A banda paulistana Infecção Raivosa lançará em breve seu novo álbum intitulado “Sem fraqueza, sem piedade”. Duas músicas deste novo trabalho foram liberadas na internet. E o que se ouve nessas duas canções são ótimos aperitivos do que será esse novo disco.
O som da banda continua com uma pegada incrível entre hardcore e metal. Em algumas partes, a banda lembra os melhores momentos do Pantera. Na faixa "olhe para você", a introdução tem uma guitarra "nervosa" prestes a arrebentar os tímpanos do ouvinte. Além dos riffs cavalgados, ficou muito bom o trabalho de bateria, em que o batera André Barone faz um equiílibrio muito bacana entre pedal simples e double. E como sempre nas letras da Infecção, o ódio, sentimento tão presente nos humanos, mas que alguns insistem em esconder, vem a tona nas letras, como sempre, muito críticas.
A segunda faixa liberada é "reze por nós" que destila uma crtíica muito consciente sobre o futuro da hunanidade e dos políticos corruptos espalhados pelo mundo afora, principalmente em nosso país. E os instrumentos, baixo, guitarra, bateria e vocal, casam perfeitamente neste música que mostra toda a angústia, raiva e ódio que as pessoas sentem em seu âmago, com riffs que querem ser expurgados com extrema urgência. Se o novo trabalho seguir esta linha, o novo álbum do Infecção tem tudo para ser um dos grandes discos de 2012.
Para saber mais sobre a banda, o leitor pode conferir a entrevista que o baterista André Barone concedeu em 2010, ao zine/blog Canibal Vegetariano. Para ler acesse: http://canibalvegetariano77.blogspot.com.br/2010/03/infeccao-raivosa-peso-e-furia-sem.html
O duo canadense/ucraniano, Ummagama, formado em 2003, fez uma estreia
musical nada convencional. Em um momento em que muitas bandas têm dificuldades
em lançar um registro, a banda é formada pelo casal Alexander Kretov
(composição, instrumentos, arranjo, gravação, vocais) e Shauna McLarnon (vocal, composição, letras),
lançou dois discos ao mesmo tempo.
Um deles leva apenas o nome do duo e neste álbum, o ouvinte tem que
esquecer o óbvio. O duo
canadense/ucraniano faz um som daqueles que é impossível você ouvir e
rotulá-lo. Do indie rock a uma mistura de outros estilos que não tem como
explicar, o ouvinte precisa ter a mente aberta para novas sonoridades, você tem
que simplesmente ouvir e sentir a música.
Para onde o som pode te levar? Para qualquer lugar, sem definição de
tempo e estilo. Do som mais simples ao complexo, passando por sons eletrônicos
e violões, do inusitado ao flerte com o pop, folk e punk, devido a liberdade de
criação.
Em uma época em que a maior parte das bandas investe em visual e clichês
musicais, a Ummagma prefere seguir seu sentido e compor a música conforme ela
pede, sem necessidade de ficar preocupada em agradar alguém, pois a música tem
que ser composta de maneira natural e não em cálculos matemáticos, como
discursos politicos.
Ouvir o registro da Ummagma é uma viagem, mas uma viagem que nos faz
acreditar que um mundo mais livre e democrático é possível e que ainda existem
pessoas procupadas em criar boas canções.
Antigravity/ Assim como o disco que leva o nome da banda, o álbum Antigravity tem
vários estilos musicais reunidos de forma simples e com forte apelo
emocional.Os arranjos são de primeira e a mistura de instrumentos acústicos com
sons de sintetizadores, o som mais primal com o que de melhor a tecnologia pode
proporcionar, dá uma característica muito pessoal ao disco.
Mas a msitura não tira o tom intimista do álbum e nem a capacidade que a
dupla tem em, além da mistura, fazer novas experiências sonoras. Um dos
destaques deste disco é a faixa 3, intitulada "Back to You", que
lembra alguma coisa de Sonic Youth, principalmente com a versão que os
estadunidenses fizeram para Superstar, do duo The Carpenters.
Em um período que o medo de ousar parece tomar conta de muitos músicos,
a dupla passa longe e seus lançamentos tem muito poder para alcançar público em
todo mundo, pois as canções são atemporais. Se você gosta de sons mais
tranquilos e ousados, não perca tempo e corra atrás destes lançamentos.
The
Canadian/Ukrainian duo Ummagma, formed in 2003, has effectively pulled off what
can be truly considered an unconventional debut musical. At a time when many
bands are facing difficulties when it comes to releasing a record, this band is
formed by a couple – Alexander Kretov (who handles composition,
instrumentation, arrangement, recording and vocals) and Shauna McLarnon (whose
sphere is vocals, composition, lyrics) – who have, together as Ummagma,
released two debut albums at the same time.
One
of these LPs is the self-titled “Ummagma” and this album, the listener will
find himself moving beyond what is plainly recognizable. The particular soundscapes
created by this Canadian/ Ukrainian duo makes it virtually impossible to stick
a single label or category on it. With music ranging from indie rock to a wide mixture
of other styles that cannot be explained in words, the listener should ideally
keep an open mind to the new sounds presented here; you only need to listen and
feel the music.
Just
where does this sound take you? It can be practically anywhere without limiting
its road in terms of time or style. This band manages to make their music sound
simple within what is actually complex by tastefully using electronic sounds
and acoustic guitars and engaging in an extraordinary flirtation with pop, folk
and punk genres, which is made possible by clearly exercising their creative
freedom.
At
a time when most bands tend to invest themselves in visual and musical clichés,
the Ummagma duo prefers to pursue its real meaning by composing music that is
well received, without getting worked up about it or worried about pleasing
anyone, namely because their music apparently has to be composed in a natural
way and not according to mathematical calculations, or even surrounding
political dialogue.
While
listening to Ummagma’s debut albums does take the listener on a journey, this
happens to be one journey that makes us believe that it is possible to achieve a
more free and democratic world and that there are still people out there who
continue to be engaged in making great music.
The
album “Antigravity”, just as the self-titled album “Ummagma”, bears a certain
style that distinguishes this band. Antigravity blends various musical styles
together with a simply form and evoking strong emotions. The arrangements represent,
in the first place, a mixture of blended acoustic instruments with synthesized
sounds, sounding more primal with some of the best that technology can deliver,
giving this album a very personalized aspect.
However,
the mixture doesn’t at all diminish the intimate tone of this album, nor does
the fact that they issued two albums; it’s fair to say that it is this mixture
itself that now offers us some new sound experiences. One of the highlights of
this album is track 3, titled "Back to You" – a song somewhat
reminiscent of Sonic Youth, especially when it comes to the version that these
American icons’ rendition of the Carpenters’ song “Superstar”.
In
a period where fear seems to be the main instinctive concern for many
musicians, this duo seems to stay far from such territory and these releases certainly
have sufficient power to reach audiences around the world, because these songs
are timeless. If you like sounds that are somewhat subtle yet bold, you really
shouldn’t lose any time – just go ahead and get yourself a copy of these two
debut releases.
Below
you can find the link for you to check out one of the band’s video clips:
In addition to video, the reader can get more information about the band through the links:
Quem esteve no Bar
do Celso, em Itatiba, no último dia 11, pode conferir mais do que simples shows
de bandas de rock e sim um intercâmbio cultural entre músicos e público de
várias regiões do Estado de São Paulo, pois três bandas estavam escaladas para
se apresentarem, Espasmos do Braço Mecânico (São Bernardo do Campo), Gatilho
(Itatiba) e Bad Cookies (Guarujá).
A galera do rock
esteve presente desde o início da tarde. O movimento aumentou com o passar do
tempo e pouco depois das 17h a Espasmos do Braço Mecânico, que divulga seu
segundo disco, "Negative Vibrations", deu seus primeiros acordes.
Entre canções do primeiro registro e do disco atual, com carisma e muito rock
influenciado por bandas dos anos 70 e 90, do século passado, a galera do ABC
fez a galera agitar e até pogar em determinadas músicas. Em sua segunda
passagem pela cidade, a Espasmos fez um grande show e deixou portas abertas
para voltar em uma próxima oportunidade.
Canibal Vegetariano
Com o público
aquecido, a banda itatibense Gatilho entrou para mandar seu hardcore. Com
várias músicas conhecidas de sua primeira demo, boa parte do público cantou
junto com a banda e agitou ao máximo, embalado por riffs marcantes e bateria
precisa. Mesmo em um sábado de inverno, a temperatura estava alta e a galera
querendo mais rock e com a certeza de que havia visto a melhor apresentação do
quarteto.
Canibal Vegetariano
Depois de duas
apresentações, foi a vez da Bad Cookies, banda que veio direto do Guarujá. Com
uma mistura de punk rock e rock alternativo, os caras apresentaram várias
canções de seus discos já lançados. E o pique das apresentações anteriores se
manteve e todos que acompanharam a maratona rock'n'roll agitaram ao som
original da galera do litoral. Com o público ganho, a banda fez a apresentação
mais longa e o sucesso se reverteu em vendas de seu merchandising.
Canibal Vegetariano
Ao final dos shows,
a galera saiu saciada após várias horas de muito rock independente. O público
presente mostrou que Itatiba tem potencial para que mais bandas, de todos os
estilos e locais, possam se apresentar na cidade. O que precisa para que isso vire
realidade são mais espaços, como o Celso, que apostem em bandas que compõem seu
próprio material.
A Espasmos do Braço Mecânico é uma banda formada há três anos em São Bernardo do Campo. Desde o início, seus integrantes optaram por compor suas próprias canções para expor o ponto de vista de cada músico sobre o cotidiano. Em uma mistura com letras críticas e instrumentos em fúria, eles lançaram dois álbuns e segundo o vocalista e baixista da banda, Alexandre Fukuda, este é o trabalho que mostra a verdadeira face da Espasmos. Para saber mais sobre o trabalho dos caras, demos uma passada geral na história deste power que faz um rock'n'roll totalmente novo, mas com certa nostalgia.
Canibal Vegetariano: Por que Espasmos do Braço Mecânico? De onde vem o nome?
Fukuda: O nome é uma crítica ao trabalho repetitivo, mecânico, que todos temos
que fazer todos os dias de nossas vidas para sustentar os padrões que vivemos.
CV: Desde quando vocês estão juntos? Houve alguma mudança
na formação? Quem são os integrantes atuais e qual seus respectivos
instrumentos?
F: O EBM existe desde 2009, sempre com os mesmos bêbados na formação.
Rodrigo Previato na batera, Rafael Ramos na guita e Alexandre Fukuda no baixo.
A gente se conhece há muito tempo, antes de ter banda, da época da escola. Isso
ajuda, porque não tem frescura, se tem alguém insatisfeito com alguma coisa, o
assunto já se resolve na hora.
CV: Quais são as influências da banda?
F: Curtimos muitas bandas, não rola uma influência específica direta. Mas
tem muito do Rock setentista e dos anos noventa.
CV: Por que vocês optaram por cantar em português?
F: Português porque estamos no Brasil. É difícil escrever algo em português
sem soar esquisito ou cafona, mas tentamos mesmo assim. Escrevemos sobre o
que nos oprime, reclamamos para caralho. Parecemos um bando de velhos ranzinzas (risos).
CV: Como foi o processo de composição do novo disco de
vocês, "Negative Vibrations"? Por que o título é em inglês?
F: O Negative Vibrations começou a ser criado logo depois que lançamos a
demo. Já tinhamos algumas músicas e fomos criando outras nos ensaios. Sempre
fazemos os arranjos assim, sacamos um riff lá na hora e sai tudo meio como uma
jam, no improviso. Isso vai sendo lapidado até conseguirmos um corpo. Depois
encaixamos as letras e fazemos as melhorias que achamos necessário. Quando
vimos, tinhamos material suficiente pra gravar um disco cheio. Ficamos ensaiando
as mesmas 11 músicas quase 6 meses, até não aguentar mais e entramos em estúdio
pra gravar, já afiados.
Gravamos com um amigo nosso de Mogi das Cruzes/SP. O André Marques, gente
finíssima, profissional, dedicado. Ele é do tipo que gosta muito do que faz e
sabe tirar um som do equipo que tem.
O nome do disco “Negative Vibrations” veio do conjunto da obra. Analisamos as faixas e percebemos que as nossas letras tinham um teor
negativista recorrente e resolvemos fazer uma ironia com o lance do Reggae
“Positive Vibrations”. Na verdade é uma piada com a gente mesmo.
CV: O que mudou do primeiro disco, Volume 1, para este novo
trabalho?
F: Mudou bastante, a demo Vol.1 gravamos quando a banda tinha 5 meses
de existência. Tudo bem rápido e sem pensar muito, fizemos as músicas e
gravamos. Já o Negative Vibrations, teve toda uma preocupação com timbres,
tempos e arranjos. Curtimos muito mais o resultado do Negative Vibrations,
achamos que nos representa muito melhor. É mais fiel a como soamos de verdade.
CV: Como está sendo feita a divulgação e a aceitação do
novo álbum?
F: Lançamos o disco em Agosto de 2011 e tivemos muitas respostas positivas.
Agora depois de quase um ano lançamos o primeiro clipe, escolhemos a música
“social” pra estrear. Mas fazemos tudo no esquema “faça você mesmo” como
podemos e quando podemos. Ninguém tem grana para ficar bancando a gente.
Até com o disco, fizemos a arte, imprimimos a capa, cortamos, embalamos e assim
por diante.
CV: As pessoas quando ouvem a banda, sentem uma certa
nostalgia dos anos 90. Como vocês lidam com isso?
F: Gostamos muito dos anos 90. Era uma época em que as bandas estavam
resgatando o lance do Rock sem viadagem, bem quando o pop tava dominando. E
acho que estamos precisando de um pouco disso. Hoje em dia é muito glamour e
pouco Rock.
CV: Vocês são de São Bernardo do Campo. Como é a cena
atual? Existem vários pontos para shows de bandas independentes? E nas cidades
próximas?
F: Em São Bernardo e no Grande ABC existem algumas bandas bem bacanas, mas
muito pouco espaço.
CV: Muitas bandas atuais, unem-se a coletivos. Vocês
também fazem parte de algum coletivo? Qual a importância desses grupos?
F: Atualmente somos colaboradores na CenaAndreense, que é um grupo de
bandas independentes em Santo André. Os coletivos são importantes, mas acontece
que o público está ficando cada vez mais segregado, separado em pequenos grupos
e perdendo força. Os eventos dos coletivos acontecem nos mesmos dias, dividindo
as pessoas. O ideal seria uma união maior, mas sabemos como isso funciona na
prática.
CV: E quais os planos da banda para este final de ano?
F: Pretendemos lançar mais alguns vídeos até o fim do ano e já estamos
compondo músicas novas, pra quem sabe ano que vem gravar mais um registro aí.
CV: Agradeço pela entrevista e deixo espaço para seus
comentários finais.