por David 'Geffen' Bueno
À 0h45
de 26 de maio deste ano, começava mais uma noite onde o Rock (não) Errou. João
Luiz Woerdenbag Filho, vulgo Lobão, sobe ao palco e sem muitas delongas inicia sua
apresenação na Virada Cultural, em Jundiaí.
Confesso
que ao chegar no Parque da Uva não existiam grandes expectativas quanto ao show
da noite, no mais iríamos ver um ícone da música popular brasileira. O ambiente
não estava muio favorável, principalmente o clima que ao pensar no nome do local,
Parque da Uva, me fez lembrar da produção vinícola das regiões frias da Itália,
ou sem precisar de um deslocamento tão grande, da Serra Gaúcha, que com seus
vinhos doces não engana os paladares mais aguçados mas traz enorme alegria e
satisfação para aqueles que procuram apenas se embebedar.
Assim
fomos, crendo que seria como um porre de vinho doce, gostoso, mas poderia ser
melhor, e não bastesse o frio, como na maioria dos eventos, a fumaça toma
conta, símbolo de liberdade demonstrado nos comercias da Hollywood ou Marlboro,
estes que muitos “disseminadores” se quer assistiram. Os disseminadores com
seus cabelos, furos e rabiscos, não sei ao certo mas acho que disseminar o PopCult
é o que há para se fazer.
O
próprio Lobão ao tocar Me Chama (Ronaldo Foi pra Guerra, 1984), demonstrou que a
cultura popular da década de 80 ainda reflete nos dias atuais, graças a “seres
jovens”, a exemplo um homem de aproximadamente 50 anos que em meio a tantos
jovens disseminadores pulava e cantava, estes mesmos seres jovens cantaram aos
sons de Decadence Avec Élégance (Decadence Avec Élégance, 1985), Blá Blá Blá...
Eu Te Amo (Rádio Blá) (Vida Bandida, 1987) e Vou te Levar (A Vida é Doce, 1999),
essa tocou em um dos blocos que o próprio disse ser o mais romântico e antes de
contemplarmos com mais este clássico de sua carreira declarou tê-la escrito à
sua esposa (Regina).
João
Luiz que nos surpreendeu com sua apresentação impecável, apesar de um de nós
discordar com o a versão de Help! (The Beatles - Help!, 1965)
e preferir que fosse (I Can't Get No) Satisfaction (The Rolling Stones - Out of
Our Heads, 1965).
E
diferente dele (se ouver alguém de cabelo diferente, piercings e alargadores e tatuagens
sem signifcado lendo não se ofenda, procure sua energia interior e vá ouvir o
Emo oitentista), pois, nos últimos meses vi e ouvi alguns artistar como: Guilherme
Isnard (Banda Zero), Marcelo Nova (Camisa de Vênus), Kid Vinil, Kiko Zambianchi,
Ritchie, estes em um mesmo evento em minha terra natal e ouvi também Autoramas,
cujo vocalista Gabriel Thomaz, um dos membros fundadores da extinta Little
Quail and The Mad Birds, já teve o prazer de compor com outras grandes bandas
como Raimundos e Ultraje a Rigor, e estes artistas e bandas me fazem crer que o
Rock ainda depende do passado para ser bom no rádio.
Apesar
disso, vi e ouvi muita coisa boa fora do rádio assim como a excepicional Topsyturvy,
de Mogi das Cruzes, que espero presenciar em novas apresentações. E aos
disseminadores da PopCult, peço que compareçam aos shows de bandas como essa
que mencionei, pois para que se tornem membros da cultura popular elas só
dependem de vocês.
Como
Lobão tinha que terminar com algum discurso, ele apareceu com um que eu
particularmene adorei (pau no PT) e eu sobre alusões de um jovem Vô que não
viveu o tempo que contempla, mas ele antes di discursar fechou de um jeito meio
“spank punk violento” com Corações Psicodélicos (Ronaldo Foi pra Guerra, 1984).
PS: Foto retirada do site G1
PS: Foto retirada do site G1