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domingo, 21 de julho de 2013

De volta ao passado

Ao ver o recém lançado DVD 'Vinil ao vivo', com a banda Kid Vinil Xperience, o telespectador viaja no tempo e volta para o final dos anos 70, começo dos anos 80 do século passado, época em que o punk rock aparecia para o mundo.
                O referido DVD traz um show da atual banda de Kid Vinil, jornalista, radialista, crítico musical entre outras funções no mundo pop. Entre as músicas clássicas da época de sua banda mais famosa, Magazine, Kid relata um pouco de sua história e também de cada música que executa, como a maneira que foi composta, os compositores entre algumas outras curiosidades.
                O show foi gravado em Novo Horizonte, interior do Estado de São Paulo e entre os clássicos da Magazine, Kid relembra "nonsense total", da segunda formação de sua banda, no início deste século e também um grande clássico do rock nacional dos anos 80, "surfista calhorda", dos gaúchos Replicantes.

                Com boa qualidade de áudio e também visual, o DVD nos remete para tempos passados, pois a história do rock é muito rica e Kid, que sempre esteve envolvido com a cena roqueira, sabe mais do que ninguém fazer relatos históricos. Um DVD que vale muito a pena ser assistido.  

terça-feira, 23 de abril de 2013

Arte feita com bom humor


Rodrigo Birai
 Hoje nós deixamos um pouco a música de lado para falar com um rapaz que há anos se dedica a arte dos quadrinhos, charge, caricaturas, entre outras expressões artísticas. Cléverton Gomes é o cara que com traços finos e rápidos, faz caricaturas de anônimos e famosos e surfa na onda da ironia e crítica social, com charges sempre relevantes e atuais. Para saber mais sobre este tipo de arte, conversamos rapidamente com o homem da prancheta.

Canibal Vegetariano: Cara, como pintou o desenho em sua vida? Quais são suas influências?
Cléverton Gomes: Desde criança curto muito fazer desenhos em geral. Enquanto a galera jogava futebol, eu desenhava. As influências são as mais diversas que se possa imaginar. Desde Maurício de Souza, Ziraldo, irmãos Caruso, Ique, J. Carlos, Wall Disney, a pintores como Monet, Van Gogh, Da Vinci, Rembrant, Picasso, entre outros. Gosto de arte em geral e procuro variar estilos sempre que posso.

Rodrigo Birai
CV: E o lance das caricaturas, desde quando você as desenha e o que ainda pode ser aperfeiçoado?
CG: As caricaturas surgiram naturalmente. Como falei, entre as diversas tentativas de variar estilos comecei a fazer caricaturas ainda criança e não parei mais. As pessoas que acompanham meu trabalho incentivaram a divulgar esses desenhos que hoje são feitos em menos de um minuto, mas tenho muito o que melhorar, nunca sabemos tudo.

CV: Como é a reação de quem você desenha? Conte algo inusitado que já lhe ocorreu durante seu trabalho.
CG: Já desenhei muita gente, nas mais diversas situações e lugares e ainda pretendo fazer isso o resto da minha vida. É muito legal ver a reação da pessoa desenhada, muitas vezes ela se identifica de tal forma que coloca seu desenho em uma moldura, faz uma camiseta personalizada, entre outras possibilidades. Certa vez participava de um programa de rádio, quando de repente o  locutor falou: "Quem ligar agora ganhará uma caricatura falada", ou seja, uma espécie de retrato falado em forma de caricatura. O ouvinte passou o perfil físico da pessoa e fiz o desenho. Mais tarde a ouvinte foi até a rádio para retirar o desenho e segundo ela, a caricatura ficou parecida com a pessoa.

Rodrigo Birai
CV: Você faz muitas caricaturas de artistas, como eles veem esse tipo de arte? E como foi desenhar a galera do 'Ícones dos anos 80'?
CG: É muito bacana ter contato com as pessoas em geral, pois se percebe de imediato como a pessoa se sente ao ver sua imagem em forma de desenho. Quando tenho a possibilidade de desenhar artistas de grande repercussão e se deparam com as mais diversas situações, noto que eles também gostam muito do traço e da rapidez que o trabalho é feito. Normalmente o contato com esses artistas é bem rápido e eles curtem muito a possibilidade de serem  caricaturados ao vivo em segundos e levar essa lembrança para casa. Sobre o pessoal dos anos 80, me senti muito privilegiado em desenhar esses artistas que marcaram época no cenário musical nacional. Cresci ouvindo essas músicas e já os desenhei várias vezes, desde a minha infância, antes de vê-los pessoalmente. Estar frente a frente com Kid Vinil, Kiko Zambianchi, Guilherme Isnard, George Israel entre outros e desenhá-los, foi show! 

CV: Nesse dia, você de caricaturista deixou a prancheta e foi desenhado. Como é a sensação de estar do outro lado? E o Guilherme Isnard, leva jeito para isso?
CG: Cara, foi muito legal. Assim que terminei a caricatura do Isnard, ele pegou a prancheta das minhas mãos e me disse: "agora sou eu que vou desenhá-lo" e assim o fez. É interessante estar do outro lado da prancheta...(risos). Curti demais o desenho e a humildade do Isnard que se mostrou um bom caricaturista.

CV: Como é o mercado de caricaturas no Brasil? Você já esteve no exterior, como é o esquema por lá?
CG: Hoje se popularizou mais as caricaturas no Brasil, após o longo periodo histórico de censura no País, as pessoas vem se simpatizando com esse estilo artístico. Mas ainda tem muito o que melhorar. O Brasil ainda está em atraso nessa área cultural. Outros paises já valorizam a arte muitos anos antes e com certeza veem o valor dessas obras com outros olhos. Eu, como tantos outros profissionais, faço minha parte para que essa linha do humor e arte faça cada vez mais parte de nossas vidas.

CV: Como o brasileiro trata a arte, de maneira geral?
CG: O brasileiro é sensacional se tratando de bom humor e criatividade e isso ajuda demais na criação de trabalhos artísticos, porém a valorização da arte no País ainda é muito banalizada. É interessante que os educadores de maneira geral aplique com mais frequência a importância da arte e não deixe que a população apenas a veja como 'algo bonitinho'. A arte deve ser analisada, interpretada e discutida, pois mostra visões variadas, muitas vezes, de situações que deixamos passar despercebidas.

Rodrigo Birai
CV: E as charges, muitas delas polêmicas, de onde surge ideia para este tipo de 'notícia' resumida com humor e quase sem palavras?
CG: As ideias para montar uma charge surgem de situações diárias. Desde assunto políticos de grande destaque a momentos do dia-a-dia. Histórias contadas pelas pessoas também auxiliam na criação dessas charges. É necessário estar atento aos assuntos variados para elaborar uma charge. E legal ver a satisfação das pessoas ao verem e comentarem esse trabalho de rápida interpretação.

CV: Valeu pelo papo, deixo espaço para suas considerações finais e faça seu merchan.
CG: Gostaria de agradecer ao Canibal Vegetariano pela oportunidade de falar um pouco sobre meu trabalho. E gostaria de aproveitar a oportunidade de convidar a todos para que conheça um pouco mais do trabalho de Cleverton Gomes através do blog: www.clevertoncaricaturas.blogspot.com, também no facebook - Cleverton Gomes e do grupo 'O Cleverton já me desenhou'. Quem curtir vídeos, tem uma page no youtube: www.youtube.com/clevertonnaweb. O telefone para contato é o (11)9 9708-9601. Abraço a todos e até a próxima.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Uma viagem no tempo

Canibal Vegetariano
Sem sair do lugar, público que esteve na Festa do Caqui sexta-feira pode voltar aos anos 80 e curtir grandes hits da época ao som de vários artistas
Canibal Vegetariano

                Vários artistas que fizeram história nos anos 80 se apresentaram durante a quarta noite da 11ª Festa do Caqui, realizada em Itatiba. Sem sair do lugar, o público presente cantou e relembrou canções que marcaram a história do cancioneiro popular.

                Escalados para participar da festa estavam Kid Vinil, Kiko Zambianchi, George Israel, Marcelo Nova, Ritchie e Guilherme Isnard. Os artistas foram acompanhados por músicos que integram as bandas Pato Fu e Ultraje a Rigor, entre os mais conhecidos estava o baixista Mingau, que tocou com nomes importantes do punk brasileiro nos anos 80, como Ratos de Porão, Inocentes e 365.
Canibal Vegetariano

                O primeiro a subir ao palco foi o inglês radicado no Brasil, Ritchie que levou o público ao delírio com suas canções mais conhecidas como “A vida tem dessas coisas” e “Menina veneno”. Na sequência veio Kiko Zambianchi, que com seu bom humor habitual conquistou a galera e fez a galera cantar “Rolam as pedras”, “Primeiros erros” e relembrou músicas de sua autoria regravadas por outras bandas do cenário do rock nacional. Assim que Kiko deixou o palco, foi a vez de Guilherme Isnard tomar conta do microfone principal e trazer a 
lembrança de canções de sua banda Zero, principalmente da música “Quimeras”.
Canibal Vegetariano 

                George Israel foi o quarto a se apresentar e o saxofonista da banda Kid Abelha fez o público relembrar músicas de bandas como Barão Vermelho, do cantor e compositor Cazuza e também de sua banda, como “Eu tive um sonho”. Antes de sair do palco, o músico dividiu espaço com a quinta atração da noite, Kid Vinil. Juntos, Kid fez a parte de saxofone no mega hit “Tic tic nervoso”.
                Ainda no palco, Kid mandou o maior sucesso de sua carreira “Sou boy”. Ele relembrou um dos maiores hits da década de 80 “Até quando esperar”. Kid também deu início a música “Aluga-se”, de autoria de Raul Seixas, no meio da canção, ele deixou o palco e o final ficou a cargo de Marcelo Nova, vocalista da banda Camisa de Vênus.
Canibal Vegetariano

                Além de “Aluga-se”, “Marceleza” ainda executou “Simca chambord”, “Só o fim” e relembrou uma música sua em parceria com “Raulzito”, “Pastor João e a Igreja invisível”, onde com uma garrafa d’água, fez menção de ser água benta e jogou para abençoar (ou amaldiçoar?) o público. 
Canibal Vegetariano
Ao final, sem Marcelo Nova, os outros cinco nomes voltaram ao palco e juntos relembraram “Ciúme” da banda Ultraje Rigor e fecharam a noite com “Meu erro” dos Paralamas do Sucesso.






terça-feira, 9 de abril de 2013

O eterno 'herói' do Brasil


Divulgação
Quase cinco anos após sua última apresentação em Itatiba, Kid Vinil volta à cidade para participar de uma jam session com vários músicos que marcaram época nos anos 80, como Kiko Zambianchi, George Israel, Ritchie entre outros. Antes de sua apresentação, ele falou com o Canibal Vegetariano sobre o show com seus amigos, novas bandas, volta da rádio rock entre outros assuntos da cultura pop. Abaixo você confere a entrevista na íntegra.

Canibal Vegetariano: Kid, como será o show ‘ícones dos anos 80’? Quais músicas você apresentará?
Kid Vinil: Nesse show, que funciona como uma jam session, a média de músicas para cada participante vai de 5 a 8 canções. No meu caso serão meus hits, "Sou Boy", "Tic Tic Nervoso", "Comeu" e mais alguns covers como "Até quando esperar" que eu canto com o Mingau, "Será" da Legião Urbana. No bis provavelmente faremos todos, alguma dos Ramones, "Bete Balanço" do Barão Vermelho.

CV: Já rolou algum show deste estilo? Qual sua opinião sobre este evento?
KV: Essas reuniões de galera dos anos 80 (século 20) ocorrem há um bom tempo. Tudo começou há cerca de 10 anos no Morro da Urca, no Rio de Janeiro. O Léo Jaime reuniu um time que tinha Ritchie, a BLitz, o Kiko Zambianchi e eu. Fizemos vários shows com essa formação. Depois fizemos aquele dvd Anos 80 - Multishow, que vendeu mais de cem mil cópias. Continuamos a fazer essas reuniões, mas nem sempre com o mesmo time. Tudo depende da disponibilidade e da agenda de cada um, daí vamos montando o cast. O Mingau atualmente é quem orquestra essas jam sessions. A banda de apoio sempre foi essa galera do Ultraje a Rigor. Já corremos várias cidades pelo Brasil. É um formato que deu certo e resgata muita coisa legal dos 80. Eu particularmente me divirto muito, no palco, fora do palco, trocamos ideias, relembramos acontecimentos. Um exercício muito saudável com músicos altamente competentes, puro prazer!

"Parece que a Internet reduziu um pouco esse interesse em garimpar coisas e obter a informação de fontes confiáveis como sites importantes lá de fora, revistas etc. Aquele trabalho de pesquisa que fazíamos em outras décadas, quando não havia internet, através de revistas, lojas de discos etc., acabou"

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CV: Você esteve em Itatiba em 2008. O que o público verá de diferente em sua apresentação?
KD: Na verdade esse show, como eu disse, é uma jam session de vários intérpretes e músicos. Acho que a diferença está na festa que vamos proporcionar.

CV: O single 'Sou Boy' completa 30 anos em 2013. O que mudou nessas três décadas? Sua paixão pela música ainda é a mesma?
KV: A música tornou-se um clássico com o passar dos tempos. As pessoas me reconhecem por causa dessa música e do "Tic Tic Nervoso". Para mim é muito importante ter uma ou mesmo duas músicas que me identifiquem. Acho que a realização de todo artista é um dia ter uma música que seja sucesso em todo pais e que marque para sempre sua carreira. Comigo aconteceu isso e me prevaleço disso até hoje. Tenho o maior prazer sempre que a canto, pois se não fosse essa música eu seria um "zé ninguém".

CV: E a banda Magazine? Tem possibilidade de retorno para comemorar o aniversário do single?
KV: Talvez, conversamos a respeito no ano passado e eles ficaram animados em fazermos alguns shows dos nossos 30 anos. Vamos ver se rola, tudo depende de empresários. Às vezes é mais fácil eu mesmo me vender como Kid Vinil em certos eventos do que encaixar a banda, mas estamos tentando. Acho que merecemos uma comemoração.

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CV: Já pediram para você regravar o hit 'Sou Boy'?
KV: Não, acho que a gravação original é definitiva, jamais regravaria. Tem tudo a ver com uma época e um momento do rock brasileiro. Hoje mesmo regravada e atualizada para moto boy, não faria mais sentido.

CV: E seu programa na Brasil 2000, como você o avalia? Quem é o público que ouve?
KV: O programa é somente pela internet e hoje poucas pessoas têm saco de ouvir programas na Net, infelizmente. Não tenho muita resposta, mesmo pelo facebook e twitter. Me dá impressão de que as pessoas não estão muito interessadas no novo. Perderam um pouco o interesse por boa música, não estou generalizando, tem uma parcela, mesmo que pequena, que ainda gosta de se informar. Parece que a Internet reduziu um pouco esse interesse em garimpar coisas e obter a informação de fontes confiáveis como sites importantes lá de fora, revistas etc. Aquele trabalho de pesquisa que fazíamos em outras décadas, quando não havia internet, através de revistas, lojas de discos etc., acabou. Hoje a informação é pulverizada e confunde muito, se as pessoas não procurarem nos lugares certos.

CV: Mesmo com programa em outra rádio, qual sua opinião sobre o retorno da 89 FM?
KV: Eu adoraria estar por lá fazendo um programa, talvez daí eu conseguisse maior retorno, mas infelizmente não sei se a atual diretoria está a fim disso. De qualquer forma acho importante a volta da rádio rock, pois tínhamos ficado somente com a Kiss FM no ar e faltava outra rádio, uma vez que a Brasil 2000 foi arrendada pela Eldorado e ficaram transmitindo a programação rock apenas pelo site.

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CV: Você é um dos pioneiros do punk no Brasil, como vê o estilo atualmente?
KV: Hoje existem boas bandas influenciadas pelo punk, principalmente na Califórnia. Gosto do OFF!, do Fidlar, no Texas tem o Dikes Of Holland em Nova Yorque tem The Men, no Canada Fucked Up (essa última mais para o hardcore, mas muito boa). A nova geração americana tem muito de punk no seu trabalho, acho isso importante. No Brasil não acompanho muito essa cena, pois fica muito no underground e quase não tenho acesso, mas sei que existem bandas influenciadas pelo punk por aqui.

CV: Qual banda que mais te chamou atenção nesse começo de ano? Por quê?
KV: O disco que mais ouvi nesse inicio de ano foi da banda californiana Fidlar, punk simples, poucos acordes, mas gostoso de ouvir.

"'Sou Boy' tornou-se um clássico com o passar dos tempos. As pessoas me reconhecem por causa dessa música e do 'Tic Tic Nervoso"'

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CV: O que podemos esperar do rock para os próximos anos?
KV: É difícil prever alguma coisa, mas se as coisas continuarem nesse ritmo de bandas novas com qualidade, principalmente na América, acho que teremos uma resposta ao Britpop e ao grunge, que todos esperam há muito tempo.

CV: Agradeço pela entrevista e deixo espaço para seus comentários finais.
KD: Um abraço a todos.