Os portugueses da Dirty Coal Train estiveram em turnê pelo Brasil. Foto: Divulgação |
Em meio a uma turnê nacional, os portugueses do The Dirty
Coal Train, bateram um papo muito massa com o pessoal do RaroZine que nós
publicamos agora no Canibal Vegetariano.
Quando surgiu o
grupo?
Os The Dirty Coal Train surgiram em meados de 2010 com
formações variáveis e nos estabilizamos no formato trio com baterista
convidado.
Quando começaram as
primeiras canções?
A primeira demo foi gravada ainda em 2010 apenas com
esqueletos de canções que oscilavam entre o pós-punk experimental e o garage-punk,
acabando a estética da banda por se aproximar desse segundo gênero.
Recentemente vocês
lançaram ‘Super Scum”. Como foi trabalhar nesse disco?
O álbum resultou do trabalho de algumas demos minhas [Ricardo]
juntamente com alguns temas novos da Beatriz. Alguns dos temas foram
trabalhados com o Carlos [dos Twist Connection e ex-Tedio Boys] outros a
instrumentação foi toda gravada por mim e pela Bea.
Existe alguma
diferença do novo álbum para os anteriores?
Muita. Para além de voltar a marcar o regresso ao estúdio
depois de alguns registos mais lo-fi marca os primeiros em estúdio gravados
completamente pelo duo.
Como surgiu a
gravação no Estúdio Caffeine?
Conhecíamos o Luís pelos Human Trash e quando o Marky
Wildstone sugeriu gravarmos no Caffeine foi com entusiasmo que aceitamos por
acreditarmos que haveria sensibilidade e pontos comuns nos gostos de todos.
Quem cria as capas
dos discos?
Até ao momento tivemos capas da autoria da Beatriz, do
Ricardo Reis, do Edgar Raposo e da Catarina Romão. Por vezes trabalhamos a
ideia base com o artista por vezes deixamos o critério em aberto, não há
formula rígida nisso.
Todos os materiais da
banda foram editados em vinil?
Sim. Tirando a primeiro demo, o resto saiu tudo em vinil.
Falem sobre os vídeos
da banda.
Fazemos vídeos do mesmo modo que fazemos música: muito amor
à estética lo-fi e ao DIY e com os meios que tivermos à mão espreitem por
exemplo os vídeos para os temas Malasuerte, Violet black, Ramblin heart, 4
Psalms e Stay hungry. Recentemente tivemos ajuda da Francisca Marvão que filmou
um concerto para o vídeo do tema Man in the black leather e da Riviera Videos
para o Banzai Karaoke Attack.
Quais os selos que lançam
o material da banda?
Até agora para além de edições de autor fomos editados pela
Garagem Records, a Groovie Records e a Wildstone. Todas editoras que vale a
pena investigar.
Qual é a relação de vocês
com a música brasileira?
Relação de consumidores. Desde Ratos de Porão, Cólera,
Mutantes, Tom Zé,… eu sei lá… sempre ouvimos bastante música brasileira.
O que motivou vocês a
voltarem ao país para outra turnê? E o que vocês esperam desta nova passagem
por aqui?
Foi criada uma parceria com a Wildstone e a proposta avançou
por aí. Hoje é mais uma amizade que uma parceria. Esperamos nesta nova tour,
acima de tudo, rever amizades e fazer algumas novas.
O que vocês planejam
para o futuro?
Depois de acabar esta tour no Brasil temos agenda com datas
em Espanha, Portugal e UK até final do ano. Depois disso vamos esperar para ver,
mas ainda temos mais uns álbuns na gaveta e energia para umas tantas tours
mais! Não nos imaginamos sem fazer isso sem dar em malucos!