Jovens sedentos de rock se preparam para turnê de lançamento do segundo álbum da banda. Fotos: Divulgação |
O quarteto campineiro Don Ramón formado pelos amigos Artie
Oliveira (vocal), Lizard (guitarras), Aquaman (baixo) e Bonifácio (bateria),
lançou há uma semana seu segundo álbum 21st Century Reckoning Day. Logo que foi
lançado, o Canibal Vegetariano fez resenha do novo registro dos caras e agora
conversamos com Artie para saber mais sobre este trabalho que promete muito. Abaixo,
entrevista na íntegra.
Canibal Vegetariano: Don
Ramón está com novo baterista e novo disco. Ele tem participação nas gravações?
Como foi a escolha deste novo integrante?
Artie Oliveira: Temos um ‘novo velho’ baterista na real,
saca? O Bruno já tocava com a gente desde 2013 toda vez que o Jão se machucava.
Aquela bateria de It’s a Fracture, por sinal, foi ele quem fez. Pro Reckoning
Day, quem completou as baterias foi o Marcel Lobizomi, do Muzzarelas e
LaBataria. Quanto ao lance de escolha...
Bicho... É bem mais esquema passar a bola pra bico que já conhece o nosso som e
eventualmente tocou junto do que abrir teste e ficar mó cota pra escolher
alguém.
CV: O novo registro
está mais “sujo” e agressivo em comparação com o primeiro álbum. Essa mudança
foi proposital? O que influenciou vocês a mudar?
AO: Eu diria que foi mais natural. A gente já tem essa
parada de falar sobre frustração nas letras, daí junta que os meninos tão
tocando bem melhor e eu passei a ter controle maior sobre minha voz [mesmo sem
saber um puto de técnica vocal na teoria]. Nessa, é batata fazer uma parada
mais bem ‘trampada’.
CV: Além da música de
vocês, o que impressiona é a qualidade da gravação. Quem trabalhou com vocês
neste projeto? Ficou da maneira que vocês queriam?
AO: O grande responsável pela porra toda foi o Rogério
Guedes, mais conhecido na praça como Mad Dog. A gente rodou o disco no estúdio
dele, o Canil Pro-Áudio, que tem nada mais nada menos do que a mesa de som do
falecido Studio Arenna, de onde saíram as demotapes dos Muzzarelas, Lethal
Charge e de todas as bandas campineiras da década de noventa. Fora que, quem
masterizou o disco foi o Tarcísio Jr., chefão do Basement Studio e que gravou
pelo menos metade dos discos de bandas daqui que eu morro de amores, tá ligado?
Bicho, depois que você fica quase dois anos, entre a concepção e a
pós-produção, trampando num material, ele tem que sair foda de um jeito ou de
outro. Eu curti pra caralho o resultado final, apesar de toda a dor de cabeça
que ele deu na gente.
No segundo disco, Don Ramón mistura hardcore e trash que resulta em ótimo disco |
CV: Haverá shows para
divulgação deste novo trabalho?
AO: Como você mesmo comentou lá em cima, a gente acabou de
trocar de baterista, o que significa que a gente tá ensaiando o disco com ele.
Show de lançamento vai rolar lá pra depois de 15 de Maio, já que o disco, em
formato físico, só vai ficar pronto por volta dessa data. Daí pra frente é tour
de lançamento e o cacete!
CV: O disco ainda é
recente. Mas houve manifestações da galera que ouviu?
AO: Pra quem soltou o play tem quase uma semana, Artie
respondeu às perguntas na quarta-feira (27), a recepção tá cabulosa da parte da
‘rapeize’ que acompanha o madruga e eu te digo que esse disco vai longe, ainda
mais porque a gente liberou o Reckoning Day em tudo que é plataforma de
streaming. Daí já viu, né? Eu tô acompanhando a movimentação de quem tá ouvindo
a parada e já achei origem de tráfego vinda da Rússia, Alemanha, EUA e tal. O
mais legal disso é que no Streaming, o disco foi classificado como ‘Parental
Advisory: Explicit Content! Tem como não ficar feliz?!
CV: Quais os próximos
passos da banda?
AO: Tirar atraso de palco que tá desde junho do ano passado
e fazer esse disco circular grandão, pois afinal, o Don Ramón não tá de
brincadeira por aqui. Como geral já deve ter se ligado, a gente tá puto e com
vontade de botar essa frustração toda pra fora em cima do palco!
CV: Deixo espaço para
comentário que considera importante, mas não foi questionado. Valeu pelo papo.
AO: Tamo de volta, bigode!