duas vezes e em 20 de junho os veremos novamente. Antes de se apresentarem em Campinas, os caras falaram sobre o trabalho.
Canibal Vegetariano: Assim como a sonoridade de vocês, o nome também é diferente. Como ele surgiu?
Topsyturvy: Muitas ideias foram cogitadas no início, Topsyturvy pode ser traduzido como todo ao contrário ou de pernas pro ar, julgamos que o nome reflete bem a sonoridade da banda e acabamos nos acostumando.
CV: Quais as influências da banda?
T: Viemos de escolas do rock diferentes, e gostamos muito de música brasileira, por isso julgo que é mais fácil falar de ritmos que nos influenciaram (e influenciam) do que propriamente de bandas ou artistas. Desde a inegável influência do metal, passando pelo hardcore e o punk, mesclando com jazz, um toque de experimentalismo da mpb, um toque de frevo, de maxixe e de samba. No final das contas juntamos tudo numa panela e temperamos (risos). Tentamos fazer o nosso som.
CV: Como rola o trabalho de composição: tanto de letra quanto de melodia?
T: Acho que podemos definir nossa composição como uma grande jam. Claro que às vezes vamos com algo mais "pronto" para o estúdio, mas é quando os três estão juntos que a coisa vai tomando forma e vai sendo lapidada. Deste jeito, geralmente o som sai primeiro, de riffs e pequenos trechos, oriundos às vezes de "bolhas" de improviso. Depois corta daqui, corta de lá, gruda uma parte na outra, inverte, volta....vai encaixando a melodia, a letra, e a música vai surgindo. Isso faz com que elas continuem num processo de "mutação" mesmo após gravadas, tomando um norte diferente de acordo com o tempo que as tocamos ou com o humor do dia, sendo que ao vivo sempre surge algo de uma maneira diferente. isso é muito importante para nós, pois mantém a música viva e não engessada.
CV: Muitas pessoas do meio musical gostam de rótulos. Como vocês veem isso e como rotulariam o som de vocês?
T: Tentamos, como uma brincadeira, nos auto-rotular de Rock-abrasileirado frenético, até tem sentido com relação ao som , mas não da pra falar de um estilo assim tão específico. No "frigir dos ovos", somos uma banda de rock.
CV: Qual foi o local mais interessante que tocaram e qual o pior?
T: Difícil falar de um lugar apenas (até porque e ainda bem que temos conseguido mostrar o nosso trabalho em uma boa quantidade de lugares). Sempre fomos muito bem recebidos em Minas Gerais (inicialmente graças aos camaradas do Curved) o que faz com que toda volta a este estado das noites estreladas seja ótima. Gostamos (é claro) de festivais, mas nos sentimos muito bem na zona leste de São Paulo (vide "Formigueiro" que é um ótimo bar). Afinal de contas gostamos de tocar, de mostrar nosso trabalho, de nos divertir no palco (ou no canto do boteco) e acho que os piores lugares que tocamos foi quando não estavamos bem para tocar.
CV: Quem é o público da Topsyturvy?
T: Além dos nossos familiares? (risos)... Acho que é tão variado quanto a mistura de som que nos propusemos a fazer. Neste aspecto é interessante ver pessoas que não são tão simpáticas ao rock, escutando "Topsy". Público é uma ideia estranha e acho que estamos começando a agradar a alguns bons amigos.
CV: Como é a cena em Mogi das Cruzes?
T: Em geral estamos "na cena" há dez anos cara, e Mogi ainda nos surpreende. Notamos que muitas bandas acabaram e se reformularam em novas estruturas ao longo deste tempo. Nós somos o resultado disso e sazonalmente a "cena" se fortifica, o que parece estar intrínsecamente atrelado aos bares e casas que abram espaço para o som alternativo. Em resumo, mais espaço gera mais bandas. Atualmente vemos uma cena mais calma, mais branda, mas é cíclico, daqui a pouco nos surpreendemos novamente.
Divulgação
CV: Quais os planos para o restante do ano?
T: Estamos mixando, então no segundo semestre estaremos com o cd em mãos. Esta sendo um doloroso parto, mas estamos felizes com o que esta saindo. Para divulgação pretendemos lançar uns dois vídeos, camisetas, canecas (risos) e tentar salvar algum áudio ao vivo digno de divulgação. Fora isso, trabalho , trabalho e trabalho, divulgar o cd, ligar para todo mundo acertando apresentações e caindo na estrada.
CV: Agradeço pela entrevista e deixo espaço às considerações finais.
T: Nós é que agradecemos o espaço e o carinho que o Canibal tem conosco, lançando o "play" mandamos um para vocês verem se gostam. Valeu.