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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Don Ramón lança disco novo e promete retorno triunfal aos palcos

Jovens sedentos de rock se preparam para turnê de lançamento
do segundo álbum da banda. Fotos: Divulgação
O quarteto campineiro Don Ramón formado pelos amigos Artie Oliveira (vocal), Lizard (guitarras), Aquaman (baixo) e Bonifácio (bateria), lançou há uma semana seu segundo álbum 21st Century Reckoning Day. Logo que foi lançado, o Canibal Vegetariano fez resenha do novo registro dos caras e agora conversamos com Artie para saber mais sobre este trabalho que promete muito. Abaixo, entrevista na íntegra.

Canibal Vegetariano: Don Ramón está com novo baterista e novo disco. Ele tem participação nas gravações? Como foi a escolha deste novo integrante?
Artie Oliveira: Temos um ‘novo velho’ baterista na real, saca? O Bruno já tocava com a gente desde 2013 toda vez que o Jão se machucava. Aquela bateria de It’s a Fracture, por sinal, foi ele quem fez. Pro Reckoning Day, quem completou as baterias foi o Marcel Lobizomi, do Muzzarelas e LaBataria.  Quanto ao lance de escolha... Bicho... É bem mais esquema passar a bola pra bico que já conhece o nosso som e eventualmente tocou junto do que abrir teste e ficar mó cota pra escolher alguém.

CV: O novo registro está mais “sujo” e agressivo em comparação com o primeiro álbum. Essa mudança foi proposital? O que influenciou vocês a mudar?
AO: Eu diria que foi mais natural. A gente já tem essa parada de falar sobre frustração nas letras, daí junta que os meninos tão tocando bem melhor e eu passei a ter controle maior sobre minha voz [mesmo sem saber um puto de técnica vocal na teoria]. Nessa, é batata fazer uma parada mais bem ‘trampada’.

CV: Além da música de vocês, o que impressiona é a qualidade da gravação. Quem trabalhou com vocês neste projeto? Ficou da maneira que vocês queriam?
AO: O grande responsável pela porra toda foi o Rogério Guedes, mais conhecido na praça como Mad Dog. A gente rodou o disco no estúdio dele, o Canil Pro-Áudio, que tem nada mais nada menos do que a mesa de som do falecido Studio Arenna, de onde saíram as demotapes dos Muzzarelas, Lethal Charge e de todas as bandas campineiras da década de noventa. Fora que, quem masterizou o disco foi o Tarcísio Jr., chefão do Basement Studio e que gravou pelo menos metade dos discos de bandas daqui que eu morro de amores, tá ligado? Bicho, depois que você fica quase dois anos, entre a concepção e a pós-produção, trampando num material, ele tem que sair foda de um jeito ou de outro. Eu curti pra caralho o resultado final, apesar de toda a dor de cabeça que ele deu na gente.

No segundo disco, Don Ramón mistura hardcore e trash que
resulta em ótimo disco
CV: Haverá shows para divulgação deste novo trabalho?
AO: Como você mesmo comentou lá em cima, a gente acabou de trocar de baterista, o que significa que a gente tá ensaiando o disco com ele. Show de lançamento vai rolar lá pra depois de 15 de Maio, já que o disco, em formato físico, só vai ficar pronto por volta dessa data. Daí pra frente é tour de lançamento e o cacete!

CV: O disco ainda é recente. Mas houve manifestações da galera que ouviu?
AO: Pra quem soltou o play tem quase uma semana, Artie respondeu às perguntas na quarta-feira (27), a recepção tá cabulosa da parte da ‘rapeize’ que acompanha o madruga e eu te digo que esse disco vai longe, ainda mais porque a gente liberou o Reckoning Day em tudo que é plataforma de streaming. Daí já viu, né? Eu tô acompanhando a movimentação de quem tá ouvindo a parada e já achei origem de tráfego vinda da Rússia, Alemanha, EUA e tal. O mais legal disso é que no Streaming, o disco foi classificado como ‘Parental Advisory: Explicit Content! Tem como não ficar feliz?!

CV: Quais os próximos passos da banda?
AO: Tirar atraso de palco que tá desde junho do ano passado e fazer esse disco circular grandão, pois afinal, o Don Ramón não tá de brincadeira por aqui. Como geral já deve ter se ligado, a gente tá puto e com vontade de botar essa frustração toda pra fora em cima do palco!

CV: Deixo espaço para comentário que considera importante, mas não foi questionado. Valeu pelo papo.
AO: Tamo de volta, bigode! 

domingo, 24 de abril de 2016

Simplesmente um colosso!

Finalmente o quarteto campineiro Don Ramón lançou seu segundo álbum “21st Century Reckoning Day”, ainda virtual mas em breve no formato físico, com 14 faixas maravilhosas. E o que dizer deste novo trabalho da banda que traz hardcore com boas pitadas de metal que deixa o disco com ar totalmente crossover? Para isso usamos uma palavra muito proferida pelo vocalista Artie Oliveira: “colosso”!

Esta é a melhor definição para este novo álbum que traz a banda com mais maturidade e com seus músicos ainda mais íntimos de seus instrumentos. Ótimos riffs, bateria sendo maltratada e o baixo parece galopada tresloucada, no mais que bom sentido. Se tudo isso é ótimo, precisam ouvir os vocais de Artie, simplesmente insanos, entre o vocal cristalino aos berros mais doidos que alguém tem capacidade de produzir.

E claro que não podemos deixar de citar a qualidade da gravação. Mesmo com toda sujeira proposta pela banda, o ouvinte consegue ouvir todos os instrumentos, detalhes e todas as pirações de Artie com seus vocais furiosos.

O disco ao todo tem 14 faixas e em uma obra como esta fica difícil citar alguma que mais tenha curtido devido a qualidade do trabalho apresentado, todas nos agradaram mas tem aquelas que você não consegue parar de ouvir, e a repete várias vezes, são elas: “Casca grossa”, “Planos para vida”, “Pancada violenta” e a nova versão de “Sapatênis caramelo, pisante dos infernos”. Disco nota 10! Se ainda não conseguiu ouvir, curta página da banda no Facebook e ouça no volume máximo, a satisfação é garantida!

Para ouvir acesse: http://donramonfuckinrules.bandcamp.com/album/21st-century-reckoning-day

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Domingo de puro hardcore

Canibal Vegetariano
O domingo 26 de janeiro de 2014 foi especial para quem gosta de bandas independentes, principalmente quando elas se propõem a tocar hardcore. A equipe do Fanzine/Blog Canibal Vegetariano foi convidada para participar dessa festa e como é de praxe não ficaríamos de fora.
Mesmo com o calor que fez no dia, que estava o verdadeiro "bafo do capeta", nos deslocamos para Campinas, mais precisamente para o Quintal do Gordo, onde quatro bandas, sendo duas campineiras se apresentariam. No caminho rodamos um trecho com pouco de chuva, mas foi só, depois disso o calor continuou escaldante e a temperatura subiu ainda mais quando as apresentações começaram.

Canibal Vegetariano

A primeira a se apresentar foi a Cachorro Vinagre, de Americana. Na passagem de som sentimos que a sonzera dominaria o ambiente, pois o batera da banda fez um belo esquenta. Assim que mandaram os primeiros acordes, o bom público presente tratou de abrir roda e curtir toda "porrada" despejada pela galera que fazia sua estreia. Em cerca de 20 minutos, eles "quebraram tudo" e mostraram que é uma banda que merecerá boa atenção do público.

Canibal Vegetariano

Logo em seguida foi a vez do pessoal de Paulínia, Slag. Essa banda é conhecida pela galera do Canibal, afinal, já cederam entrevista e ouvímos parte do material. A banda que é boa em estúdio ao vivo supera-se ainda mais. Mesmo com problemas com o equipamento de voz, a galera da Slag não deixou o povo ficar parado e despejou seu hardcore "nervoso" com pitadas de grind em algumas passagens sem citar alguns riffs que nos remete ao thrash metal dos anos 80, do século passado.

Canibal Vegetariano

Depois de acompanhar duas bandas muito boas conferimos a apresentação da "Porrada Solicitada". Os campineiros fizeram um set rápido e misturaram músicas próprias e algumas versões. Destaque para "Beth Morreu", do Camisa de Vênus, e "I wanna be your dog", do The Stooges. Nesta canção, um rapaz que estava no público arrancou a camiseta e "tomou" o microfone do vocalista, cantou com a banda e interagiu com o público de maneira como o próprio Iggy Pop está acostumado. Assim como a Slag, a "Porrada" Também sofreu com problemas no equipamento de voz, que atrapalhou bastante a banda, o show foi bom e divertido.

Canibal Vegetariano
O encerramento da festa ficou a cargo dos campineiros da Don Ramón. A trupe comandada por Artie Oliveira fez o que todos estamos acostumados e mandaram hardcore sem medo de ser feliz e se divertir. Canções rápidas e com vocal gutural feito em muitas partes por Oliveira, a banda mostra maturidade a cada apresentação e ainda este ano pretende lançar o primeiro disco oficial, depois de duas demos. Devido ao calor, antes do encerramento, parte do público banhou o vocalista da Don Ramón, com cerveja, e aí a festa ficou completa.
Calor infernal, muita sede, mas deixamos Campinas felizes, pois em um mês muito ruim, em quase todos os sentidos, janeiro deste ano proporcionou boa diversão para quem curte rock indepedente. Que venha fevereiro!!!
    

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

É somente rock'n'roll, mas nós adoramos

Canibal Vegetariano
Os dias 14 e 15 de dezembro foram marcados por dois ótimos festivais de rock  indepedente realizados na região. No sábado e domingo, Valinhos foi palco do Ponta Urbana enquanto no domingo, em Campinas, ocorreu o Quintal do Gordo.
No sábado a equipe do Canibal Vegetariano esteve presente em Valinhos. Uma praça pública com quadra coberta, quadra poliesportiva, campo de futebol, pista de skate, muito gramado e espaço para um bom palco no qual várias bandas se apresentariam.

Canibal Vegetariano

Quando chegamos o som rolava solto pelo local e um bom público estava espalhado pela área de lazer. Fizemos um lanche, tomamos uma cerveja para refrescar e acompanhamos as bandas. As duas últimas chamavam muito nossa atenção, devido ao tempo em que "batalham" na cena punk rock.
Gritando HC era uma delas. Com quase 20 anos de carreira, os paulistanos fizeram um show fantástico, cheio de energia e com a galera com muito "pogo" e parte dela sobre o palco, junto com a banda, para deixar o clima ainda mais festivo. A noite de sábado foi encerrada com a Ação Direta que fez um show correto e com "muito peso". Algumas rodas foram abertas, mas o público estava um tanto quanto cansado devido a maratona de shows durante o sábado que foi muito quente.

Canibal Vegetariano

DOMINGO/ No domingo, depois de passar a tarde em Campinas, no início da noite retornamos para Valinhos para acompanhar o encerramento do Ponta Urbana que seria feito pela banda Muzzarelas. Os campineiros, em uma série de seis shows para comemorar o retorno às atividades após 3 anos de hibernação, fez mais uma apresentação daquelas que marcaram história e a galera levantou poeira durante a apresentação que durou cerca de pouco mais de uma hora.

QUINTAL DO GORDO/ Antes de irmos para Valinhos, fomos até o Quintal do Gordo, na Vila Industrial em Campinas, para acompanhar shows das bandas Don Ramón [Campinas] e Shame [Paulínia].
Para variar um pouco, a Don Ramón fez mais uma apresentação sensacional em que o crossover tomou conta do palco e fez a "molecada" pogar sem medo, mesmo com a alta temperatura do final da tarde de um domingo de primavera. Artie Oliveira, vocalista, e sua trupe, fizeram ótimo show e deixou muita gente empolgada.

Canibal Vegetariano

Após os campineiros foi a vez da banda Shame. Os caras mostraram muita empolgação e mantiveram o pique da apresentação da Don Ramón. O público foi novamente contagiado e aproveitou cada segundo da apresentação. Depois da apresentação de dois shows, "caímos" na estrada e fomos para Valinhos, e esta história você já leu.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Promoção 'Loucos para dar...'

O programa A HORA DO CANIBAL em parceria com o fanzine/blog Canibal Vegetariano e rádio Click Web anuncia mais uma promoção. Desta vez, o ouvinte/leitor deverá completar a frase: "estou louco para dar...". A frase mais insana e criativa levará para casa três CDs: Don Ramón, split CD Estudantes/Evil Idols e Lomba Raivosa.
Para concorrer a estes prêmios "divinos", basta enviar quantas frases toscas quiser para o email: zinecanibal@hotmail.com. A promoção será realizada até 14 de janeiro de 2014. A avaliação da "pior/melhor" frase ficará a critério do apresentador do programa ou este imbecil poderá colocar em votação entre os ouvintes.

domingo, 24 de novembro de 2013

Uma noite de 'mosh's' e 'banhos' de cerveja

Enio C. Nascimento

A noite de 22 de novembro de 2013 foi histórica! Só quem esteve presente no Woodstock Bar, em Campinas, pode relatar o que foi essa noite /madrugada de primavera brasileira quando Don Ramón e Muzzarelas subiram ao palco para tocar rock'n'roll.
Apesar do dia chuvoso, o clima ainda estava quente e a galera do Canibal Vegetariano percorreu mais de 40 quilômetros para acompanhar uma apresentação da Muzzarelas que prometia ser histórica por alguns motivos: 1 - os caras têm mais de 20 anos de carreira; 2 - eles subiram ao palco após longo tempo sem apresentações. Devido a isso e ao fato que teríamos a abertura da banda do camarada Artie Oliveira, fomos com boas expectativas para o evento. Quando chegamos o clima já era totalmente rock! Bom público aguardava abertura da casa enquanto ouvíamos a passagem de som.

Enio C. Nascimento

A abertura do evento ficou por conta da Don Ramón e os caras não decepcionaram, ao contrário, foram muito além das expectativas. Quem os ouviu em disco sabe que agressividade é sinônimo da banda, mas ao vivo eles são ainda melhores. Os vocais "insanos" de Artie não ficam apenas no disco, no palco ele faz ainda mais guturais extremos e não perde a voz, segue no mesmo pique do início ao fim.
Além de apresentar músicas do primeiro registro deles "Fat boy strikes again", os caras ainda mandaram músicas que estão em um "demo" que foi entregue à nós do Canibal logo que chegamos. Das novas músicas, o destaque, sem dúvida, é "Sapatênis caramelo [pisante dos inferno]". Show sensacional em que o público correspondeu com "boas rodas" e alguns mosh's. O clima estava perfeito para "chegada" da Muzzarelas.

MUZZA/ Logo após apresentação da Don Ramón, fomos ao lado externo da casa para dar uma aliviada no calor que dentro do salão estava o verdadeiro "bafo do capeta". Refeitos do calor, voltamos para acompanhar a Muzzarelas.
Com a pista totalmente "tomada", o clima ficou ainda mais quente. Logo a banda começou apresentação e aí boa parte da galera agitou ao som dos clássicos da Muzzarelas, que é uma das bandas mais importantes, se não a mais importante do interior do Estado de São Paulo, e uma das principais bandas do underground nacional. Os caras deram uma verdadeira aula de rock'n'roll.

Enio C. Nascimento

Para a banda parece que os 20 anos não passaram, devido a energia que eles transmitem do palco. Mas pelo público, percebemos o carinho com o qual são tratados. Todas as músicas foram acompanhadas em coro, galera presente no palco e muitos "mosh's" foram feitos. O clima ficava mais quente, aí começou a "chover" cerveja, para refrescar o público que não parava de pogar e curtir.
Os caras ainda tiraram "onda" com as bandas que tocam cover e fizeram alguns, algo muito engraçado diga-se de passagem. Eles citavam nomes de músicos que morreram e ficavam parados. Depois de mais de uma hora de apenas clássicos, a Muzzarelas encerrou sua apresentação com o som de uma de uma banda que é a grande referência da maioria de seus integrantes, Ramones! Encerramento perfeito para uma noite extremamente rock'n'roll.
PS: Escrevo esse texto na manhã de domingo [24], de algum lugar do Rio de Janeiro, ainda com muito zumbido nos ouvidos.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Don Ramón: garotada boa de hardcore

Divulgação

Formada por Artie Oliveira nos vocais, Pedro Lizard nas guitarras, Paulo Carvalho no baixo e João Cavera na bateria, a banda campineira Don Ramón lançou recentemente seu primeiro registro em quase dois anos de estrada. Com tanta energia e vontade de apresentar material para galera, nós do Canibal Vegetariano conversamos com Artie para saber mais sobre essa banda e os motivos que levaram a fazer um som tão visceral. Abaixo, você confere entrevista na íntegra.

Canibal Vegetariano: Por que Don Ramón? Seria uma homenagem ao seu Madruga?
Artie Oliveira: Bicho, ao mesmo tempo em que é uma clara referência ao Madruga, o nome é uma piração minha por causa de uma pá de banda de barulheira com nome desse tipo (Derci Gonçalves, Charles Bronson só de exemplo de bate-pronto). Eu tava voltando para casa depois de um de nossos  ensaios e do nada veio o nome!

CV: Como surgiu a banda?
AO: O começo do Don Ramón é uma parada meio engraçada, porque fora eu, um office-boy pé rapado, a rapeize é tudo estudante, sendo dois secundaristas e um na faculdade. Tudo começou com o Lizard, o Paulo e o Du, que era o segundo guita e saiu um pouco antes da gente entrar em estúdio. Eles estudavam na mesma sala e um dia, se juntaram para tocar numa festinha que a escola deles promoveu. Até então era só diversão e tal, mas um dia eles decidiram levar a fita a sério e foi quando apareceu a primeira baterista, Ysa Gonzalez, que toca hoje no Luce e outra menina como vocalista, que logo saiu fora. Foi nessa que eu entrei: A Ysa anunciou que o “T.D.G.” precisava de vocalista e por intermédio de uma amiga nossa em comum, eu entrei na parada. Foi amor à primeira vista de ambas as partes: eu chego pra fazer o meu teste e dou de cara com um garoto de apenas 16 anos, o Lizard, vestindo uma peita do Morbid Angel. Na época, eu tava pulando de galho em galho atrás de banda e por consequência, minha voz tava uma merda e mesmo assim, eles adoraram ver aquele gordinho baixinho berrando pra cacete e circulando pela sala como se estivesse em cima do palco. Instantaneamente, eu virei o vocalista. Como a gente (Eu, Lizard, Du e o Paulo) tava na pira de mandar um Thrashcore, a Ysa acabou pulando fora. Ficamos na procura de um baterista por quase um ano e os poucos shows que rolaram nesse meio tempo, foi com camarada quebrando galho. O Cavera entrou na banda um pouco antes do Du se mandar e assim surgiu o Don Ramón como se encontra hoje!

Divulgação
CV: Quais as principais influências de vocês?
AO: Coisa pra caralho: desde coisa bagaceira pique Leptospirose, Mukeka di Rato, Merda, Muzzarelas, Coice de Mula, passando por umas paradas “casca grossa” como o RDP, Dead Kennedys, Lethal Charge, Slayer, Black Flag, fora coisa bonitinha: Descendents, Offspring, Teenage Bottlerocket; Coisa clássica: Ramones, Misfits, Motorhead, Iron Maiden, Anthrax e finaliza em fita totalmente nada a ver com o que a gente toca: Helmet, Prong, Korn, Deftones, Magüerbes, Tolerância Zero, Adrede, Huaska...

CV: Como rola o trabalho de composição dentro da banda?
AO: É naquelas de “junta os pedaços e vê no que dá”! Tem coisa nossa que é material velho que eu tinha feito pro Carcaça (minha primeira banda). Tem hora que eu ou o Paulo chegamos com letra, o Lizard vem com uma levada/riff de guita e o Cavera traduz isso no jeito dele de tocar. Em outras, um vem com o som todo pronto e ele é refeito pra poder encaixar na pegada de todo mundo, enfim... É um processo muito doido que gera as musiquinhas juvenis que a gente faz! (risos).

CV: Fale um pouco sobre o primeiro registro da banda. Onde foi gravado? Como rolou esse processo, pois o resultado, em minha opinião, ficou acima da média.
AO: Fico feliz para caralho que você tenha gostado do Fat Boy, mano! A gente gravou esse disquinho cheio de gordura e hormônio adolescente num estúdio legal pra cacete daqui de Campinas, chamado de “República do Som” entre janeiro e março desse ano! A produção dele foi sob minha batuta e o gordinho cabuloso da capa foi assinado pelo Vicente Tortello, camarada meu da época do Carcaça e professor do Lizard. Volta e meia eu vejo que geral anda elogiando o play a rodo sem saber que, na real, se trata de um disco feito com a modesta quantia de R$ 600. A gente mixou no estúdio mesmo e eu levei para casa para Masterizar. O resultado final dele, pelo tipo de gravação que a gente fez (Ao Vivo e em Hi-Fi), ficou soando muito “década de oitenta” e eu te garanto que nós quatro piramos grandão no jeito que as músicas ficaram.

Divulgação
CV: Quais os lugares que a banda tem se apresentado? Vocês cobram cachê?
AO: Os últimos shows nossos foram: em Limeira num puta rolê lindo ao lado do Zumbi Radioativo (Americana), Lagostas Inflamáveis (Campinas), Nosegrind (Monte Mor) e o The Flamini Bridge (Hortolândia). Depois desse, rolou um em Valinhos com o B-Elleven Tour (Monte Mor). O pouco de grana que a gente recebeu nesses shows, ou foi de rateio de bilheteria ou foi da venda do nosso play e tem servido pra gente fazer algum corre nosso, desde ensaio até Merch mesmo.

CV: Como será o processo de divulgação deste trabalho?
AO: O “Fat Boy Strikes Again!” ta circulando por aí desde o dia 15/04, tanto pela internet (via BandCamp: http://donramonfuckinrules.bandcamp.com/) quanto na nossa mão nos shows e em meia dúzia de loja de disco, como a Chop Suey, daqui mesmo! Nosso próximo show é dia 07/06, em Indaiatuba, no Plebe Bar. Depois disso, é muitíssimo provável que a gente saia, junto com o Zumbi Radioativo, em turnê pelo interior em Julho. A gente tem que fazer esse disquinho circular grandão por aí de um jeito ou de outro, campeão!


Divulgação
CV: O que podemos esperar do Don Ramón para os próximos anos?
AO: Para os próximos anos pode ter certeza que todo mundo vai ser maior de idade, engordar, envelhecer e ter pelo menos um full-length na roda! Isso aqui (ter banda, produzir material e fazer qualquer corre relacionado a som) é a minha vida desde que eu tinha 16 anos. Pelo pouco que a gente circulou por aí, isso a cada dia tá virando a rotina dos meninos, o que me deixa feliz pra porra, já que pela primeira vez, eu sou o tiozão da banda, tanto de idade quanto de tempo dentro do independente!

CV: Deixo espaço para as considerações finais e claro, para o merchan de vocês.
AO: Valeu aí Canibal Vegetariano pela entrevista! Estamos nessa já vai pra dois anos, temos um disquinho “bão dimais da conta, sô!” que custa um pouco menos do que uma passagem de busão pra Americana e queremos tocar em qualquer lugar que tiver nesse esse mundão sem porteira de “Chessuis”. Pra quem quiser trocar ideia diretamente com esse gordinho que vos fala e a patotinha juvenil, anota aí: http://www.facebook.com/donramonbr. E é isso é tudo, pessoal!