quinta-feira, 30 de maio de 2013

Hoje a Rádio Blá

por David 'Geffen' Bueno

À 0h45 de 26 de maio deste ano, começava mais uma noite onde o Rock (não) Errou. João Luiz Woerdenbag Filho, vulgo Lobão, sobe ao palco e sem muitas delongas inicia sua apresenação na Virada Cultural, em Jundiaí.
Confesso que ao chegar no Parque da Uva não existiam grandes expectativas quanto ao show da noite, no mais iríamos ver um ícone da música popular brasileira. O ambiente não estava muio favorável, principalmente o clima que ao pensar no nome do local, Parque da Uva, me fez lembrar da produção vinícola das regiões frias da Itália, ou sem precisar de um deslocamento tão grande, da Serra Gaúcha, que com seus vinhos doces não engana os paladares mais aguçados mas traz enorme alegria e satisfação para aqueles que procuram apenas se embebedar.
Assim fomos, crendo que seria como um porre de vinho doce, gostoso, mas poderia ser melhor, e não bastesse o frio, como na maioria dos eventos, a fumaça toma conta, símbolo de liberdade demonstrado nos comercias da Hollywood ou Marlboro, estes que muitos “disseminadores” se quer assistiram. Os disseminadores com seus cabelos, furos e rabiscos, não sei ao certo mas acho que disseminar o PopCult é o que há para se fazer.
O próprio Lobão ao tocar Me Chama (Ronaldo Foi pra Guerra, 1984), demonstrou que a cultura popular da década de 80 ainda reflete nos dias atuais, graças a “seres jovens”, a exemplo um homem de aproximadamente 50 anos que em meio a tantos jovens disseminadores pulava e cantava, estes mesmos seres jovens cantaram aos sons de Decadence Avec Élégance (Decadence Avec Élégance, 1985), Blá Blá Blá... Eu Te Amo (Rádio Blá) (Vida Bandida, 1987) e Vou te Levar (A Vida é Doce, 1999), essa tocou em um dos blocos que o próprio disse ser o mais romântico e antes de contemplarmos com mais este clássico de sua carreira declarou tê-la escrito à sua esposa (Regina).
João Luiz que nos surpreendeu com sua apresentação impecável, apesar de um de nós discordar com o a versão de Help! (The Beatles - Help!, 1965) e preferir que fosse (I Can't Get No) Satisfaction (The Rolling Stones - Out of Our Heads, 1965).
E diferente dele (se ouver alguém de cabelo diferente, piercings e alargadores e tatuagens sem signifcado lendo não se ofenda, procure sua energia interior e vá ouvir o Emo oitentista), pois, nos últimos meses vi e ouvi alguns artistar como: Guilherme Isnard (Banda Zero), Marcelo Nova (Camisa de Vênus), Kid Vinil, Kiko Zambianchi, Ritchie, estes em um mesmo evento em minha terra natal e ouvi também Autoramas, cujo vocalista Gabriel Thomaz, um dos membros fundadores da extinta Little Quail and The Mad Birds, já teve o prazer de compor com outras grandes bandas como Raimundos e Ultraje a Rigor, e estes artistas e bandas me fazem crer que o Rock ainda depende do passado para ser bom no rádio.


Apesar disso, vi e ouvi muita coisa boa fora do rádio assim como a excepicional Topsyturvy, de Mogi das Cruzes, que espero presenciar em novas apresentações. E aos disseminadores da PopCult, peço que compareçam aos shows de bandas como essa que mencionei, pois para que se tornem membros da cultura popular elas só dependem de vocês.

Como Lobão tinha que terminar com algum discurso, ele apareceu com um que eu particularmene adorei (pau no PT) e eu sobre alusões de um jovem Vô que não viveu o tempo que contempla, mas ele antes di discursar fechou de um jeito meio “spank punk violento” com Corações Psicodélicos (Ronaldo Foi pra Guerra, 1984).

PS: Foto retirada do site G1

Um comentário:

Joao Simioni disse...

cara, queria mt ter ido nesse show...
os discursos anti-PT são fodas...incrível como as pessoas mudam, tanto de um lado como do outro, Lobão que um dia demonstrou seu apoio à Lularápio aos berros no programa do Fautão, hoje desce a lenha no molusco e no Partido da Sujeira.

ótima resenha David. Parabéns..