sábado, 5 de abril de 2014

‘Um disparo... um estouro’: 20 anos sem Kurt Cobain

Há 20 anos a voz de Kurt Cobain era calada por ele mesmo, há quem diga que não, que ele teria sido assassinado, mas duas décadas depois, ainda dizem que Kurt tirou a vida com um disparo. Mesmo tanto tempo passado, as dúvidas pairam no ar e o caso foi reaberto, devido ao avanço da tecnologia, a Polícia de Seattle crê que algo ainda exista para ser esclarecido.
Independente do que tenha ocorrido, dizem que há exatos 20 anos, 5 de abril de 1994, Kurt partiu deste mundo e deixou em poucos anos obras que muitos não conseguiram realizar em décadas. O legado deixado por Kurt e o Nirvana foram três álbuns de estúdio, Bleach (1989), Nevermind (1991) e In Utero (1993), sendo o segundo, considerado um dos melhores e mais vendidos discos da história da música e um dos que mais influenciou pessoas.
No final dos anos 80, do século passado, sentia-se que algo estaria por vir, Bleach trazia aos holofotes um som diferente, um respiro em meio a tanta música pré fabricada de qualidade duvidosa. Mas foi em 1991 que o Nirvana, com Dave Ghrol na batera, fez o disco que mudaria tudo de lugar. O sucesso que seria a salvação de um rapaz pobre e que morava em pequenas cidades, foi a janela para que ele, que usava drogas e tinha problemas de saúde, se afundasse ainda mais.


Mesmo com tantos problemas, Kurt mostrou sua capacidade de criar músicas, de escrever letras que falavam tanto dele e de seus fantasmas, mas que tantas pessoas se identificavam e se identificam, pois somos humanos, somos falhos e cheios de dúvidas. Mas Kurt teve a sensibilidade de expor suas angústias e revolta em seus riffs de guitarra, em seu vocal cheio de desespero e na urgência de seus shows.
Nós que gostamos de rock temos várias pessoas que admiramos, mas são poucos os “ídolos” que tem coragem de expor suas preferências, suas opiniões. Além de levar músicas que falavam direto a um grande grupo, Kurt ainda apresentou bandas desconhecidas de grande parte do público e hoje, junto com o Nirvana, tem seus discos nas prateleiras. Talvez, a diferença de Kurt não seja apenas sua capacidade de fazer música, mas sim de ouvi-la e senti-la. Ele era o cara que buscava sempre algo novo e quando encontrava fazia questão de mostrá-lo.


Kurt para muitos atualmente é tratado como se fosse um deus, mas para nós ele era o cara que fazia o que muitos ainda fazem, ouvia música, buscava novidades, tocava seu instrumento, não ficava preso a um passado que não volta e tinha paixões, basta ver e ouvir a maneira como Kurt encerra o álbum “Unplugged MTV”, cheio de dor, paixão, um ser humano entregue ao poder de uma canção. Talvez seja por isso que ele nos faz tanta falta!

 Fotos: Reprodução Internet

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