terça-feira, 3 de abril de 2018

A cumbia psicodélica do Paraguai


Foi no final da década de 60 do século passado, no Peru, que foram espalhadas as primeiras sementes de um som que brota hoje, após ter dado vários frutos entre os anos 60 e 70.

Feito com irreverência e produto de jovens rebeldes que contribuíram para explosão mundial do rock’n’roll com guitarras distorcidas, nasceu assim cumbia psicodélica. Cinco décadas depois e a 3,5 mil quilômetros de Lima, em Assunção, no Paraguai, a febre da cumbia psicodélica está mais viva do que nunca.

Como naqueles anos no Peru, também no Paraguai oito jovens rebeldes que estavam envolvidos em diferentes cenas musicais como o punk, reggae, hardcore, tiveram seus caminhos cruzados pelo pós-punk e se uniram em nome da mesma paixão: “La Cumbia”, a trilha sonora que acompanha as vidas na América Latina.

Foi assim que nasceu o Chuli Sound. Com experimentações, aprendizados e com aproveitamento desse processo de aprendizado, o coração e a amizade não atrapalham a perfeição musical.
Cristalizando o longo desejo de tocar e criar inspirado por Enrique Delgado em Manzanita, nos sons da selva e chichera nostálgico mas também tendo elementos indígenas da vida diária e musicalidade paraguaia com um único objetivo: dançar  e dançar, curtir e fazer.

Em menos de um ano como banda ativa, Sonido Chuli lançou em dezembro 2017 seu primeiro EP, "Distincion Tropical" em vinil 7", maneira totalmente auto-gerido, sob seus discos rótulo mburukuja, tornando-se assim o primeiro vinil Cumbia do Paraguai no século XXI.