Quatro veteranos do rock se reuniram para fazer um som e a
partir daí surgiu a banda Impatients. Com mistura de rock com punk, os caras
fazem um som direto, sem espaço para frivolidade. Recentemente, lançaram o
primeiro álbum e com isso aproveitamos a deixa para bater um papo com Rodrigo
Federman, o Abreu (guitarra e voz), que com Bernardo (guitarra e voz), Dumbo
(baixo) e Marcelinho (bateria), soltaram um bom disco de rock, para todos os
momentos. Abaixo, segue entrevista na íntegra.
Canibal Vegetariano: Como
foi a ideia de montar a Impatients e o nome tem alguma influência de Impatient
Youth?
Rodrigo Ferdeman:
Bicho, particularmente gosto muito de [Impatient] Youth, mas não teve qualquer
relação. Na verdade, discutíamos diariamente e nunca chegávamos em um consenso
sobre o nome da banda, saca? Até que um dia a gente levantou as principais
características de cada um... curiosamente, todos colocaram ‘impacientes,
ranzinzas, chatos e reclamões’. Aí, achamos engraçado e muito a ver com a
gente. Apenas demos umas ‘estrangeirizada’, por mais que não seja de fácil e
simples assimilação fonética hehehe.
CV: Com a citação de
Impatient Youth, quais bandas que influenciaram este novo trabalho?
RF: Legal que
todos temos gostos parecidos, mas cada um dos quatro com uma particularidade.
Uns gostam de metal, outros de pop rock, hard rock, folk, punk rock mais cru. Cito
algumas que influenciam bastante o que fazemos: Ramones [sempre], Screeching
Weasel, Masked Intruder, Teenage Bottlerocket, Green Day, Face to Face, e por
aí vai.
CV: Como foi o
processo de gravação do primeiro disco?
RF: Gravamos tudo
aqui em Vitória e a mix e master com o Gabriel Zander lá no Rio de Janeiro.
Como não estávamos com a banda completa até então, o Bernardo também gravou os
baixos do disco. Ao todo, se não fosse a nossa própria enrolação, teria saído
ainda mais rápido do que foi. Mas nada a reclamar, pois em uns sete ou oito
ensaios chegamos com nove das 11 músicas prontas. As duas que faltaram foi na
raça, no olhar e na sede de gravar logo mesmo. Tanto que foi preciso refazê-las
um dia depois (risos).
CV: As letras têm
muito conteúdo de relacionamentos entre casais. Elas são apenas ficção ou rolou
algum problema com quem escreveu?
RF: As letras são
pessoais, mas não necessariamente relacionadas a algo que aconteceu
especificamente com um de nós, saca? Na verdade, são situações que geralmente
todo mundo passa uma vez na vida. Ou seja, tem coisas que aconteceram e um
pouco de ficção sim. Até porque, hoje na banda são três casados e um
divorciado. Dois têm filhos... isso sem contar que estamos beirando lá os 40
anos [pelo menos dois de nós]... isso é experiências de vida e já foram muitas.
Algumas vão para o papel. Outras, não.
CV: Como vocês
definem a temática?
RF: A temática é
ser livre. Falamos de amor, amizades, de quando éramos mais jovens, das
diferenças daquela época para a atual, de complicações na vida e decisões que
estão relacionadas a elas e tal. Enfim, todos na banda tem liberdade para
colocar o que quiser no papel, desde que, é claro, não tenha qualquer teor
preconceituoso [credo, raça, religião, opção sexual, etc.]
CV: E quais os planos
para divulgação do disco?
RF: Então,
lançamos no início desse ano em todas as mídias e lojas virtuais, seja para
download, compras ou streaming. Tocamos duas vezes ao vivo e estamos buscando
novas praças e shows. Queremos tocar. É o que fazemos há anos [com nossas
outras bandas] e o que gostamos. Portanto, ouçam nosso som, comprem nossos
materiais e nos chamem para tocar [risos].
CV: Espaço destinado
para vocês citarem algo que consideram importante e não foi perguntado.
RF: Ivan, valeu
mesmo por toda a força que está nos dando. Muito legal e importante. Somos
gratos e esperamos que todos que leram esse nosso bate papo se interessem em
conhecer o Impatients.
Só acessar nosso FB [facebook.com/impatientsoficial] que lá
tem informações, fotos, novidades e os links para compras e downloads do nosso
disco em todas as plataformas possíveis.
Grato pelo papo.
Obrigado, bicho!!!