sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Matheus Canteri, sua gangue e um country rock visceral


Eles se apresentam amanhã, dia 29, na 8ª edição do Cardápio Underground que está sendo realizada em Bragança Paulista. O power trio formado por Matheus Canteri, guitarra, Johnny Junior,baixo, e Giovani Bruno, bateria, promete sacudir a noite do instrumental no Espaço SanSo. Aproveitando, você acompanha a entrevista que realizamos com Matheus Canteri, que recentemente foi entrevistado pela Guitar Player Brasil. Hoje você confere o papo, amanhã o som.



CV: Desde quando vocês estão juntos? Houve alguma mudança na formação?
MC: Estamos juntos desde 2009, sem mudanças na formação.

Canibal Vegetariano
CV: Achei o nome de vocês fantástico: “Matheus Canteri e a Gangue do Frango”. De onde vem esse nome?
MC: Pois é, quando eu era pequeno, fizeram um vídeo de um natal em casa em que eu pedia ao meu pai que “desse uma filmada no frango”, que era na verdade o peru da ceia... Daí meu primo achou divertido me chamar de frango, e, a banda seria a minha gangue (risos).

CV: Quais as influências de vocês e o motivo de ser uma banda instrumental?
MC: Cada um na banda tem suas influências, Johnny gosta muito de metal, Giovani escuta de tudo, gosta muito de coisas com ritmo complexo como Rush, Soundgarden e ao mesmo tempo ama a simplicidade dos Ramones. Eu também ouço muita coisa, mas gosto muito de country e todas as vertentes, gosto também de coisas dissonantes como Arrigo Barnabé, Frank Zappa e Hermeto Paschoal. Somos uma banda instrumental por ser essa uma proposta diferente, sem o vocal tentamos compor as músicas de uma forma que mantenha a atenção das pessoas durante o show, sem ficar aquela coisa meio “trilha sonora”, isso é um desafio, mas é muito bacana quando num show nosso as pessoas dançam e se divertem.


CV: Bragança é uma cidade que rola muito som, tem muita banda. Vocês fazendo som instrumental, têm as mesmas oportunidades como as outras bandas?
MC: Acredito que dentro do espaço que há para a música alternativa temos as mesmas oportunidades, mas é claro que é bem difícil a gente tocar em lugares em que a proposta é ouvir música comercial, mas nesse caso nem é pelo fato de ser instrumental e sim por ser algo que não toca todo dia na rádio ou na TV.

Canibal Vegetariano

CV: Como foi o processo de gravação dos álbuns de vocês?
MC: Captamos a bateria numa sala alugada, depois trouxemos tudo para meu pequeno estúdio em casa, lá gravamos todo o resto, inclusive a mixagem e masterização. Gosto do processo de produção da música, então foi muito favorável poder ter o controle sobre como soaria o álbum e gostei muito do resultado.


CV: Vi um show de vocês, em que abriram para o Leptospirose. Como é tocar com uma banda de estilo totalmente distinto?
MC: O público alternativo, assim como nós da banda, tem a cabeça aberta sem preconceitos musicais, então é bem tranquilo, fazemos nosso show e depois ficamos curtindo o som da outra banda. Foi assim com várias outras como Almight Devildogs, Dizzaster, Black Drawing Chalks.

CV: Vocês sempre procuram tocar com bandas diferentes, ou isso é algo que ocorre ao acaso?
MC: É algo que acontece ao acaso, com bandas que estejam em turnê ou na mesma cidade na data do show, mas é bacana quando rola um show de bandas instrumentais ou de country, como foi com o Fabulous Bandits.

Canibal Vegetariano

CV: Como está a cena para música instrumental, não apenas em nossa região, mas no Brasil todo?
MC: Temos alguns exemplos de bandas que estão conseguindo seu espaço com muito esforço, como é o caso do Macaco Bong. O espaço para música alternativa em geral ainda não é algo grande, mas o que podemos observar é um aumento no número de bandas instrumentais surgindo com propostas de som muito boas.

CV: Quais serão os próximos passos da banda?
MC: Nós gostamos de nos divertir tocando, sempre procurando novos espaços e oportunidades, uma das coisas que mais gostamos de fazer é compor e gravar, então acredito que caminhamos para mais shows e mais discos, e, se tudo der certo, mais gente ouvindo nosso som.




CV: Agradeço pela atenção e deixo espaço para as considerações finais. Abraço a todos.
MC: Agradecemos as nossas famílias que nos apóiam, às guitarras HC, a escola de música Jardim Elétrico, aos amigos, as pessoas que escutam os CDs e ao amigo Ivan Gomes.

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