domingo, 15 de janeiro de 2012

Surf na cidade de concreto


A banda Drakula formou um triângulo amoroso entre surf music, punk e garage rock, que executado por quatro caras de Campinas que usam máscaras de "luchadores", além de caveiras espalhadas pelo palco, resulta em um som autêntico e de muita energia.

E toda a autenticidade pode ser conferida no EP Vilipêndio a Cadáver que os caras lançaram em dezembro durante o Auto Rock Campinas. Neste EP, com quatro músicas e lançado em vinil, e nas primeiras cem cópias o disco briha no escuro, as canções flertam muito bem com os três estilos descritos acima.

Com boa pegada de bateria, duelos de guitarra e uma presença de baixo marcante, o disco tem uma qualidade de gravação excepcional. Todos os instrumentos são totalmente audíveis e a qualidade, só para variar, supera muito CD lançado por aí.

No lado A, estão "we want to set your ass on fire" e "satan girl" em que a mistura entre punk rock e surf music ficam muito evidentes. Elas são duas canções que farão os fãs mais exaltados mexer os esqueletos quando a ouvirem. 

No lado B, os três estilos ficam bem evidentes nas duas faixas, "cidade assassina", está com letra em português, e "i wanna be an aussie homeless" músicas perfeitas para rodas de pogo, bate-cabeça ou simplesmente sair no agito pelo salão.

E além de toda boa música, não podemos deixar de citar o belo trabalho gráfico deste disco. Com desenhos de Daniel ETE na capa e contra capa, o disco também tem artes de outros dois artistas. Michel Munhoz foi autor da arte do selo do EP no lado A e Victor Stephan, vocalista da banda carioca Os Estudantes, foi o responsável pela arte do selo no lado B. Para entender tudo o que foi escrito, se ainda não ouviu, corra e ouça este trabalho de uma das bandas mais interessantes que surgiu nos últimos tempos no cenário nacional.


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