Canibal Vegetariano
Foi em um dia de outubro de 2008, não lembramos exatamente
qual, apenas que foi próximo ao quinto dia útil, que lançamos a primeira edição
impressa do Fanzine Canibal Vegetariano. No primeiro número trouxemos
entrevistas com Kid Vinil e com a banda Ecos Falsos, além de cobertura de
shows, dicas de CDs e textos sobre a cena independente.
O dia que foi lançado era o que menos importava, o que
realmente nos deixava felizes àquele momento era a possibilidade de vê-lo
impresso e muitas pessoas que solicitavam recebê-lo. Rapidamente foi-se os
exemplares e em seguida Vinicius França, camarada de muita labuta neste
período, criou o blog.
Canibal Vegetariano
Ainda não tínhamos Facebook ou Twitter, somente o MSN e
Orkut. Mas a informação pegou e o zine viajou para todo país e também alguns
países. Em plena era da informação digital ainda tínhamos material impresso que
cruzava fronteiras e oceanos. E desde então, entre crises econômicas, de
criatividade, das dificuldades para cobrir a cena que rola, pois é preciso
“cair” na estrada, o zine não deixou de circular e o blog sempre foi
atualizado.
Em mais de meia década entrevistamos bandas, músicos em
carreira solo, escritores, artistas plásticos entre outros profissionais que
militam na independência, pessoas que fazem da arte, se não o meio de vida, a
sua maneira de viver. Há seis anos o zine e o blog são ferramentas de
divulgação para artistas que se propõem ao “faça você mesmo”, pois esperar
alguém ou algo para ser reconhecido é impossível.
Canibal Vegetariano
Neste tempo que acompanhamos as bandas, vimos muitas
aparecerem e muitas terminarem, vimos ótimas casas de shows e picos que não
seriam imaginados, mas havia alguém com coragem suficiente para desbravar novo
espaço para que o rock chegasse às pessoas. Nós cobrimos uma pequena parte, mas
mostramos nossa maneira de fazer e apresentamos algumas bandas a nossos
leitores. Tivemos momentos de muita alegria e também de muita tristeza, mas a
vida é assim, cheia de seus altos e baixos. Mas o mais importante nessa
história é que a música nunca parou e nem vai parar.
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